No essencial, o Papa Francisco decidiu manter o seu brasão anterior, escolhido desde a sua consagração episcopal e caracterizado por uma linearidade simples, refere um comunicado da Santa Sé. O brasão inclui um escudo azul coberto pelos símbolos da dignidade pontifícia (mitra posicionada entre chaves de ouro e prata entrecruzadas, unidas por um cordão vermelho), com o emblema da Companhia de Jesus: um sol com as letras IHS, em vermelho, monograma de Cristo. Em baixo encontram-se uma estrela e uma flor de nardo, que simbolizam, respectivamente, a Virgem Maria e São José, patrono da Igreja, neste caso representado de acordo com a iconografia hispânica. O lema do novo Papa, 'miserando atque eligendo', frase que evoca uma passagem do Evangelho segundo São Mateus: "olhou-o com misericórdia e escolheu-o". A expressão é retirada de uma homilia de São Beda, o venerável (séculos VII-VIII), apresentada pelo Vaticano como "uma homenagem à misericórdia divina". Este lema e programa de vida evoca um episódio da vida do Papa argentino, que na festa de São Mateus, em 1953,"experimentou, com 17 anos de idade, de um modo muito particular, a presença amorosa de Deus na sua vida". A seguir a uma confissão, sentiu o seu coração ser tocado e percebeu a descida da misericórdia de Deus, que com olhar de terno amor o chamava à vida religiosa.
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