12. Contemplando o mistério e estar ao lado dos pobres
Nessa perspectiva queremos indicar a todos os fiéis duas expressões da vida de fé que parecem particularmente importante para nós, para testemunhar em Nova Evangelização.
O primeiro é constituído pelo dom e experiência de contemplação. Um testemunho de que o mundo consideraria credível só pode surgir a partir de um olhar de adoração diante do mistério de Deus, Pai, Filho e Espírito Santo, somente a partir do silêncio profundo que recebe a única Palavra que salva, como um útero. Só este silêncio orante pode impedir que a palavra de salvação seja perdida no meio dos muitos barulhos que invadem o mundo.
Nós agora dirigir uma palavra de gratidão a todos os homens e mulheres que dedicam suas vidas à oração e à contemplação nos mosteiros e ermidas. Momentos de contemplação devem entrelaçar com a vida das pessoas comuns: espaços espirituais, mas também físicos, que nos lembram de Deus; santuários interiores e templos de pedra que, como na encruzilhada, nos impedem de nos perdermos em uma inundação de experiências; oportunidades em que todos pudessem sentir-se aceitos, mesmo aqueles que mal sabem o que e quem procurar.
O outro símbolo de autenticidade da nova evangelização tem o rosto dos pobres. Colocando-nos lado a lado com aqueles que estão feridos pela vida não é apenas um exercício social, mas acima de tudo um ato espiritual, porque é o rosto de Cristo que resplandece no rosto dos pobres: “O que você fez para um destes irmãos meus, você fez por mim” (Mateus 25,40).
Temos que reconhecer o lugar privilegiado dos pobres em nossas comunidades, um lugar que não exclui ninguém, mas também refletir como Jesus se uniu a eles. A presença dos pobres em nossas comunidades é misteriosamente poderosa: ela muda as pessoas mais do que um discurso faz, ela ensina a fidelidade, faz-nos compreender a fragilidade da vida, ela pede oração: em suma, traz-nos a Cristo.
O gesto de caridade, por outro lado, também deve ser acompanhada de compromisso com a justiça, com um apelo que diz respeito a todos, pobres e ricos. Portanto, a doutrina social da Igreja é parte integrante dos caminhos da nova evangelização, bem como a formação dos cristãos para se dedicar a servir a comunidade humana na vida social e política.
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