terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Visita de D. Anacleto na Festa de S. João da Cruz!

 
 
O novel bispo de Viana do Castelo visitou hoje a nossa Comunidade. A visita decorreu demoradamente, serenamente, fraternalmente.
Um pouco antes das nove horas a Comunidade esperava-o no parque de estacionamento. Entramos depois na igreja para celebrarmos a Eucaristia. A assembleia não era numerosa, mas participativa. Não era jovem, mas era animada, empenhada, interessada, orante, gostosa. Tirando o Frei Daniel e uma rapariga de S. Paio de Antas (Esposende!) não havia jovens. Compreensivelmente. Aquela era hora de trabalho em dia de semana. Em tempo de crise. Aquela hora os que trabalhavam louvavam a Deus, e nós igualmente louvavamos a Deus rezando em acção de graças.
Este é um bispo que ora e faz orar. A sua disposição interior transparece no exterior e arrepanha-nos a todos para essa outra Presença maior que a todos convoca.
A homilia foi simples, serena.
Recordando o provérbio da nossa sabedoria popular: Bem prega Frei Tomás, fazei o que ele diz e não o que ele faz, animou-nos a todos a ouvir e aprender de Frei João da Cruz, «a fazer e imitar o que ele diz e faz. Pois ele viveu o coração da mensagem cristã, o mistério da cruz que tomou por nome. A cruz é a máxima ignomínia, mas é também o lugar da maior e mais feliz manifestação de Deus e da sua vitória sobre a morte.
Não desconhecemos, disse o bispo D. Anacleto, o muito que Frei João da Cruz sofreu. Não porque o quisesse, mas por ser essa uma parte da condição humana e de fé em que se inseria. E sabemos, rematou, como na cruz Frei João encontrou a maior razão para se dar completamente!
Sim, o ditado não se lhe aplica - ele é nosso modelo de fidelidadea Cristo!
O mundo em que vivemos não está fácil para ninguém, nem para nós cristãos. A mensagem cristã choca com as propostas contrárias às de Cristo. E nós somos estranhos no nosso mundo e na nossa cidade. Nesta cidade e nesta Diocese, nós, cristãos, corremos um risco: sabemos, dizemos e pregamos, mas a Mensagem não incarna na nossa vida! Porque temos medo e vergonha de ser cristãos, e de confirmá-lo com acções próprias.
Não queremos sofrer como São João da Cruz: temos até muito medo da oposição do mundo e a ele nos conformamos. Mas, deixai-me que vos anime: sejamos o que somos! Cristãos, de Cristo vencedor! Carmelitas que como Frei João da Cruz vivem o cerne da mensagem cristã: o amor a Cristo.
Se o mundo nos traz oposição e sofrimentos, como a São João da Cruz, entreguemo-nos mais convictamente a Deus, à comunhão com Deus, à união com Deus e à sua intimidade.
Quanto mais nos confrontarmos com a dureza da oposição e mais vivermos no meio da noite do mundo a fé cristã, mais felizes seremos como São João da Cruz.
Não tenhamos medo! Cristo acabou de rezar por nós! Na última Ceia, segundo São João, Cristo rezou pelos seus discípulos. Pelos que tinha diante de si e por nós, que haveríamos de sê-lo no futuro que é hoje. Cristo rezou mais uma vez por nós. Que a sua oração se manifeste numa comunhão de amor entre nós, e entre nós e Ele. Oh! Que beleza a Igreja de Jesus Cristo!»
Depois da Eucaristia D. Anacleto visitou a comunidade e depois o GAF.
Mas essas notícias chegarão depois.

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