
Regressa novamente a Damasco, pregando a sua fé com tão grande habilidade, convicção e persistência que, algumas vezes, teve de escapar das mãos da população. Foi depois a Jerusalém onde se encontrou com Pedro e outros Apóstolos, algo desconfiados. Mas com a ajuda de Barnabé conseguiu convencê-los da sinceridade do seu anúncio do Evangelho. Após pregar na Cilícia e Cesareia, embarcou na primeira das suas grandes jornadas missionárias. Com Barnabé e Marcos, Paulo navegou até Chipre e Turquia, estabelecendo comunidades cristãs na Pisidia, Icónio e por toda a Ásia Menor. Os seus esforços evangelizadores originaram muitas revoltas nalgumas cidades, tendo sido inclusivamente quase morto nalguma delas. Mais tarde iniciou a sua nova jornada missionária, desta vez com Silas, viajando da Ásia Menor para a Macedónia. Na sua terceira jornada missionária foi para a Grécia, passando dois anos em Éfeso. Voltando a Jerusalém foi novamente atacado pelos judeus, mas foi salvo de morte certa por um esquadrão de soldados romanos. Acusado pelo Sinédrio de trazer pagãos para o Templo, recorre ao privilégio de cidadão romano para ser enviado para Cesareia, a fim de ser julgado pelo governador romano, ficando três anos na prisão.
Quando o julgamento aconteceu, Paulo apelou para Roma, directamente para César, para onde foi enviado de barco. Julgado em Roma foi absolvido, permanecendo, porém, alguns anos na obscuridade, estudando e meditando. Mais tarde foi para a Síria, Palestina, Grécia, Creta e Espanha. Uma vez mais foi preso e levado para Roma, onde ficou em prisão domiciliária. Foi martirizado no ano 67, sob ordens do Imperador Nero. Terá sido decapitado, conforme relato de Tertuliano. Porém, outros relatos referem que foi espancado até à morte, tendo conseguido a conversão dos dois soldados romanos, Longus e Cestus, que o levaram para o local da execução. Foi enterrado no cemitério da Via Ostia, que pertencia a um cristão chamado Lucina, local onde hoje está a Basílica de São Paulo de Fuori le Mure.
Paulo foi um dos mais eloquentes e apaixonados escritores cristãos. Por causa do Evangelho não teve vida fácil: foi preso várias vezes, espancado, apedrejado, e por último martirizado. Escreveu 14 extensas cartas, que compõem cerca de um terço do corpo do Novo Testamento. Os seus escritos são admiráveis com profundo efeito na teologia cristã. É considerado o primeiro Doutor da Igreja Católica e o mais ardente missionário entre as populações pagãs do Império Romano. É comemorado no dia 29 de Junho, conjuntamente com São Pedro. No dia 25 de Janeiro celebra-se a festa da sua conversão.
É tradicionalmente simbolizado com o livro e a espada.
João Ramos
Chama do Carmo*ns 12*04Janeiro2008
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