sábado, 30 de novembro de 2013

Frase Teresiana


Começou o Advento


Escapulário em Família


A Família Ramos, de Maria do Carmo e José, de Serreleis, veio hoje ao Carmo para receber a imposição do Escapulário da Senhora do Carmo. Era a véspera do Advento, esse tempo de preparação para o Natal, quando a Virgem Mãe envolveu o Menino com amor e com paninhos. Aqui fica a notícia, pela mão da filha Marisa:

Boa noite, Frei João:
Antes de mais permita-me agradecer-lhe a amabilidade com que me recebeu na Quinta-feira.
Senti-me acolhida, senti que realmente um irmão me recebia em sua casa, muito obrigada!

Muito obrigada também por ter expandido o convite a toda a família: foi uma celebração muito bonita e mais um  belo momento que todos guardaremos em nossos corações!
Quando iniciei a minha pesquisa sobre o Escapulário a primeira coisa que li foi: "Escapulário (do latim scapula, escápula) é um pedaço de pano que envolve integralmente os ombros de quem o veste". Pois para mim receber o Escapulário da Nossa Senhora do Carmo foi sentir que a Grande Mãe pousou sobre a minha alma o mais belo dos panos. Era mesmo esta protecção que buscava para o Camilinho, um manto bem quentinho que o proteja perante todas as adversidades que a vida tenha reservado para nós.
Bem sei que continuarão a soprar ventos lá fora, mas agora temos outra força! Agora estamos envolvidos nos panos que a nossa Mãe Celeste escolheu para nós!

Mais uma vez manifesto a minha gratidão em nome de toda a família; e como mãe, como filha, esposa e irmã sei que nunca na minha vida serei capaz de o compensar pelo que fez por nós! Muito grata mesmo!!!
Conforme prometido seguem em anexo algumas fotografias, envio-lhe o resto das fotos nos e-mails que se seguirão.
Que Deus o abençoe irmão!!!
Obrigada pelo abraço:

Marisa Ramos Gonçalves


A Alegria do Evangelho (IX)

[92] Nisto está a verdadeira cura: de facto, o modo de nos relacionarmos com os outros que, em vez de nos adoecer, nos cura é uma fraternidade mística.

[93] O mundanismo espiritual, que se esconde por detrás de aparências de religiosidade e até mesmo de amor à Igreja, é buscar, em vez da glória do Senhor, a glória humana e o bem-estar pessoal.

[96] Cultivamos a nossa imaginação sem limites e perdemos o contacto com a dolorosa realidade do nosso povo fiel.

[97] Não deixemos que nos roubem o Evangelho!

[98] Dentro do povo de Deus e nas diferentes comunidades, quantas guerras!

[99] Cuidado com a tentação da inveja! Estamos no mesmo barco e vamos para o mesmo porto!

Os presos são quem bem sabem


Feliz Ano Novo. Rei morto, rei posto; ou dito de uma maneira outra: depois de encerrado um ano cristão, eis-nos de rosto aberto para a novidade de um outro. Com toda a afabilidade só podemos desejar: Feliz ano, feliz ano novo cristão! Eia, pois. Eis-nos de novo em Advento, o tempo de preparação para a celebração do Nascimento do Salvador. Era noite e fez-se luz. E nós não podemos ver bem a Luz sem levemente lhe abrirmos o coração.
Não podemos recebê-lA bem sem A esperarmos, sem ficarmos de vela desejando-A ansiosamente. Por estes dias somos convidados para a alegria. A sério, que somos; e até pode dizer-se que ela se treina, que sem preparação não conseguiremos alegrar-nos convenientemente. Bem-vindos aos treinos até ao dia 24 de Dezembro!
Você pode dizer sem medo de errar que Advento é conversa de padres. Diga-o sem medo, que você acerta. E também se engana. Mas cuidado: As palavras gastam-se e de tanto repeti-las ficam xéxés. Ou, nós por elas.
Advento não é conversa de padres que mais não sabem dizer no mês anterior ao Natal. Não, não é conversa de padres, não. Sim, longe muito longe de ser conversa fiada de padres.
Advento é um estado de alma, de ânimo. Não é conversa de sacristia, é conversa de vida. É conversa para os cansados e resignados, para os que agora dizem: «É tudo tão inseguro, por isso vivamos o dia! Vivamos o dia que já nada permanece, já nada resiste!».
O Advento tem a força dos símbolos porque não tem outra se não a das sementes: a espera, a eterna espera, a força da renovação!
Encurralados por tamanhas ânsias de saída tantas vezes não sabemos que esperar, e de tanto cansarmos perdemos o norte (e o tino) e desistimos, ou o que é pior: dá igual esperar ou não. Porém, durante o tempo do Advento, nós, católicos, submetemo-nos, sobretudo, a um treino de contenção. Despertamos do letargo que nos ata e contemo-nos em tensão, como quem se agacha para se projectar num salto o mais para adiante possível.
Quando os peregrinos partem é sabido que deixam todo o cómodo e não levam muito — sem lhes faltar o cajado, porque a todo o peregrino falta sempre uma parte do caminho e a todo o católico Algo que lhe preencha a tensão da espera. No Advento vamos pela via da contenção e austeridade, pela da conversão e sobriedade, a fim de que quando tivermos o Senhor no meio de nós possamos explodir toda a alegria que nos arde no forno interior das almas.
Advento é o por fazer, e é o impróprio e atulhado que urge esmerar, sem cuja preparação e cuidado jamais o caminho a percorrer é verdadeiramente caminho que traz até nós o Senhor.
Tem ele duas partes: até ao dia 16 de Dezembro somos convidados a acordar para o encontro do Senhor que vem; de 16 ao dia 24 olhamos para a Virgem Mãe, na penumbra, prestes a dar à luz. Como ela se soube preparar que não há ninguém como ela que nos ensine a esperar!
É assim que o Advento é convite para a mesa da espera do Filho de Deus que entra na história. Ali só temos um fito: manter viva a ilusão da espera! Convenhamos que não é este um desafio sedutor. Quem é que hoje quer acordar, sair do torpor, enfrentar o frio das responsabilidades, sair para as ruas e dar testemunho? (Por falar nisso: Quantos da nossa comunidade, compreendendo ou não, responderão ao inquérito do Papa Francisco sobre a família?)
Quem aceita desinstalar-se das suas crenças e das suas rotinas? Quem ousa questionar a sua fé, dizer presente quando há necessidade de defender o Evangelho, os pobres, os sem poder, sem palavra e sem voto? — E olhe que os há, olhe que os há e são mais do que pensa!
A fé não é como ir ao chá das cinco. Mas lá que obriga a acordar da sesta e sair de casa, lá isso obriga! Por que Deus vem, vem sem ser viral no Youtube, sem se anunciar na TV, nem no blog da Chama do Carmo, nem nas grandes pancartas publicitárias. Deus vem, mesmo que tu não acordes nem nenhum dos nossos contemporâneos se erga da cela em que tão a gosto nos enclausuramos! Deus vem mesmo que não julguemos necessário que venha, vem mesmo que a palavra < Deus > já não signifique nada ou já nem seja esperado. Deus vem, mesmo que toda a pressa que corremos nos impeça de ver que Ele já veio, e de que, afinal, seja a pressa da vida um atilho mais que nos ata e enclausura.
E, sim, Deus vem para os crentes que O esperam! Deus vem para os que esperam o Novo!
Eu me confesso míope, o mesmo é que preso no cinzento semi-frio e semi-vazio da vida. Sim, preso. Eu sou preso, mas ainda assim um preso é do tamanho daquilo que espera. E do meu cárcere eu espero este Advento como uma espera confiada. E no meu cárcere eu dou voltas e voltas, e voltas volto a dar ao contrário. Mas espero confiado. Eu confio que Ele virá independentemente do número de voltas que eu dê ora para a direita, ora para a esquerda. Ele virá: é nisso que eu confio. E já sinto os passos dele rua abaixo. A porta está bem fechada, mas eu sei Quem traz a chave que a abre por fora!

Chama do Carmo I NS 205 I Dezembro 01 2013

Porque é Domingo!


A Alegria do Evangelho em frases (VIII)

[80] É impressionante como até aqueles que aparentemente dispõem de sólidas convicções doutrinais e espirituais acabam, muitas vezes, por cair num estilo de vida que os leva a agarrarem-se a seguranças económicas ou a espaços de poder e de glória humana que se buscam por qualquer meio, em vez de dar a vida pelos outros na missão.

[80] Não nos deixemos roubar o entusiasmo missionário!

[83] Não deixemos que nos roubem a alegria da evangelização!

[84] A alegria do Evangelho é tal que nada e ninguém no-la poderá tirar.

[85] Uma das tentações mais sérias que sufoca o fervor e a ousadia é a sensação de derrota que nos transforma em pessimistas lamurientos e desencantados com cara de vinagre.

[86] Às vezes o cântaro transforma-se numa pesada cruz, mas foi precisamente na Cruz que o Senhor, trespassado, Se nos entregou como fonte de água viva. Não deixemos que nos roubem a esperança!

[88] Na sua encarnação, o Filho de Deus convidou-nos à revolução da ternura.

[89] Mais do que o ateísmo, o desafio que hoje se nos apresenta é responder adequadamente à sede de Deus de muitas pessoas, para que não tenham de ir apagá-la com propostas alienantes ou com um Jesus Cristo sem carne e sem compromisso com o outro.

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Frase Teresiana

A ALegria do Evangelho em frases (VII)

[70] Também não podemos ignorar que, nas últimas décadas, se produziu uma ruptura na transmissão geracional da fé cristã no povo católico.

[71] Deus não Se esconde de quantos O buscam com coração sincero, ainda que o façam tacteando, de maneira imprecisa e incerta.

[74] É necessário chegar aonde são concebidas as novas histórias e paradigmas, alcançar com a Palavra de Jesus os núcleos mais profundos da alma das cidades.

[76] Agradeço o belo exemplo que me dão tantos cristãos que oferecem a sua vida e o seu tempo com alegria. Este testemunho faz-me muito bem e me apoia na minha aspiração pessoal de superar o egoísmo para uma dedicação maior.

Memória dos primeiros mártires Carmelitas Descalços: Dionisio da Natividade e Redento da Cruz

Celebramos hoje a memória dos primeiros mártires Carmelitas Descalços. São os Bem-aventurados Dionísio da Natividade e Redento da Cruz. Dionísio foi baptizado com o nome de Pedro Berthelot, era cientista filho de marinheiros, oriundo de Honfleur, Calvados, França, onde nasceu em 1600. Aos vinte anos serviu a armada holandesa, mas rapidamente se colocou ao serviço de Portugal. Foi ordenado sacerdote na nossa Ordem, depois de em vão ter tentado ser jesuíta.
Era exímio condutor de naus, que não era coisa de somenos. Já Carmelita participou na defesa dos interesses da Coroa Portuguesas, em Goa.
Redento da Cruz nasceu em Cunha, Paredes de Coura, diocese de Braga, em 1598 e foi baptizado com o nome de Tomás Rodrigues. Aos 19 anos abandonou o terrunho natal, fez-se militar, partindo na aventura das Descobertas que tanto seduzia a juventude portuguesa de então. Conheceu a glória das armas na Praça de Meliapor onde serviu como capitão.
Os destinos de ambos cruzaram-se no Convento do Carmo de Goa. Por fim, juntamente com mais sessenta companheiros sofreram o martírio no dia 29 de Novembro de 1638, na cidade de Achem, Ilha da Sumatra, Indonésia, às mãos dos muçulmanos.
Foram beatificados em 1900 pelo Papa Leão XIII.

A Alegria do Evangelho em frases (VI)


[67] A acção pastoral deve mostrar ainda melhor que a relação com o nosso Pai exige e incentiva uma comunhão que cura, promove e fortalece os vínculos interpessoais.

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Frase Teresiana

A Alegria do Evangelho em frases (V)

[53] Não é possível que a morte por enregelamento dum idoso sem abrigo não seja notícia, enquanto o é a descida de dois pontos na Bolsa. Isto é exclusão.

[53] Não se pode tolerar mais o facto de se lançar comida no lixo, quando há pessoas que passam fome. Isto é desigualdade social.

[57] «Não fazer os pobres participar dos seus próprios bens é roubá-los e tirar-lhes a vida. Não são nossos, mas deles, os bens que aferrolhamos».

[58] O Papa ama a todos, ricos e pobres, mas tem a obrigação, em nome de Cristo, de lembrar que os ricos devem ajudar os pobres

Comemoração da Fundação da nossa Ordem

Celebram-se hoje os 445 anos da Fundação dos Carmelitas Descalços. Aconteceu em Duruelo, Ávila, no primeiro domingo de Advento de 1568.
Meses depois do início da vida comunitária a Madre Teresa de Jesus visitou o lugar com algumas companheiras e alguns amigos. Os amigos choravam e as companheiras acharam o lugar pobre demais para nele se viver, a Santa chamou-lhe presépio. E acertou: era pobre e por ali andava Jesus. Conversou, gostou do que viu e fez sugestões e deu graças a Deus pelo bem que ali e desde ali se fazia.

A Alegria do Evangelho em frases (IV)

[44] Um pequeno passo, no meio de grandes limitações humanas, pode ser mais agradável a Deus do que a vida externamente correcta de quem transcorre os seus dias sem enfrentar sérias dificuldades.

[45] Um coração missionário está consciente destas limitações. Nunca se fecha, nunca se refugia nas próprias seguranças, nunca opta pela rigidez auto-defensiva. Sabe que ele mesmo deve crescer na compreensão do Evangelho.

[46] Muitas vezes é melhor diminuir o ritmo, pôr de parte a ansiedade para olhar nos olhos e escutar, ou renunciar às urgências para acompanhar quem ficou caído à beira do caminho.

[47] A Igreja é chamada a ser sempre a casa aberta do Pai.

[47] A Igreja não é uma alfândega; é a casa paterna, onde há lugar para todos com a sua vida fadigosa.

[48] Há que afirmar sem rodeios que existe um vínculo indissolúvel entre a nossa fé e os pobres. Não os deixemos jamais sozinhos!

[49] Prefiro uma Igreja acidentada, ferida e enlameada por ter saído pelas estradas, a uma Igreja enferma pelo fechamento e a comodidade de se agarrar às próprias seguranças.

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

A alegria do Evangelho em frases (III)

[33] A pastoral em chave missionária exige o abandono deste cómodo critério pastoral: «fez-se sempre assim». Convido todos a serem ousados e criativos.

A Alegria do Evangelho em frases (II)

[20] Cada cristão e cada comunidade há-de discernir qual é o caminho que o Senhor lhe pede: sair da própria comodidade e ter a coragem de alcançar todas as periferias que precisam da luz do Evangelho.

[22] A Palavra possui, em si mesma, uma tal potencialidade, que não a podemos prever.

[24] O discípulo sabe oferecer a vida inteira e jogá-la até ao martírio como testemunho de Jesus Cristo, e o seu sonho é que a Palavra seja acolhida e manifeste a sua força libertadora e renovadora.

terça-feira, 26 de novembro de 2013

Frase Teresiana

A Alegria do Evangelho em frases (I)

[1] A ALEGRIA DO EVANGELHO enche o coração e a vida inteira daqueles que se encontram com Jesus.

[3] Quem arrisca, o Senhor não o desilude; e, quando alguém dá um pequeno passo em direcção a Jesus, descobre que Ele já aguardava de braços abertos a sua chegada.

[6] Há cristãos que parecem ter escolhido viver uma Quaresma sem Páscoa.

[10] Um evangelizador não deveria ter constantemente uma cara de funeral.

[11] São João da Cruz dizia: «Esta espessura de sabedoria e ciência de Deus é tão profunda e imensa, que, por mais que a alma saiba dela, sempre pode penetrá-la mais profundamente».

[12] Em qualquer forma de evangelização, o primado é sempre de Deus.

[14] Os cristãos têm o dever de o anunciar, sem excluir ninguém, e não como quem impõe uma nova obrigação, mas como quem partilha uma alegria, indica um horizonte estupendo, oferece um banquete apetecível.

[14] A Igreja não cresce por proselitismo, mas «por atracção».

Banco alimentar

Onde não luz ninguém come.

imagem

Se eu tivesse de escolher uma só imagem do ano da fé.

domingo, 24 de novembro de 2013

Frase Teresiana


Ano Jubilar do Nascimento do Bem-aventurado Frei Bartolomeu dos Mártires


No fim da Eucaristia de Encerramento do Ano Cristão foi anunciado que no próximo dia 4 de Maio de 2014 se iniciará o Ano Jubilar do Nascimento de D. Frei Bartolomeu dos Mártires. Nasceu há 500 anos!

Encerramento do Ano da Fé (II)





Estava presente uma pequena multidão de sacerdotes e fiéis. Escutamos como irmãos a Palavra e comemos do mesmo Pão. Depois da homilia o Senhor D. Anacleto acendeu dez grandes velas entregando a Luz a cada um dos Arciprestados de Viana do Castelo.

O Papa encerrou o Ano da Fé

(Durante a recitação do Credo o Papa sustentou as relíquias de São Pedro.)
 
Quero tantas vezes ser bom, e não posso. Sou pecador. Porém, Senhor, lembra-te de mim. Tu podes... Digamo-lo hoje. Muitas vezes. Lembra-te de mim, Senhor, tu que estás no centro.
FRANCISCO


Encerramento do Ano da Fé (I)





Encerrou o Ano da Fé. A Igreja Diocesana reuniu-se no Pavilhão Multiusus de Viana do Castelo sob a presidência do Senhor D. Anacleto.

À entrada ardia a luz da fé. Lá dentro recebia-nos uma exposição sobre a História da Fé organizada pela Paróquia de S. Tiago do Castelo do Neiva.

Inquério do Papa Francisco

A experiência vital começa, para muitas crianças, com o cenário, feliz e curto, de um lar normal, de um filho pequeno com os seus pais. A esta breve etapa, segue-se outra, um pouco mais longa: esta mesma criança vivendo só com a mãe, separada ou divorciada. Uma terceira experiência é, talvez, a de um adolescente vivendo num novo lar com a sua mãe recasada e com uma figura menos atractiva, a de um pai adoptivo ou padrasto. Chegado à maioridade, esse jovem unir-se-á à sua noiva, vivendo com ela em união de facto. Num quinto ciclo vital, a maioria destes jovens acaba por se casar com o seu par e, depois de poucos anos, entram na sexta etapa, a dos divorciados. Irão passar por um tempo de solidão, mas voltam a casar. Chegados a esta etapa de maturidade, ficarão viúvos e irão para um lar ou residência de terceira idade, onde, esporadicamente, o filho ou a filha ou o neto o irão visitar.
É o que é. Mas não é o que eu quero. E por isso é que é bom ouvir o que diz a Igreja sobre a família.
(Fernando Vela López)

É por isso que interessa a Francisco ouvir o que é preciso dizer sobre a família...

Ele é Rei!

Sou pequeno e Tu também.
Sou fraco e Tu também.
Sou homem e Tu também.

AELREDO DE RIEVAULX

Porque é Domingo!

Faz-nos teus, Senhor!


Atrai-nos a Ti,
pela força débil do teu amor,
e torna o nosso coração,
sempre dócil ao Teu perdão!

Vive em nós,
e deixa-nos morrer em Ti!
Que por Ti,
tudo seja submetido a Deus!

Que conTigo o Reino cresça no mundo,
e Tu possas entregar ao Pai,
o Universo renovado!

Para que Deus,
seja tudo em todos!

e nós sejamos todos em Ti!

sábado, 23 de novembro de 2013

Viver em Cristo

Vivamos em Jesus Cristo. Tudo o resto é secundário.
FRANCISCO

Sobre o fim do Ano da Fé e um trabalho para casa

Fim do ano da Fé. Cinquenta anos depois da abertura do Concílio Vaticano II coube a Bento XVI convocar o Ano da Fé. Paulo VI ao tempo do seu pontificado convocara já um outro. Um e outro não têm outro fim se não o de reavivar a fé dos católicos e de nos animar a ir ao encontro de todos os homens e mulheres e levar-lhes a luz e o calor da fé. Somos todos missionários, bem entendido. E ninguém melhor que os pares para incendiar corações dizendo com simplicidade uma descoberta, uma alegria, um testemunho. A Igreja não é só procissões e exposições; a Igreja é caminho, é movimento. É o movimento do Espírito do Ressuscitado que não pára, não se cristaliza, não se petrifica. É vento dinâmico, é esperança ágil, é anúncio surpreendente. Neste domingo, Domingo de Cristo Rei, último do ano cristão, encerra o Ano da Fé. E agora?
Um ano é apenas um naco de tempo convencionado. Por isso ninguém leva a mal que o Ano da Fé tenha mais 45 dias que um ano propriamente dito. Começou a 11 de Outubro de 2012, a efeméride dos cinquenta anos da abertura do Concílio Vaticano II, e conclui-se ao sabor da liturgia com o encerramento do ano cristão, hoje, 24 de Novembro de 2013.
Encerramo-lo proclamando que só Jesus Cristo é senhor, só Ele é autor de todas as maravilhas, também da fé que nos é dada gratuitamente.
Assustados pelo excessivo sopesar dos prós e dos contras, do deve e do haver, também nós, católicos, caímos na esparrela de contar cabeças ou corações como se preparássemos exércitos para a guerra. Creio, porém, que a vivência do Ano da Fé fura e muito as urgências de contabilidades tão espúrias: quantos éramos? Juntámos mais ou menos que os partidos?
É certo que a Igreja não pode dispensar de se mostrar, de se reunir em celebração e percorrer à luz do dia as mesmas ruas que nos outros dias abrem para os interesses da pólis: comerciais, administrativos ou outros. Mas quer-me parecer que a fé não é só testemunho — que o é, claro! A fé é também o Espírito soprando, volteando e ateando quando quer, como quer e a quem quer. Aprendi eu desde cedo que a Igreja é depositária da fé, mas longe de mim a ideia de armazém, porque o dinamismo do Espírito abre-nos e impele-nos para fora, pelo que eu sou tanto mais eu quanto mais sou nós! Talvez seja ainda mais difícil de compreender, mas eu sou mais humano quando mais divino me torno. É por isso que julgo difícil meter o Rossio na Betesga, quero dizer: meter o Ano da Fé numa folha do Excel e extrair estatísticas e contabilidades puras!
O Ano da Fé é energia e dinamismo, é conversão! Portanto, não pára! É um ano que não encrava nem se encerra, digo, a sua dinâmica!
Claro que foram feitas coisas, por que não vivemos sem coisas por fazer. (Inclino-me diante dos operários das coisas a fazer. Reverencio-os!) De facto, a fé saiu reforçada porque saiu revalorizada, repensada, celebrada, rezada, testemunhada. Mas nada está concluído, porque a procissão ainda só vai no adro e há já que pensar como havemos de iluminar com a vela da fé as escuridões do futuro de tantos e de tantas que não se incorporam debaixo das nossas bandeiras e opas, nem aceitam os nossos ritos.
Sim, termina o Ano da Fé, mas não se encerra nenhum exercício seguro que nos ajude a firmá-la e a retransmiti-la com definitividade, que ela ou se apega ou se apaga!
Ainda que dure um ano maior que um ano, a Hora da Fé não se conclui! E só tem sentido vivê-la se acreditarmos em primaveras: não é lá que se dão os enamoramentos sob o pipilrear dos passarinhos? Por isso, permita-me a pergunta: enrobusteceu-se porventura a sua fé? Está hoje mais capaz de testemunhar a Cristo que ontem? São os seus dias mais claros, mesmo que viva em noite? Conhece mais da sua fé? Confia mais em Deus (e em si)? Sente-se mais capaz de portar a vela da fé a outros que a não conhecem ou já a não têm acesa?
Páro aqui. Apetece-me dizer: ala, que se faz tarde! Porque a caminhada ainda não terminou! Nada acaba só porque acaba uma etapa; a casa não está feita só porque se fizeram os caboucos! Começámo-la no Baptismo, avivámo-la no Crisma e nos sacramentos. Por isso, dia a dia, domingo a domingo, somos chamados a dizer o que cremos, a viver o que confiamos, a celebrar o que nos anima: Jesus Cristo. Vivo!
Eis o programa para o futuro: continuar pela fé a aceder à intimidade com Deus. O Baptismo foi a porta, o quilómetro zero. Impõe-se agora que aprofundemos e aprofundemos sempre mais essa imensa mina de imensas riquezas divinas que brotam da amizade com Deus.
Visto que começou, vá por aí! Vá por aí, que leva bom caminho; mas não sem muito esforço, claro!
E agora o pequeno tpc*: No domingo passado o Papa Francisco sugeriu a todos os que estamos na caminhada da fé, isto é, a todos os baptizados, que investigássemos o dia em que começámos tão feliz carreira. Sim, não somos muitos os que sabemos o dia do nosso baptismo! – Saberá Você? Siga o conselho do Papa: pergunte ao seu Pároco, ainda que lhe dê muito trabalho. E celebre esse dia, ou com a participação na Eucaristia, ou, por que não, sorrindo mais: afinal, Você é filho de Deus!

*TPC nos meus tempos de Liceu significava: Trabalhos Para Casa, coisa que sempre muito me custou, mas cujo sentido agora tanto alcanço!

Chama do Carmo I NS 204 I Novembro 24 2013

Porque é Domingo!

A Cristo Rei

Consagro-vos, Senhor, a minha vida.
Sois meu Rei, só Vós me podeis me salvar.
Em vossas mãos entrego a minha vida,
pois ela Vos pertence.
Agradeço-Vos por me terdes feito digno
de participar da herança dos santos na luz.
Arrancastes-nos das trevas
e nos introduzistes no Vosso Reino.
Quero viver como vosso súdito,
vivendo vossa palavra.
Assim seja.

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Frase Teresiana

Parágrafo Teresiano

Depois de dois anos, aconteceu-me isto: estando um dia do glorioso São Pedro em oração, vi ao pé de mim ou senti, para melhor dizer, pois nem com os olhos do corpo nem com os da alma nada vi; mas parecia-me que Cristo estava ali mesmo junto de mim e via ser Ele que me falava, segundo me parece.
Como estava ignorantíssima que pudesse haver semelhante visão, deu-me um grande temor a princípio e não fazia senão chorar, embora, dizendo-me uma só palavra de segurança, ficasse sossegada com regalo e sem nenhum temor, como costumava. Parecia-me andar sempre a meu lado Jesus Cristo; e, como não era visão imaginária, não via sob que forma, mas sentia muito claramente estar Ele sempre a meu lado direito e que era testemunha de tudo quanto eu fazia; e de nenhuma vez em que me recolhesse um pouco, ou não estivesse muito distraída, podia ignorar que estava ao pé de mim.
Fui logo a meu confessor, muito aflita, a dizer-lho. Perguntou-me sob que forma O via. Eu disse-lhe que O não via. Disse-me como é que eu sabia que era Cristo? Eu disse-lhe que não sabia como, mas não podia deixar de entender que Ele estava ao pé de mim e O via e sentia nitidamente, e que o recolhimento da alma era muito maior que em oração de quietude e muito contínuo, e os efeitos muito diversos dos que costumava ter; e que era coisa muito clara.

SANTA TERESA DE JESUS (1515 - 1582) - LIVRO DA VIDA 27:2

Faleceu a Lurdes Moreira



Faleceu esta tarde, inesperadamente, a nossa irmã Carmelita Secular Lurdes Moreira. O Senhor a recompense dos seus trabalhos e em sua misericórdia a purifique dos seus pecados. Paz à sua alma.

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Ensina-me, Senhor, a lutar!

Há homens que lutam um dia e são bons.
Há outros que lutam um ano e são melhores.
Há quem luta muitos anos e são muito bons!
Mas há os que lutam a vida inteira:
esses são imprescindíveis!
(B. Brecht)

Festa da Apresentação de Nossa Senhora

Oração

Ó Santa Maria, Mãe de Deus,
desde menina Vós vos consagrastes ao Altíssimo
aceitando servi-lo em plena liberdade
como templo imaculado.

Confiando em vossos santos pais, Joaquim e Ana,
respondestes com amorosa obediência
ao chamamento de Deus Pai.

Desde que fostes apresentada no Templo
percebestes em vosso interior
o profundíssimo desígnio do Deus Amor.

Ensinai-nos, Mãe bondosa,
a sermos valentes seguidores do vosso Filho
anunciando-O a cada instante da nossa vida,
aceitando sempre sermos generosos e firmes
na resposta ao plano de Deus.
Amen.

(Sem) Rosto?

Não há homens sem rosto!