Senhor, a Tua Igreja, peregrina no mundo,
é um povo de pobres, de frágeis seres humanos.
Mas confiamos em ti!
Não queremos colocar as nossas força
ou esperanças no nosso prestígio,
ou nas riquezas ou nos amigos poderosos
ou nos elogios do mundo.
Não! Só Tu és a nossa força!
Salva-nos, Senhor!
Reúne-nos, Senhor!
Ilumina-nos, Senhor!
Dá-nos a graça de reconhecer
que só na tua luz poderemos ver a luz!
O mundo chama luz, sabedoria e esperteza
a coisas que são inaceitáveis aos Teus olhos!
Senhor, abre os nossos olhos
para caminharmos na Tua luz até a cruz,
até a ressurreição, até à vida.
Senhor, arranca-nos da nossa cegueira,
para vermos o caminho da eternidade feliz.
1 comentário:
Cegueira Bendita
«Ando perdida nestes sonhos verdes
De ter nascido e não saber quem sou,
Ando ceguinha a tatear paredes
E nem ao menos sei quem me cegou!
Não vejo nada, tudo é morto e vago...
E a minha alma cega, ao abandono
Faz-me lembrar o nenúfar dum lago
´Stendendo as asas brancas cor do sonho...
Ter dentro d´alma na luz de todo o mundo
E não ver nada nesse mar sem fundo,
Poetas meus irmãos, que triste sorte!...
E chamam-nos a nós Iluminados!
Pobres cegos sem culpas, sem pecados,
A sofrer pelos outros té à morte!»
[Florbela Espanca, in "A Mensageira das Violetas"]
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