Somos Carmelitas Descalços, filhos de Santa Teresa de Jesus e São João da Cruz, Ordem dos Irmãos da Bem-aventurada Virgem Maria do Monte Carmelo, Senhora do Sim, nossa Mãe e nossa Irmã, em Viana do Castelo, Alto Minho, Portugal, a viver «em obséquio de Nosso Senhor Jesus Cristo e a servi-l’O de coração puro e consciência recta».
domingo, 5 de maio de 2013
A maternidade espiritual
A maternidade espiritual é fecundidade que me põe de pé diante da cruz, que me ensina que a vida é obra da gratuidade de Deus. A mãe espiritual indica e conduz ao céu. As mães espirituais reluzem também a beleza da Mãe Igreja. Esse mistério que envolve cada mãe foi possível contemplar aos pés da cruz. Lá tudo terminou com a oferta. «Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito; mulher, eis aí o teu filho; filho eis aí tua mãe!»
Também faz parte da vocação de ser mãe a sabedoria, a renúncia e a coragem de dar de graça o que de graça se recebe. Os filhos são primeiramente de Deus; portanto, cuidar e sofrer com eles, significa amar até o fim, na certeza de que quando se dá um filho para Deus, faz-se a melhor das ofertas. Não é este o maravilhoso testemunho de Santa Mónica para com o seu filho Santo Agostinho? Dia e noite ela rogou de joelhos ao Senhor, durante vinte anos, que o chamasse para o seu círculo de bem-aventurados. Chorou intensamente a Deus pelos erros do filho. Um dia Mónica foi em lágrimas procurar Ambrósio, bispo da sua Cidade, depois de receber suas recomendações uma primeira vez, e pediu-lhe ajuda para conduzir Agostinho para a Igreja. Respondeu-lhe o servo de Deus: «Vá e viva em paz, pois é impossível que possa perecer um filho de tantas lágrimas.» Ela acreditou que estas palavras eram voz de Deus, e delas não abriu mão (cf. Santo Agostinho. Confissões, III,11.12).
Neste Dia da Mãe, vai esta palavra de esperança para todas as mães marcadas pela dor, pelo abandono do seu cônjuge, pelo flagelo do adultério. Vai uma palavra de esperança para todas as mães que se encontram no sofrimento com o filho doente, drogado, alcoolizado, desaparecido, desempregado. Vai uma palavra de esperança para as mães que se encontram nos albergues e nos abrigos, que tudo e a todos perderam com as tragédias naturais; que estão nas casas de tratamento mental, vítimas da Sida, nas prisões, abandonadas pelos filhos. Vai uma palavra de esperança para as esposas que não podem ser mães por causa da esterilidade ou outras complicações de saúde. A vós mães, dirijo a esperança de que a solidariedade humana e a luz da fé não desapareçam das vossas vidas. Também uma prece e uma oração por vocês!
Parabéns minha querida mãe! A gratidão é a memória do coração e a expressão do amor. Neste dia queremos confiar cada Mãe nas mãos e no coração cheio de ternura de Maria, Nossa Mãe amada, a Virgem de Nazaré. Foi diante da cruz que ela mais claramente compreendeu a sua altíssima missão de ser a Mãe do Salvador e Mãe nossa. Também Tu, ó Maria, ajudai cada mãe a viver a sua missão, a sua sublime missão. Acima de tudo, ensina cada mãe de hoje a rezar, a ter fé, a viver de esperança, da própria vida de Deus, para que “vivam o dom da maternidade como vocação à salvação” (cf. I Tim 2,15).
Que cada mãe seja para os filhos, para o esposo e para o lar, um céu de ternura, aconchego e calor. Que a oração seja a força, o remédio, o sustento. Ó Maria, Virgem e Mãe, sede vós, a Soberana consolação de cada mãe. Em tuas mãos eu entrego também minha amada mãe. Amém!
Antônio Marcos
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário