Senhor Jesus,
hoje, as minhas últimas palavras, escritas, vão para Ti!
Termino este dia,
(...que Tu bem sabes como vivi…)
Pensando no dom do Sacerdócio.
Como é belo, ao findar deste dia,
ler-Te e encontrar um ambiente como o do cenáculo,
da última ceia!
Recordo, e agradeço-Te o dom do sacerdócio.
E neles peço-te perdão!
Dou-te graças pelo dom do sacerdócio,
encarnado em tantos amigos e irmãos sacerdotes que conheço.
Dou-te graças pelo longo curso pelo qual tiveram que passar
até sentirem que o ideal do sacerdócio
era mais forte e gritava mais alto.
Dou-te graças por todos
e de modo muito particular por cada um.Hoje,
recordo-os prostrados, sozinhos, de rosto por terra,
onde caem as minhas lágrimas,
onde despertam os meus soluços silenciosos.
Do rosto da humanidade
recolhem a ternura do Pai!
E assim, com voz trémula, os recordo nestes gestos,
E assim, com voz trémula, os recordo nestes gestos,
com o desejo de serem, de se doarem a todos,
de pedirem perdão também.
Vejo-os
a (re)começar o caminho mesmo no meio das dúvidas,
da fúria da solidão do dia-a-dia,
e nos momentos de martírio.
Vejo-os
cansados tantas vezes, mas não com menos amor por Ti.
Talvez cada Missa seja mais sofredora,
mas não com menos sangue de mártir.
Vejo-os
com a alegria de viverem a grandeza da ternura do Pa
de forma intima e fiel.
Vejo-os
a querem ser grandes sacerdotes!
Senhor Jesus,
que cada sacerdote saiba que o seu dom
não é uma realidade do passado,
mas uma transparente graça do presente!
Amen.
(Autor Anónimo)
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