«Um dos preceitos a que os católicos devem estar atentos durante a Quaresma é o de dar esmola aos pobres. Mas atenção: a forma correcta de dar esmolas não é dar dinheiro às pessoas que mendigam nas ruas, e sim ajudar uma instituição de caridade séria, ligada ou não à Igreja.»
Esse foi um trecho de uma homilia na missa da última Quarta-feira de Cinzas. O padre está certo?
Depende. Nas grandes cidades, não são raros os pedintes que chegam a ganhar bem mais do que um trabalhador assalariado!
Por outro lado as maiores vítimas das esmolas irresponsáveis são as crianças. A esmola torna mais difícil convencer as crianças dos aspectos negativos da rua.
«Ah, mas eu nunca dou dinheiro. Dou roupas ou comida.» Dá quase no mesmo, amigo. Qualquer doação pode servir como um incentivo para que a pessoa se acomode na situação de pedinte.
«Então, o que devo fazer quando uma pessoa me pede ajuda na rua?» A única resposta honesta que tenho para dar é NÃO SEI! Não há uma fórmula exacta para resolver a questão, mas é importante discutirmos o problema. Vamos reflectir um pouco antes de dar esmolas. Sendo certo que existem casos em que uma pessoa na rua realmente deve ser assistida com comida, roupas ou dinheiro.
A decisão não é óbvia, nem fácil. Pesando todos os factores relacionados à esmola, procuremos usar o bom senso e orar. Lembremos sempre que um pobre que sofre é Jesus que sofre.
Que o Senhor nos dê o amor, a generosidade e o discernimento necessários.
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