Malba Tahan conta que dois amigos, Salim e Fahid, viajavam numa caravana para a Pérsia. Ao cruzarem um rio, Salim foi levado pela corrente, e teria morrido se o amigo não o ajudasse.
Agradecido, pediu aos seus empregados que gravassem numa rocha que ficava na margem do rio: “Aqui, Fahid salvou a vida de seu amigo”.
Quando voltavam da Pérsia, depois de atravessarem o mesmo rio, uma discussão tola fez com que os dois brigassem. Fahid puxou de uma espada, e quase mata o amigo a quem havia salvo meses antes.
Depois que os ânimos serenaram, Salim chamou de novo os seus empregados e pediu que escrevessem na areia: “Aqui, Fahid tentou matar seu amigo”.
“Quando o salvei, você gravou meu gesto numa rocha. Agora que quase o matei, você escreve na areia. Não vê que o vento logo apagará?”, perguntou Fahid.
“Esta é a sabedoria”, respondeu Salim, “escrever as boas coisas na rocha, e as coisas negativas na areia”.
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