segunda-feira, 29 de abril de 2013

O Carmo é peregrino (XIV)

Brevemente regressamos a casa.

O Carmo é peregrino (XIII)


Depois houve ainda tempo para visitarmos o túmulo da Santa em Alba de Tormes. Mas o cansaço era já muito e apetecia sobretudo esconder a cara. Enfim, descansemos, que a próxima é já ali.

O Carmo é peregrino (XII)



Ainda houve tempo para visitar a casa natal de São João da Cruz, que «não terá passado dum barraquito com um tear». O Pároco D. Genaro recebeu-nos e guiou-nos até à altura em que teve de nos deixar para presidir à novena em honra do Santo.

O Carmo é peregrino (XI)


Estivemos junto da pia baptismal onde o Santo Doutor Místico foi baptizado.

O Carmo é peregrino (X)



DE tarde visitámos a terra natal de São João da Cruz. Visitámos e cantámos na Igreja paroquial de São Sebastião, que, como alguém disse. «é maior e mais rica que algumas das nossas catedrais!».

o Carmo é peregrino (IX)


Na capela do Carmelo celebramos Missa, reciolhemo-nos e rezámos. Foram momentos intensos em meória de Jesus e de Teresa que leva o Seu nome.

O Carmo é peregrino (VIII)


No domingo de manhã fomos até ao famoso Aqueduto e dali subimos a Calle Real até à Plaza Mayor. Aqui tomamos a Marques del Vale e parámos no nº 40, o Carmelo de Sna Jose de Segóvia, a séptima fundação da Santa Madre.

O Carmo é peregrino (VII)


À noite, já em Segóvia, celebrámos Missa jutno do sepulcro de São João da Cruz, e deliciámio-nos com o tão rico quão simbólico retábulo da igreja, que retrata os seus poemas.

O Carmo é peregrino (VI)

Das visitas e dos pucheiros fomos para a mesa. Saiu-nos aqui uma açorda castelhana!

O Carmo é peregrino (V)

Também entre os pucheiros anda o Senhor. Foi Santa Teresa que o disse. E houve quem o visse!

O Carmo é peregrino(IV)


Vistámos de seguida la Encarnación, onde a Santa entrou no Carmelo, onde professou e amadureceu a sua vocação e donde saiu para promover as suas fundações. O frio era muito, mas o ânimo não era menor!

O Carmo é peregrino (III)


Na manhã de Sábado visitámos La Santa - Casa Natal de Santa Teresa, que é um convento de Carmelitas Descalços. Rezámos Laudes na capela construída no lugar do seu nascimento e depois ficámos distendidos em oração. Mirámos o jardim e alguns deram ainda um salto ao Museu que se encotnra na cripta. Em cheio!

O Carmo é peregrino (II)


À saída, na Igreja da Stella Maris, colocamos as nossas vidas nas mãos de Nossa Senhora e pedimos-lhe que nos consagrasse a Deus.

O Carmo é peregrino

De 26 a 28 o Carmo foi peregrino por terras de Santa Teresa e São João da Cruz. Éramos 42 peregrinos de Viana, Porto, Barcelos e Aveiro. Chamados por Teresa e João fomos a suas casas em clima de peregrinação e oração.
Valeu a pena: à chegada vínhamos mais disponíveis a subir!

Como eu vos amei!


Continuamos em Páscoa. É este o domingo V da Páscoa. Celebrando a Páscoa celebramos o grande mistério da vida e do amor. Domingo a domingo — mais ainda na Páscoa! — é esse o imenso mistério que brilha e nos inunda de luz até à Ascensão. Nos dias que antecedem a sua ascenção para o Pai, Jesus instruiu os discípulos e pede-lhes insistentemente que se amem uns aos outros, que nos amemos uns aos outros como Ele nos ama. O Amor é Deus, amor é a sua verdade mais verdade, e é a base mais profunda e mais consistente do Cristianismo. A ausência de amor promoveu violências, acendeu guerras, multiplicou inseguranças. Poderemos continuar a caminhar pelo caminho do desamor? Esse caminho que só nos pode levar a perder?
Jesus diz-nos hoje que a nossa vida deve fincar-se no Amor. Deveríamos dar-lhe ouvidos.
Consta que o Guiness Book regista como o sermão mais longo da história um de 60 horas e 31 minutos, que foi pregado por um reverendo da Igreja Unitária.
Por sua vez, o mais pequeno demorou, por contraste, apenas alguns segundos. O sacerdote, depois de proclamar o Evangelho disse apenas uma palavra: Amor!
E sentou-se.
Estas linhas não tratam de bater recordes, sejam quais eles sejam, mas de reflectir sobre a cena do Evangelho deste domingo, na qual Jesus nos deixa o seu testamento e nos entrega o décimo primeiro mandamento: Amai-vos uns aos outros como eu vos amei!
Em todas as sociedades existem uniformes que ajudam a distinguir as corporações e a posição das pessoas: um homem vestido de branco e com um chapeuzinho branco na cabeça é o Papa. Se vestirem de seda vermelha cor de sangue são cardeais. Os que surgem com mitras no lugar das coroas são bispos. Os sacerdotes vestem de forma indiferenciada, salvo os que pertencem a grupos muito tradicionais e então vestem de negro. E por aí adiante.
Os fiéis católicos em geral distinguem-se dos outros cristãos pela obrigação de participar na Eucaristia dominical.
Infelizmente, a maioria das vezes, damos excessivo valor aos uniformes e ao exterior: para nós as aparências são mais importantes que a realidade, que a profundidade do ser. Nós acentuamos muito as normas e as regras. Vincar os mandamentos humanos é para nós um desporto favorito com muitos adeptos: faz-nos sentir poderosos e agrada-nos ter um certo peso que nos nasce do desejo da autoridade que pretendemos manifestar.
A verdade, porém, é que Jesus, o Bom Pastor, não nos atulhou com mandamentos esquesitos, nem andou a fiscalizar se as suas ovelhas conheciam os Mandamentos que Deus entregara a Moisés no Monte Sinai!
Não. Jesus não é como nós! Especialmente Ele não é com os tiranetes de trazer por casa: Jesus, o Bom Pastor, dá-nos hoje o seu mandamento mas não pretende ser obedecido, não pretende azucrinar-nos a vida do nosso dia a dia com leis. Ele dá-nos o seu mandamento para que ele nos sirva apenas de sinal! O seu mandamento é o nosso uniforme: através dele nós distinguimo-nos dos demais, e os demais sabem que somos discípulos de Jesus.
Podemos falar muito e argumentar melhor; podemos sublimar as palavras e proclamar sermões poderosos; podemos usar escapulários e luzir uniformes. Não passarão de disfarces se o Evangelho de Jesus não for por nós assumido, quando nos pede:
«Amai-vos como eu vos amei!»
Sinceramente, creio, o problema nem está no amor. Crentes e não crentes apreciam a bondade e o amor, e foram ao longo da história verdadeiros intérpretes de gestos inolvidáveis de amor! Quem não os conhece?... O problema é bem outro, reside no «como», «como eu»! Essa palavra pequenina é ela que nos assusta e nos faz fugir! A  maioria contenta-se em amar, mas o desafio maior reside em fazê-lo como Jesus!
Amai-vos como eu vos amei! (E eu amei-vos até à cruz, até dar a vida!, parece querer recordar-nos Jesus!)
Resta-nos um exemplo luminoso, o da Madre Teresa de Calcutá: um dia encontrou um homem abandonado numa sarjeta; jazia inane e coberto de moscas que o iam devorando. A Madre parou, ajoelhou-se, começou a tirar--lhe o lixo que o cobria e a falar-lhe docemente. Alguém viu e comentou:
– «Madre, eu não faria isso nem por um milhão de dólares!»
E a Madre respondeu:
– «Nem eu o faria também!»
E citando o Evangelho deste domingo, disse:
– «Devemos crescer no amor; e para chegar a fazer isto teremos de amar e continuar a amar até que nos doa!».
Nestes tempos de indiferença não nos resta outra bandeira se não a de nos amarmos!

Chama do Carmo I NS 186 I Abril 28 2013

domingo, 21 de abril de 2013

Aos sacerdotes!

«Recordai as vossas mães, avós e catequistas que vos transmitiram o dom da fé!»

FRANCISCO, aos primeiros sacerdotes que ordenou enquanto Bispo de Roma.

Sede valentes!


«Jovens, lembrai-vos:
A vida é para arriscar por um grande ideal. Sede valentes e perguntai a Jesus o que quer de vós!»
FRANCISCO

O regresso de Javier Arturo


Javier Arturo tem 41 anos e nasceu na cidade do México. É filho duma família acomodada, católica por tradição e não por convicção. Cresceu sem especiais referências à fé, à eucaristia, a uma devoção que fosse! Na adolescência entrou num grupo pentecostal, basicamente uma seita. Oito anos mais tarde conheceu os Metodistas e ali estudou, fez-se pastor e formador de pastores.
O estudo da história fê-lo encontrar-se com S. Teresa de Jesus e com a mística cristã. Uma visita à cidade de Ávila confirmou-o no caminho de regresso ao seio da Igreja.
No seu percurso de fé (ou de perda dela) atacou a Igreja Católica e a Missa, as imagens e as devoções de toda a espécie. A pedido dos novos amigos destruiu ou queimou todas as lembranças da Primeira Comunhão; não porque não gostasse delas, mas porque lhe disseram que deveria fazê-lo.
Quando lhe tiraram toda a ideia de entrar no Seminário decidiu licenciar-se em História. Ao estudar a cadeira de História de Espanha o professor falou de Santa Teresa como uma mulher que «o mundo todo e não apenas o seu tempo e país»! Só falou dela uma vez, mas Javier foi à procura do resto. Os colegas da faculdade, ateus e marxistas, surpreenderam-se com as investigações de Javier, mas da cabeça dele não lhe saía o poema dela que encontrara na biblioteca: «Vivo sem viver em mim e tão alta vida espero que morro porque não morro».
Em 1997, já metodista, licenciou-se em teologia nos EUA. Depois, durante três anos viveu no Texas e foi ordenado diácono. Nesse ano, já depois de se ter encontrado com os monges de Taizé, que tão belamente cantam o Nada Te Perturbe, de Santa Teresa, regressa ao México.
No ano 2000 foi ordenado presbítero metodista e passou a integrar o Seminário Metodista como professor. Durante todo esse tempo nunca deixou de ler as páginas de Santa Teresa! E depois dela a São João da Cruz, Santa Teresinha, Edith Stein, Isabel da Trindade, e outros autores. Mas os que mais se lhe gravaram foram os Carmelitas!
Aos 33 anos conseguiu viajar a Ávila e chegou ali no dia de Santa Teresa, 15 de Outubro. Nesse dia sonhou que a Santa, com uma vela na mão, o tomava pelo braço e o adentrava num jardim! Começa a grande aproximação ao catolicismo e ao mesmo tempo a ser criticado pelos companheiros metodistas. Mas Teresa tinha-lhe ensinado uma «determinada determinação» e ele não desistiu. Um dia, um frade carmelita percebeu-lhe as inquietações e apoiou as suas aspirações de regressar ao seio da Igreja Católica. Os desejos de ser sacerdote católico regressaram, mas agora pela via dos perfumes do Carmo Descalço que o haviam seduzido. Aqui encontrou a sua família e o seu espaço para viver a sua vocação contemplativa e sacerdotal.
Como Santa Teresa, também ele diz: «Oxalá, Senhor, mereçamos amar-Vos; que se temos de viver então vivamos para vós!» (Excl. 15:3)

sábado, 20 de abril de 2013

Rezemos pelos sacerdotes

Um bom pastor é alguém que guia, que tem a coragem de indicar, à luz da fé, o caminho a seguir. Sabe dizer a verdade com amor;
Um bom pastor é um amigo da vida. Ele deve abrir para os outros as fontes da vida eterna;
Um bom pastor é aquele que não fica prisioneiro daqueles que o rodeiam sempre, mas vai à procura dos que se desviaram ou nunca vieram;
Um bom pastor é aquele que, sem desprezar ninguém, dá um lugar especial no seu coração aos pobres, aos pequeninos, aos mais fracos;
Um bom pastor é alguém que vigia, está atento, avisa dos perigos;
Um bom pastor não se apascenta a si mesmo, não usa o seu ministério para proveito próprio;
Um bom pastor conhece as suas ovelhas. O contacto pessoal é o Alfa e o Ómega da cura das almas e não pode ser substituído por nada, nem sequer por cartas paroquiais ou diocesanas, escritas da maneira mais cordial.

W. Kasper

Encontros 3D

 

 
E de repente rebentou a Primavera. Estoirou mesmo! E Deão aqui tão perto, um porto tão perto para náufragos de sentido e acolhimento, de abraços e palavras mansas, de escuta e encontro, de reflexão e pensamento.
O dia nem foi dos mais quentes, mas o encontro sim. Por ali andámos contemplativos e atentos, amigos e bem dispostos. Éramos sete jovens e o frei João.
Cada um levou a sua armadura ou mais, e trouxe o desafio de reaprender a conversar com esquilos e passarinhos, porque quando somos fracos é que, afinal, somos fortes.
Foi um Encontro 3D: Um verdadeiro e quente dia de deão! A repetir com a mesma graça, mesmo se o maior dos combates a fazer seja o de nos combatermos a nós mesmos.

Domingo do Bom Pastor


Oração pelas vocações



Deus Pai, fonte da vida,
que pelo teu filho, Jesus Cristo,
nos deste o Espirito de confiança
e de amor:
envia operários para a tua Igreja;
dá vitalidade de fé
a cada família, paróquia e diocese,
onde desabrochem numerosas vocações
sacerdotais e religiosas
e os baptizados vivam generosamente
o Evangelho,
ilumina com a santidade da tua palavra
os pastores e os consagrados;
anima os jovens nos seminários
e nas casas de formação;
renova a esperança na Igreja
e continua a chamar muitos
para que nunca faltem
testemunhas autênticas,
transfiguradas no encontro contigo,
e anunciadoras da tua alegria
à comunidade cristã e aos irmãos.
Ámen.

Chamados!


Todos somos chamados. Isso é o que nos caracteriza como seres humanos. Somos chamados à vida, chamados pelo nome, convocados para o bem, para o caminho, enfim, para sermos humanos, cada vez mais humanos, tão humanos que um dia nos divinizamos.
Somos chamados porque amados; e chama-nos Quem nos ama e porque nos ama. A história da humanidade é também um longo relato de cegueira e surdez, isto é, um longo e pronunciado fechamento ao apelo e ao chamamento de Deus. Somos chamados; Deus respeita e espera a resposta. Sobretudo, Ele espera-nos. Porém, nos carreiros de qualquer idade, e até mesmo nos perdidos da vida há uma Voz que nos chama incansavelmente pelo nome.

Samuel era menino e acólito no templo.
nasceu por volta do ano 960 aC. Era tão atento e zeloso que Deus o chamou numa noite em que o menino dormia. O menino foi ter com o sacerdote, mas ele não o tinha chamado; e nem o sacerdote nem o menino descobriram à primeira que é Deus quem chama!

Jeremias nasceu no ano 655 aC. Era muito jovem e Deus chamou-o; e contra todas as probabilidades mandou-o dizer a Sua palavra a quem a não queria ouvir!
Não houve quem dele não se risse!
Mas Jeremias não se calou!

Ester, jovem e bela judia, nasceu em 458 aC. Era fiel a Deus e rainha casada com o rei Assuero, da Pérsia, potência dominante à época. Deus chamou-a para encantar o coração do rei e alcançar a libertação do Povo. Com risco de perder a vida ela aceitou a missão!

Paulo de Tarso era um jovem judeu dos
quatro costados. Estudou afincadamente e provavelmente era já doutor da Lei quando Jesus começou a pregar. Morto Jesus perseguiu atrozmente a seita cristã evitando a todo o custo que estes hereges propagassem a nova fé. Dois anos depois da ressurreição o Ressuscitado aparece-lhe, fala-lhe e ele cai do cavalo: e de perseguidor torna-se cristão perseguido!

Agostinho nasceu em Hipona, no norte de África,  em 354. Era filho de um nobre pagão e mãe cristã. Preferiu caminhar pelo paganismo sempre em busca da verdade, jamais escutando o apelo da mãe. Cansado e inquieto aceita o chamamento aos 32 anos, depois de ouvir os sermões de S. Ambrósio de Milão.

Teresa de Jesus nasceu na cidade de Ávila, cidade de santos e de cavaleiros, em 1515. Em pequena a mãe ensinou-a a ler romances. E do que ela gostava mesmo era de romances e namoricos, perfumes, galantearia e bailes. Forçada ao internato dum colégio recebeu aí o chamamento à santidade!

João de Yepes nasceu em terrque poucos conhecem, Fontiveros, Ávila, Espanha. O pai era rico e nobre, a mãe pobre, órfá e tecedeira. Porque ali venceu o amor o pai acabou tecendo, deserdado pela família. Em pouco tempo nasceram três filhos: João é último. Mercê da fome o pai morre brevemente e depois o irmão do meio. João sobrevive naõ sabemos como. Estuda não sabemos como. Singra não sabemos como. Mas sabemos que a mão de Deus estava com ele, e ele colaborou com a inteligência e a disposição. É o sano mais poeta e o poeta mais santo. E é muito, e é pouco dizer de Juan de la Cruz.

Hermann Cohen nasceu em 1820, filho de poderosos judeus de Hamburgo. Foi educado no desprezo ao cristianismo. Lamennais, sacerdote apóstata, foi seu mestre e quem o apresentou à élite da sociedade europeia e anticatólica. Músico exímio frequentou os grandes palco e recebeu o reconhecimento das principais e mais por acaso, substituiu um amigo na regência do coro do Príncipe de Moscovo.

Paul Claudel nasceu 1868, filho dum bancário e de mãe católica. Cresceu sem ligações à fé. Foi diplomata e dramaturgo. Ouviu a voz de Deus, subitamente, num Natal, ao ouvir o coro da catedral de Notre Dame, quando, considerava ele, todos eram felizes por acreditar e orar a um Deus a quem até então ele não queria conhecer.

Teresinha nasceu em 1873. Ainda menina de quatro anos decidiu dar tudo a Jesus, por amor. Viveu mais vinte: os últimos sete no carmelo; antes de entrar, pediu que Jesus lhe enviasse um sinal do Seu amo por elar: que a neve cobrisse a terra com o seu manto. E assim sucedeu no dia 9 de Abril de 1888!

Chiara Lucci nasceu em 1971. Era uma jovem italiana, bela, desportista e atraente. Aos 17 anos diagnosticaram-lhe um tumor ósseo que lhe encerrou a carreira de desportista. Chiara aceitou os desígnios de Deus, oferecendo-Lhe tudo o que lhe restava. A quem a visitava recebia dela força, paz, serenidade e alegria. E dizia: «Já não posso correr, mas gostava de te passar a chama da fé, como nas olimpíadas!»

Faltar-nos-ia aqui espaço e tempo para falar de tantas e tantos chamados, e chamados de tantas maneiras e em tantas curvas do caminho! Neste domingo das vocações reza pela tua vida chamada a ser no mundo sinal de Cristo; e reza por tantas mulheres e homens chamados a responder com radicalidade, isto é, desde a raiz mais profunda do seu ser, e a ser louvor da glória do nosso Deus. A sua fidelidade também depende da generosidade da tua oração!

Chama do Carmo I NS 185 I Abril 21 2013

terça-feira, 16 de abril de 2013

Sabedoria sufi


Receba aquele que o procura, e não corra atrás de quem o rejeita. Desta maneira, você estará criando um laço de harmonia com o seu semelhante.

Um noviço não deve ser expulso por causa de suas faltas. Quando alguém está fazendo um esforço para melhorar, isto deve ser apreciado e honrado por todos.

Um estranho não deve ser aceite por causa de suas qualidades. Quando vemos alguém muito ansioso para mostrar como é bom e compreensivo, precisamos testá-lo com severidade. Porque ele busca aplauso para seus gestos, e pode ter perdido a humildade.

Vá sempre além das aparências. Escute. Veja. E confie em suas impressões.

domingo, 14 de abril de 2013

Uma história apaixonante!


O resto somos nós que criamos...


Deus dá-nos a cota de dificuldades para serem superadas durante a vida; o suficiente para que possamos crescer. O resto somos nós que criamos – por medo, culpa, ou incapacidade de mudar.
No refeitório da fábrica, João abria a marmita e reclamava:
— De novo, sanduíche de atum!
Na primeira semana, os companheiros fingiam que não escutavam. mas em todos os dias seguintes, João abria a marmita reclamando: — Raios! Sanduíche de atum outra vez!
Cansado de escutar isto, um de seus colegas comentou: — Por que é que não pedes a tua mulher para mudar?
— Que mulher?, perguntou João. Eu sou solteiro, e preparo as minhas sanduíches!

A Casa dos Mil Espelhos

Um cachorro soube da existência da Casa dos Mil Espelhos e decidiu visitá-la. Quando chegou subiu as escadas de orelhas erguidas e agitando o rabo velozmente. E ao entrar — Oh, surpresa! — encontrou-se olhando mil cachorros felizes abanando o rabo tão velozmente como o seu. Então sorriu com um grande sorriso e foi correspondido com mil sorrisos tão alegres como o seu.
Ao sair disse de si para si: — Este é um lugar maravilhoso. Hei-de voltar novamente.
Havia também um cachorro triste e de poucos amigos que decidiu visitar a Casa dos Mil Espelhos. Subiu a escada de cabeça baixa e quando entrou viu mil cães que o olhavam de mau humor. Quando viu esses cães tão pouco amigos deu um latido forte e horrorizou-se porque lhe responderam mil latidos furiosos!
Ao sair, disse: — Este lugar é horrível. Nunca mais regressarei aqui.

Acha que a igreja onde vai à Missa é a Casa dos Mil Espelhos?

sábado, 13 de abril de 2013

Examinar-te-ão no amor!

A celebração deste domingo terceiro da Páscoa convoca-nos para o início da celebração da Semana de oração pelas vocações. Qualquer um de nós sabe que um dos ingredientes da sua vocação foi e é e sempre será a oração, essa água viva que nos renova e alimenta. Ninguém na Igreja é uma ilha, ou como diria São Paulo: ninguém nasceu de si mesmo, ninguém vive para si mesmo. E se vivemos para os demais é justo que eles velem pela minha vocação. Se é justo agradecermos os dons que recebemos, é justo e santo  agradecer a bondade de Deus que nos dá homens e mulheres vocacionados, dispostos a peregrinar connosco os trilhos da fé, do amor e da esperança.
Ninguém merece caminhar sozinho.
Francisco acaba de ser eleito. E a Igreja não acaba de se surpreender com os gestos simples do Pároco do Mundo. Será que ele os vai manter? Até quando poderá surpreender-nos com gestos novos (antigos no mundo, novos num Papa)? A quem mais surpreendem os gestos de Francisco ao mundo não-católico, ao mundo católico, ou ao mundo de eminências pardas do Vaticano?
Não sei. Sei, ou melhor, imagino que nas reuniões prévias ao Conclave os cardeais falaram e estudaram a situação global da Igreja. Também me parece óbvio que nesse momento de graça que Deus deu e Bento XVI propiciou terão falado daquele, que entre eles, poderia ser quem a Igreja estava a precisar.
(Parece-me que o Espírito Santo não voa sem mais e poisa na cabeça do eleito para que todos vejam a escolha de Deus! Não. O estudo, a oração e a reflexão são instrumentos que ajudam a ver melhor a realidade. E à hora de eleger escolhe-se o mais capaz.)
E pelo mundo fora não houve jornal ou pasquim que não tivesse falado do assunto da eleição do novo Papa e quem devera ele ser. E não acertaram. E a meu ver se ninguém acertou é porque a todos faltou o olhar colegial que lê o mundo e a Igreja como por aqueles dias se via e lia catolicamente pelo coração dos cardeais reunidos.
Em cada tempo a Igreja tem os seus problemas. Referiro-me aos que dizem respeito ao anúncio do Evangelho ao mundo: pois o Evangelho não se anuncia sempre da mesma maneira! E é por isso que a escolha de Francisco, sereno, simples e sorridente, me parece encaixar no perfil que os crentes tanto desejavam.
A cor dos sapatos não faz um Papa! Mas o coração, sim. O que nós precisamos não tem a ver com a cor dos sapatos ou se os vemos cambados ou não, mas se o coração do Papa ama a Jesus! E se ama o rebanho de Jesus, as suas ovelhas cansadas, as feridas, as perdidas, os carneiros sonhadores, os cordeirinhos que tiritam de frio e ainda não apreciam a erva tenra, e tantas tantas ovelhas que não estão neste redil por que o sentem sem coração!
Por aí preciso eu, precisamos nós, que o Papa vá e se revele: como um homem com coração. Como um pai que nos aconchega ao peito e cuja mão nos abençoa e afaga.
O calor do coração é o exame de Francisco, que é o exame permamente de toda a Igreja.
Também Pedro teve de passar por ele, pois Jesus não lhe confiou o rebanho sem lhe escrutinar o coração, e lhe ouvir a voz até às lágrimas.
Não há exame que não seja sobre a matéria dada; e não há matéria que Jesus mais tenha dado (e confirmado com a própria vida!) que o amor. De amor e só de amor falou e ensinou Jesus nas suas aulas teóricas e nas práticas. Sim, Jesus sempre falara aos seus discípulos que Deus é amor: Ele mesmo era nos seus gestos e palavras o rosto verdadeiro de Deus. Amor, amor, amar o amor, amar o próximo eram os sumários das aulas de Jesus. Não havia nada mais importante. E por isso a resposta ao exame não seria difícil: só admite uma de duas possibilidades: ou ‘sim’, ou ‘não’.
Dar a resposta não é o difícil, abrir o coração à pergunta já o é, porque Jesus perguntou a Pedro: «Tu amas-me mais que estes?»
Não pode haver pergunta mais implicativa: como poderia Pedro traidor comparar-se? A quem haveria de comparar-se? Pedro não se atreve a comparar-se a alguém e afirma apenas: «Tu, Senhor, Tu sabes que eu te amo!». E não é por amar mais, mas porque ama Jesus que Jesus lhe confia o seu rebanho a Pedro, e a cada Hora da Igreja lho reconfirma, porque só se pode confiar o rebanho a quem ame o dono das ovelhas!
À terceira pergunta a conversão de Pedro está concluída. De ora em diante ele sabe já não ter a iniciativa da sua vida. Porque a Igreja nem é de Pedro nem de Francisco, mas de Jesus!

Chama do Carmo I NS 184 I Abril 14 2013


De albergue em albergue


Domingo terceiro da Páscoa


domingo, 7 de abril de 2013

Revolta-te?


A paciência de Deus


«Deus é paciente connosco. Deus sempre nos perdoa, porque nos ama. Deus tem-nos um amor tão grande e tão profundo que nunca decai. Deus segura-nos na mão e jamais nos larga. Ele apoia-nos, levanta-nos e guia-nos.»

PAPA FRANCISCO

Like!

«Ser católico não é uma filosofia de spa, de tranquilidade zen. Ser católico é um impulso para ir, fazer e perdoar — agora!»

JOÃO T. GAMA, 35 ANOS, PAI DE 5 FILHOS, BAPTIZADO AOS 25.

Não sejas...