domingo, 29 de dezembro de 2013

Queres ser minha mãe


Um jornal diário relatou uma história comovente, no contexto da guerra do Afeganistão: Amin é uma criança de 11 anos. Regressa à aldeia, vinda do campo. A sua casa está destruída, a sua irmã morta, o pai pede socorro, o resto da família desaparecida sob os escombros dos bombardeamentos. Amin socorre o pai, consegue arrastá-lo para cima de uma carroça e parte à procura de ajuda. Mas também o pai morre logo no início do percurso. Amin não volta a casa, tem medo, enceta o longo caminho dos refugiados, percorre algumas centenas de quilómetros, até um campo de acolhimento, perto da fronteira. Encontra no campo uma mulher e pergunta-lhe: não queres ser minha mãe? A resposta não se faz esperar: porque não? O marido está de acordo; é mais um filho a juntar aos outros quatro. Refugiados também eles, acabavam de se inscrever no campo. Voltam lá para inscrever Amin, que ainda não sabe os seus nomes, mas já sabe que tem novos pais e que nunca mais os abandonará.  A grandeza da mulher mãe, cujo coração não tem fronteiras e cuja ternura não se esgota, independentemente da religião ou da cultura.
Perante o drama das crianças no mundo contemporâneo, todas as mulheres são chamadas a ser mães e todos os homens a serem pais, dos filhos que geraram e de tantos outros que os podem regenerar, fazendo renascer em si a alegria e a esperança.

Sem comentários: