Javier Arturo tem 41 anos e nasceu na cidade do México. É
filho duma família acomodada, católica por tradição e não por convicção. Cresceu
sem especiais referências à fé, à eucaristia, a uma devoção que fosse! Na adolescência
entrou num grupo pentecostal, basicamente uma seita. Oito anos mais tarde
conheceu os Metodistas e ali estudou, fez-se pastor e formador de pastores.
O estudo da história fê-lo encontrar-se com S. Teresa de
Jesus e com a mística cristã. Uma visita à cidade de Ávila confirmou-o no
caminho de regresso ao seio da Igreja.
No seu percurso de fé (ou de perda dela) atacou a Igreja Católica
e a Missa, as imagens e as devoções de toda a espécie. A pedido dos novos
amigos destruiu ou queimou todas as lembranças da Primeira Comunhão; não porque
não gostasse delas, mas porque lhe disseram que deveria fazê-lo.Quando lhe tiraram toda a ideia de entrar no Seminário decidiu licenciar-se em História. Ao estudar a cadeira de História de Espanha o professor falou de Santa Teresa como uma mulher que «o mundo todo e não apenas o seu tempo e país»! Só falou dela uma vez, mas Javier foi à procura do resto. Os colegas da faculdade, ateus e marxistas, surpreenderam-se com as investigações de Javier, mas da cabeça dele não lhe saía o poema dela que encontrara na biblioteca: «Vivo sem viver em mim e tão alta vida espero que morro porque não morro».
Em 1997, já metodista, licenciou-se
No ano 2000 foi ordenado presbítero metodista e passou a integrar o Seminário Metodista como professor. Durante todo esse tempo nunca deixou de ler as páginas de Santa Teresa! E depois dela a São João da Cruz, Santa Teresinha, Edith Stein, Isabel da Trindade, e outros autores. Mas os que mais se lhe gravaram foram os Carmelitas!
Aos 33 anos conseguiu viajar a Ávila e chegou ali no dia de Santa Teresa, 15 de Outubro. Nesse dia sonhou que a Santa, com uma vela na mão, o tomava pelo braço e o adentrava num jardim! Começa a grande aproximação ao catolicismo e ao mesmo tempo a ser criticado pelos companheiros metodistas. Mas Teresa tinha-lhe ensinado uma «determinada determinação» e ele não desistiu. Um dia, um frade carmelita percebeu-lhe as inquietações e apoiou as suas aspirações de regressar ao seio da Igreja Católica. Os desejos de ser sacerdote católico regressaram, mas agora pela via dos perfumes do Carmo Descalço que o haviam seduzido. Aqui encontrou a sua família e o seu espaço para viver a sua vocação contemplativa e sacerdotal.
Como Santa Teresa, também ele diz: «Oxalá, Senhor, mereçamos amar-Vos; que se temos de viver então vivamos para vós!» (Excl. 15:3)
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