quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Papa Francisco e o menino insistente

Tá-se bem, tá-se!

Se até os jogadores de futebol entram com meninos pela mão, porque não o Papa? Pois, no domingo foi a festa das famílias com o Papa. E para a entrada na festa o Papa entrou com meninos pela mão. os meninos tinham balões e o Papa também.
Sim, o Papa também pode levar um balão. E quem não levou ficou a olhar para o do Papa. Entretanto, aproximou-se um menino de 4 anos e ficou por ali brincando com o Papa, que o afagou e acarinhou. E o menino queria ficar ali. Um dos assessores tirou um caramelo do bolso, mas o miúdo ficou com o caramelo e com o Papa. Azar! Agarrou-se-lhe à perna, beijou-lhe a cruz peitoral e foi ficando por ali durante os quinze4 minutos que durou a saudação.
Junto do Papa tá-se bem, como tão bem sabe aquele menino de quatro anos...

Dúvida

Todos já tivemos dúvidas no caminho da fé; também eu.
FRANCISCO

terça-feira, 29 de outubro de 2013

Entrevista a um missionario carmelita

Em 2008 os jovens missionários do Carmo de Viana entrevistaram o P. João de Sousa. Alguem o recordou depois da postagem do santinho. A entrevista de então foi esta:

No séc. XX temos poucos missionários….
Sim, em Portugal temos poucos… Somos pequeninos. Mas na Ordem sempre houve abertura para as missões… e isso era falado durante o curso de Teologia. Eles vinham da Índia, da África e da América. Conheci aquelas grandes figuras, embora agora as confunda um pouco.
Eles vinham e falavam-nos das Missões, e olha que nos animavam. Durante o tempo da nossa formação teológica essa ideia tinha muita força. Os Provinciais promoviam muito as missões… os priores e professores também… e havia a União Missionária de Estudantes Carmelitas, a UMEC.


Uma forma de se animarem uns aos outros…
Sim, e depois tínhamos a revista Obra Máxima através da qual o director e os colaboradores mais próximos nos animavam também.


(Foste e) Por fim vieste…
Sim, mas se não insistissem demasiado para eu vir… eu ainda lá estava. Se não insistissem tanto eu aguentaria lá não sei quantos mais anos… não me teria cansado por ficar lá mais 20, 30 anos… eu aguentaria… mandaram-me vir, pois fazia falta… e contrariado, aceitei…
Rebelde, não fui… Aceitei e vim. Mas a nível de Igreja fazia mais falta lá do que aqui.


Um missionário tem alegrias no anúncio do Evangelho?
Tem, mas lá não é como aqui. É outro estilo, outra vida, outras vivências… não podemos pensar numa igreja cheia de pessoas. É quando é. Frequentemente é um grupinho de pessoas, que se não tem aquela eucaristia não tem mais nenhuma…


Foi assim…
Foi assim. Não sou nenhum herói que a pátria não condecorou, nem nenhum santo que a Igreja não canonizou…. Mas…


Mas daí até não seres nada… tu eras um apaixonado pelas missões… P. Sousa, muito obrigado! Missionário, a tua bênção…
Oh…


Custa-te dar a bênção a um padre?
Um pedinte não pede a outro pedinte…


Baú de Teresa de Jesus

Crisma? Sim.


Encerramento da temporada

Chama do Carmo_200

Encontro de Formação Litúrgica

domingo, 27 de outubro de 2013

Um santinho com missionáriso!



Gosta de Santinhos? Gosto, respondi. Colecciono-os como quem guarda cromos. Então vou trazer-lhe um, prometeu.
Uns dias depois recebi um santinho muito singelo. Mas de grande significado para mim. É o recordatório da despedida de Viana do Castelo e da partida dos três missionários Carmelitas, os primeiros, para as missões de Freixiel e Ribamar, em Limpopo, Moçambique. Em 1968!
Foram ainda eu não era nascido. Hoje só um deles ainda é vivo: o Padre João de Sousa, da nossa comunidade de Aveiro. Longa vida, missionário!
Fica aqui o recordatório, a memória e a nossa homenagem singela e sincera. Como o santinho.

Porque é Domingo!


Baú de Teresa de Jesus


Subir, descer

Só se sobe quando se desce.
SÃO FRANCISCO DE SALES

sábado, 26 de outubro de 2013

Porque é Domingo!

Reze assim, não reze assim


Oração. A catequese deste domingo volta ao tema da oração. Devemos rezar sempre e sem cessar, ensinava o Senhor no domingo passado. Devemos rezar de forma despojada e humilde, ensina o Senhor neste domingo. Dois homens foram rezar ao templo. Entraram ambos, um até ao Santíssimo; outro até à porta. Um entrou cheio de si, o outro sentia que nada valia. Um entrou convencido que era dono do Céu, o outro sabedor que nem para o Céu deveria olhar. Porém, o Céu oferece-se a quem quer, não a quem se quer seu dono.

REZE ASSIM

Bom dia, Senhor!
Eis-me, não sei como, mais uma vez em Tua casa.

Venho talvez por inércia; entro talvez por entrar.
A verdade, porém, é que só encontro descanso
debaixo das Tuas telhas.

Tu sabes que estou aqui
como se não tivesse mais para onde ir.
Eu só quero ficar junto de Ti,
mesmo se muitos me dizem ‘Vem para aqui!’.

Eu não mereço entrar, não mereço achegar-me.
Não mereço, mas é só aqui que eu encontro paz,
a paz que nem o sono da noite me traz.

Quisera, Senhor, nada valer para alguém,
estar simplesmente aqui,
mesmo duvidando se mereço e se me aceitas.

Raras são as noites em que o sono me refresca
e dá descanso à minha peleja.
Raras são as noites de lua bem alta e atenta
em que aqui não venha em penitência.

Ah, Senhor, Senhor,
nada mais me resta da minha inocência,
da minha abastada ciência
e por isso hei-de aceitar que me acolhes
ainda que me olhes com olhos que não sei.

Porque a vergonha é o meu manto,
e a pena o meu pranto, a Ti, meu Santo,
eu não me atrevo a olhar.

Cansado que sou não sei que diga,
embora uma ideia me persiga de que Tu, Senhor,
só Tu, Senhor, sabes aguardar quem tão a jeito,
quem tão pecador a eito se faz tardar.

Algo, porém, me diz ao fundo da alma,
que toda esta paz e esta calma que não mereço
são o átrio do teu amor em responso
a tantos pecados de que eu não me esqueço.

Porque, Senhor, és assim?
Porque me forças a reconhecer que és bom,
quando sei que nada valho, que me enganei,
que perdi, que tardei, que me assustei e fugi?

Porque és assim e me obrigas a confiar?
Porque me obrigas a erguer se me afeiçoei à lama?

Do que me deste nada mais tenho que lágrimas,
que aprendi a chorar com a Mãe ao perto.
São-te familiares,
aceita-as até que o mar chegue ao deserto.

Aceita-as, nada mais tenho para Ti.
E deixa-me descansar aqui.
Amen.


NÃO REZE ASSIM

Meu Senhor e meu Deus,
meu bom Pai, Altíssimo Senhor!

As horas do meu dia são demasiado curtas.
Porém, a lufa-lufa jamais me impediria
de aqui vir para Vos louvar e agradecer.

É certo que não gosto do cheiro desta igreja,
que acolhe gente sem princípios
de higiene.

Compreendereis, Senhor, que antes de vir
tive de passar pela feira e pela loja
para controlar os empregados
desassossegados, exigentes e mandriões.

Foi por isso que me atrasei
e agora tenho de aguentar o cheiro desse pedinte
que se encontra bem atrás de mim.

(Desculpa, Senhor, mas, coisa banal,
deveriam ser obrigados a tomar banho...,
porque, enfim, como se pode vir
à Vossa Santa Presença cheirando mal?)

Para Vós, Senhor,
(Já eu o aprendi da minha santa mãe,
que Vós tendes de ter em justo descanso!),
para Vós devemos sempre reservar o melhor:
os melhores ideias, os pensamentos puros,
a melhor cara, as melhores horas do dia!

Sabereis que Vos dou sempre o melhor,
porque sei que retribuis com justiça.

Mas aqui em baixo quisera eu já justiça justa
para esses calaceiros, chupistas e mandriões,
esses sarapintas cheirando mal à minha volta.

E agora, Senhor, urge deixar-Vos:
O tempo é curto e devo ainda fechar a caixa.
Amen.

Chama do Carmo I NS 200 I Outubro 27 2013

Frase Teresiana (II)

Pai Nosso missionário

Pai nosso que estás nos céus:
Cheio de amor por todos os homens. Mas no mundo ainda há milhões e milhões de pessoas que ainda não Te conhecem, que ainda não Te podem chamar Pai.

Santificado seja o teu nome:
Também nos pobres e nos humildes e naqueles que não têm rosto, que não vêem respeitados os seus direitos, que não são amados por ninguém.

Venha a nós o teu Reino:
De justiça, paz, amor e fraternidade...Sim, não podemos cruzar os braços! Continuamos a acreditar que esse Reino pelo qual o teu Filho Jesus deu a sua vida, ainda é possível...

Seja feita a Tua vontade:
Que é apenas a vida em abundância para todos, uma vida digna e feliz. É essa a tua vontade e é isso que queremos fazer: dar a nossa vida pela Boa Nova do amor.

O pão nosso de cada dia nos dá hoje:
O pão necessário para todos, o pão da paz, da saúde, da educação, do trabalho, da alegria.,o pão da Palavra e da Vida! Dá pão aos que têm fome e o pão da justiça e da partilha aos que vivem na opulência!

Perdoa-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido:
Pai, perdoa-nos por pensarmos demasiado em nós próprios e esquecermos os que mais precisam!Que saibamos mostrar o teu rosto de bondade e oferecer sinais de perdão e de amor...

Não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal:
Sim, a tentação é grande, ó Pai! A tentação do amor próprio, do egoísmo e comodismo, da escolha do mais fácil, do mais aprazível...Livra-nos da tentação de dizer NÃO, quando o Teu Filho Jesus nos chama a colaborar com Ele na transformação do mundo, na luta contra todo o tipo de mal.



Parágrafo teresiano


Grande mal é uma alma achar-se sozinha entre tantos perigos. Parece-me a mim que, se tivera tido com quem tratar tudo isto, ajudar-me-ia a não tornar a cair, sequer por vergonha, já que não a tinha de Deus. Por isso aconselharia aos que têm oração – em especial ao princípio – que procurem amizade e trato com outras pessoas que tratem do mesmo. É coisa importantíssima, ainda que não seja senão ajudarem-se uns aos outros com suas orações, quanto mais que há muitos mais lucros. E pois que nas conversações e amizades humanas, mesmo não sendo muito boas, se procuram amigos com quem descansar e para mais gozar ao contar aqueles prazeres vãos, não sei por que não se há-de permitir a quem começar deveras a amar a Deus e a servi-l’O, o tratar com algumas pessoas seus prazeres e trabalhos: que de tudo têm os que têm oração. Porque, se é verdadeira a amizade que quer ter com Sua Majestade, não haja medo de vanglória.

SANTA TERESA DE JESUS (1515 - 1582)
LIVRO DA VIDA 7,1.19-20

Soberba

Muito mal suplica a Deus quem nega aos outros o que suplica para si.
SÃO PEDRO CRISÓLOGO

Olhar (quase) devolvido para Santa Teresa



Ainda há surpresas. Belas surpresas! E que mais surpresas virão ainda!
Existe um projecto de inventário de investigação chamado «Devolver ao olhar» promovido pelo Museu do Azulejo. Ora sucedeu que este projecto de investigação e inventariação redescobriu dez painéis de Santa Teresa, de origem desconhecida. São dos finais do séc. XVIII e têm como temática a sua vida e espiritualidade. A sua proveniência é talvez de um dos nossos conventos masculinos ou femininos, e retrata o modo como Santa Teresa foi recebida pelo contexto português, visto não possuírem parecença a outros grandes trabalhos europeus do género.
O mérito da descoberta deve-se a Lúcia Maria Rodrigues Marinho, da Universidade de Lisboa.
Três dos motivos referem-se às devoções de Teresa ou da Ordem:
Ø  A Sagrada Família na oficina de São José.
Ø  Cristo em casa de Marta e Maria.
Ø  Santo Agostinho lavando os pés a Cristo disfarçado de peregrino.
Os restantes dizem respeito às experiências místicas ou ao exercício das virtudes:
Ø  Visita do Menino Jesus a Santa Teresa.
Ø  Comunhão Mística de Santa Teresa.
Ø  Santa Teresa dá pão e cura as feridas dos pobres.
Ø  Santa Teresa em penitência.
Ø  Entrega do pão ao Menino.
Ø  Santa Teresa rega uma árvore seca.
Ø  Morte da Santa Madre Teresa de Jesus.
Publicado pela investigadora Rodrigues Marinho aqui:
 


quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Frase Teresiana (I)

Congresso sobre A escola carmelitano-teresiana de oração

Os Institutos Religiosos de Espiritualidade Carmelita e Teresiana desejam assinalar o quinto centenário do nascimento de Santa Teresa de Jesus com iniciativas em todas as Dioceses de Portugal, três congressos e peregrinações a Ávila e a Fátima.
Em declarações à Agência ECCLESIA durante o primeiro congresso, os responsáveis das duas Ordens Carmelitas masculinas em Portugal, frei Agostinho Castro e frei Joaquim Teixeira, afirmaram que vão “propor” aos bispos uma “atividade de fim de semana” sobre Santa Teresa de Jesus e a sua mensagem.
O tema ‘A escola carmelitano-teresiana de oração’ esteve em estudo no primeiro congresso promovido pelos Institutos Religiosos de Espiritualidade Carmelita e Teresiana, nos dias 17 e 19, em Fátima.
Frei Joaquim Teixeira, superior provincial da Ordem dos Carmelitas Descalços, considera que Santa Teresa de Ávila apresenta a oração na “perspetiva da amizade” e que é necessário conhecê-la para falar sobre a dimensão orante na Igreja.
“Orar é tratar de amizade com Deus. Ora este tema da amizade é um tema que todos percebemos e cultivamos nas famílias, nas comunidades, na Igreja. Portanto, falando de oração a partir da perspetiva da amizade, captamos facilmente o ensinamento e a escola que Santa Teresa criou na Igreja ao definir assim a oração, como história de amizade”, afirmou o religioso.
Para frei Joaquim Teixeira, “os ensinamentos e a experiência orante” de Santa Teresa de Ávila ensinam a rezar “as carmelitas que vivem uma vida contemplativa”, os frades numa “vida mais ativa” e também famílias, sempre apresentando a oração “como história de amizade”.
Frei Agostinho Castro, superior provincial da Ordem do Carmo, considera que recordar Santa Teresa de Jesus é lembrar “sobretudo a sua espiritualidade” que “tanta falta faz no mundo de hoje” porque “é a raiz do ser humano”.
“Ao recordar Santa Teresa recordaremos esta dimensão, por vezes tão esquecida, da espiritualidade, da relação com Deus”, afirmou à Agência ECCLESIA.
Teresa de Ávila nasceu em 1515 e, após ter entrado no convento carmelita de Nossa Senhora da Encarnação, promoveu a renovação da Ordem do Carmo, tendo fundado o primeiro convento da nova família carmelita descalça em 1562, dia em que Teresa mudou de hábito e começou a chamar-se Teresa de Jesus.
Após o congresso sobre a oração, os Institutos Religiosos de Espiritualidade Carmelita e Teresiana promovem um congresso sobre a experiência mística, em 2014, e outro sobre Santa Teresa de Ávila em 2015.
No dia 27 de julho de 2014 vai realizar-se uma peregrinação da Igreja Católica em Portugal a Ávila e, em outubro de 2015, outra a Fátima, por ocasião do Congresso que marca o encerramento da celebração do quinto centenário do nascimento de Santa Teresa de Ávila.
Pertencem aos Institutos Religiosos de Espiritualidade Carmelita e Teresiana a Ordem do Carmo, Ordem dos Carmelitas Descalços, Carmelitas Missionárias, Carmelitas Missionárias Teresianas, Companhia de Santa Teresa, Instituição Teresiana e Irmãs Carmelitas ao Serviço dos Pobres.

In Ecclesia: http://www.agencia.ecclesia.pt/cgi-bin/noticia.pl?id=97435#.UmbDKnJLUWo.facebook

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Pai Nosso das missões


Pai Nosso
Pai dos seis biliões de pessoas
que povoam a terra inteira.

Que estais nos céus
Na nossa família,
no nosso país, e em todo o mundo.

Santificado seja o vosso nome,
Sobretudo na pessoa dos mais pobres
e dos mais abandonados.

Venha a nós o vosso reino
E aos irmãos dos cinco continentes
sobretudo os que não vos conhecem.

Seja feita a vossa vontade
assim na terra como no Céu

Para que todos vivam na justiça,
na paz e no amor
e sigam pelo caminho da verdade.

O pão nosso de cada dia nos dai hoje
Às vítimas da fome e do ódio, da violência e da guerra,
da miséria e da perseguição,
da exclusão e da injustiça,
do analfabetismo e do abandono, da droga e do álcool,
do desespero e da falta de sentido para a vida.

Perdoai-nos as nossas ofensas
assim como nós perdoamos
a que nos tem ofendido

Mesmo a quem nos fez mal,
nos odeia e nos persegue.

E não nos deixeis cair em tentação
de cruzar os braços diante dos problemas
por egoísmo, por medo ou por cansaço

Mas livrai-nos do mal
Sobretudo de esquecer ou ignorar
o vosso apelo missionário
de amar e servir todas as pessoas.
Amém.

Chama do Carmo_199

domingo, 20 de outubro de 2013

Relatório de uma visita à Angola profunda (Diocese de Luena)

A visita possibilitou, como o próprio Pe. Geral desejou, um maior conhecimento  e verificação da real situação desta região a ser missionada, diálogo  mais concreto e detalhado com o bispo local. Permanecemos exclusivamente na diocese de Luena, com cujo bispo vínhamos mantendo contato constante. O mesmo nos encaminhara um roteiro de visitas a distintas regiões da diocese, onde há ainda territórios sem missionários.
A Diocese de Luena tem uma extensão de 223.000 Km² (mais do dobro do território de Portugal) fica situada na parte mais interior de Angola; em toda sua extensão não chega a 500 km de estradas asfaltadas; as demais estradas são muito precárias.

O bispo de Luena veio visitar-nos, sintonizando-nos com o programa a ser desenvolvido.
Dia 18 de Setembro tivemos de levantar-nos antes do cantar do galo, pois às 3 horas tínhamos de seguir para o aeroporto regional, de onde partimos para Luena. Lá esperava-nos o Pe. Emilio, vigário geral.
Nesta manhã ainda saímos para visitar o Moxico Velho, com um pequeno santuário a ser recuperado. Encontramos ali um idoso beneditino, português, o Pe. Estêvão, que resiste decidido a dar os seus últimos anos à evangelização do povo angolano. À tarde visitamos uma outra missão, fechada e semi-destruída, na sua infraestrutura, pela guerra. Constatamos, nestas primeiras voltas, que as estradas são sumamente precárias. Mesmo com veículos versáteis, resistentes e com tração às quatro rodas, qualquer viagem se torna de alguma maneira desafiadora. Não faltam solavancos!
No dia seguinte (19/09) celebramos bem cedo na catedral (missa em português, com os cânticos numa mescla de ‘chokwe’ e português. Noutras regiões fala-se o ‘luchase’ ou outros idiomas. Após o café, embarcamos com um Pe. Salesiano (Pe. Luis) numa Toyota Land rover, com bancos laterais, tipo caminhão de exército; abastecidos de alimentos, água, camas de campanha, mantas... Esperava-nos uma aventura, como de fato foi. Saímos para dois dias. O nosso destino era Camgamba, município/missão a 340 km de distância, dois terços de estrada em terra batida outras vezes com areias muito movediças onde o carro volta e meia se atolava. No caminho íamos encontrando catequistas, animadores, líderes das comunidades. O Pe. Luis, que atende toda esta região (42.000 Km²), tem a seu cargo 168 comunidades. Chegamos a Cangamba às 19 horas, já escuro. Não há energia elétrica. Paramos na frente da igreja e, como num passe de mágica, salta à nossa frente um grande grupo de fiéis da comunidade, cantando, dançando e batendo palmas. Que acolhimento! Após muitos cantos na sua língua nativa, fomos jantar; ajeitamos em seguida as nossas camas de campanha na sacristia e noutro anexo, o banho ficou adiado, e entregamo-nos ao merecido descanso.
No dia seguinte tivemos missa às seis horas. Após o reconhecimento da vila: campo de aviação (com aviões destruídos pela guerra), capelas de “pau e capim”, dependências administrativas... era hora de nos pormos de novo a caminho, que nos ocupou o resto do dia.
No dia seguinte, o Pe. Luis levou-nos a Cangumbe, a 90 km de Luena. Repete-se o acolhimento e o espírito festivo do povo. O Pe. Luis leu o evangelho em ‘chokwe’, Fr. Marcos fez a homilia em português, que o catequista ia traduzindo para o idioma nativo, de facto nestas zonas do interior muitos não entendem o português. Depois caminhamos pela vila, conhecemos uma belíssima e bem equipada “casa do mel”, mas sem mel... À tardinha, de volta a Luena, pudemos conhecer a fantástica obra social dos salesianos na periferia da cidade: paróquia, colégio (4000 alunos), oficinas, ação social e cultural...
Dia 20 (domingo) celebramos com o bispo missa de crisma na periferia de Luena, em quase três horas de festa, canto e dança. Após o  almoço, munidos de farnel, camas de campanha, mochilas..., partimos para uma viagem de 600 km. Fez-nos companhia ao longo destes dias, um jovem vocacionado do propetêutico e o Pe. Amaro Jorge (dehoniano português). No caminho fomos cumprimentando missionários e missionárias: Pe. Abilio OSB, as Irmãs Filhas de Sant’Ana em Camenongue; as Irmãs de Santa Catarina de Sena em Muconda; os padres dehonianos e Irmãs  Franciscanas Hospitaleiras do Imaculado Coração em Luau, onde jantamos. Chegamos ao nosso destino – Cazombo – à meia noite. Foi dose! Estavamos bem massajados. Já nos aguardavam os padres Lopes e Manecas e uma irmã filipina, primor de irmã pelo jeito cuidadoso e competente com que nos acolheu! E que sono desejado naquela noite!
No dia seguinte, com uma rápida e festiva paragem em Calunda, chegamos a Macondo (mais 150 km, ficamos a menos de 40 km da Zâmbia). Ali celebramos após o meio dia e voltamos a Calunda. À noite, na capelinha de adobe, foi-nos oferecido um verdadeiro ‘serão’ de canções e danças nativas; tiveram que regar o chão para não levantarem tanto pó. Armamos a nossa ‘tenda’ dentro da capela onde dormimos com outra dúzia e meia de pessoas (famílias, crianças, jovens) das povoações mais distantes que ali descansaram para no dia seguinte poderem participar na eucaristia. Verdadeiro acampamento coletivo! De madrugada só se sentia uma aragem fresquinha entrando janela adentro, ruído de grilos, leves gemidos de bébés e crianças... O banho fica de novo adiado. No dia seguinte celebramos ao romper da manhã. No final da missa, além de nos convidarem para ficarmos já com eles, ofereceram-nos, como expressão de acolhimento e gratidão, 4 cabritinhos e muitos sacos de mandioca. A mandioca foi recolhida pelo Bispo para alimentar os seminaristas e os cabritos ficam à nossa espera quando fundarmos em Angola. Esperemos que não os encontrar de barba branca. A celebração foi uma autêntica festa e a despedida muito calorosa. O povo mostrou-nos a cosedura de tijolos que estavam a fazer para constuir a casa dos futuros padres missionários. Reregressamos ao Cazombo, onde pudemos ver as obras da missão, uma construção dos beneditinos.
Quarta feira (dia 25) seguimos até Luacano, onde há outra missão sem missionários. À tarde fomos até o Lago Dilolo, onde celebramos eucaristia numa pequena aldeia. Regressamos, já de noite a Luacano onde jantamos e dormimos em instalações que o catequista providenciou. À primeira hora do dia seguinte, D. Tirso Blanco reuniu-se conosco. Conversamos sobre a experiência, o bispo pediu a impressão que ficou em nós. Falou-nos do seu desejo, dos seus projetos, e a sugestão (ou sugestões) para uma nossa posterior presença. Entregou-nos um conjunto de intenções. Depois celebramos com a comunidade e seguimos para Lumege-Cameia, onde cumprimentamos o Pe. Inacio (missionário argentino) e as irmãs do Santíssimo Salvador. Tinhamos estrada de areia pela frente.
Percorremos, no total, mais de 1800 Km, com poucos trechos de asfalto. Muita areia, poeira e, em várias situações, verdadeiras picadas. Há também por todos os lados, a infeliz ideia das queimadas intencionais que se repetem todos os anos na época de seca, antes das chuvas regressarem. O carro que tínhamos à nossa disposição não era o mais apropriado para este tipo de longas viagens. Mas se o bispo aguentou firme, porque haveriamos nós de aguentar?

NOSSA AVALIAÇÃO: REALISMO, SONHOS, PERSPECTIVAS
a) A região que visitamos vem marcada realmente por muitas carências e dificuldades: a probreza, como um todo, salta aos olhos. Tudo é muito precário. As casas são, em geral de adobe (blocos de barro, cru ou semi queimado), pequenas, cobertas de uma espécie de capim (aos poucos estão sendo substituídas por folhas de zinco, que as deixa mais quentes), chão batido, sem água, banheiro, móveis, energia elétrica. Nas vilas já há casas melhores.
Extremamente distante dos centros maiores, acaba sendo um povo esquecido. A comunicação é muito precária: as estradas em certas regiões praticamente são inexistentes mas noutros locais o asfalto está avançando em alguns trechos. Não há energia elétrica. Não há telefone fixo; há empenho para que se estenda a telefonia móvel; nos centros mais populosos já existe mas nas aldeias e montanha não. A alimentação é pobre, à base de mandioca; um pouco de peixe da abundância de rios desta Província, alguma carne de caça... Acreditamos que a maioria das crianças não sabem o que é o leite; nos mercados dos centros maiores só se encontra leite em pó. Há abundância de manga. As terras estão, na maioria, por cultivar, em grande parte porque as pessoas não se atrevem a cultivá-las, pois ainda estão minadas, e ao serem pisadas, matam ou mutilam as pessoas - herança triste da guerra.
b) A evangelização nesta região de Angola é muito recente e precária. A primeira evangelização através da colonização portuguesa, a partir do final do sec. XV, não chegou ao interior, que ficou sempre à deriva. Os primeiros missionários a chegarem foram os monges beneditinos, em 1933. A guerra (primeiro a da independência, depois a civil) interrompeu qualquer possibilidade de deslocamento dos missionários/as e ficaram sem acesso aos sacramentos por quase 40 anos.
c) Atualmente estão aparecendo, ao menos em alguns aspectos, bons e esperançosos sinais de recuperação de todas as infraestruturas: construção de grandes e belas escolas, algumas com merenda escolar, hospitais, postos de saúde, moradias de alvenaria, estradas pavimentadas, ampliação da telefonia móvel; os chineses tomaram conta da construção civil de duvidosa qualidade..., a via férrea está rasgando o país de leste a oeste. Faltam agora professores e outros profissionais bem capacitados, indústria, tecnologia, trabalho formal. Diz o povo que também o vírus da corrupção, dos privilégios, do favorecimentos se incrustou nestas bandas. Mesmo assim, vê-se melhoras, há esperança, há muita alegria no povo.
d) Pelo que constatamos, há extrema necessidade de mais missionários/as, nesta diocese de Luena especificamente. O povo é, por natureza, religioso. Tem sede da Palavra que o missionário leva, quer viver e celebrar sua vida de fé. Onde a Igreja Católica não está presente, as seitas ganham terreno com propostas muito duvidosas. Falta para a maioria o primeiro anúncio. As novas gerações (crianças, adolescentes, jovens), geração pós-guerra praticamente não tiveram catequese e evangelização. Disse-nos D. Tirso que nesta região somente 10 a 15% são católicos. Mas parece-nos, pela quantia de gente que veio às celebrações, que a fé e vivência da fé está apenas adormecida sob as cinzas. Este povo precisa do sopro do missionário(a). Se assim se fizer, a vida e expressão da fé dar-se-á em abundância. Os catequistas são figuras de muito respeito, consideração e grande influência. Mas eles também precisam de formação e sozinhos não conseguem ir muito longe.
e) Uma futura presença do Carmelo Teresiano nestas terras certamente será uma bênção para este povo e não menor bênção para os que se dispuserem  a este serviço. Será desafiador. Exigirá boa dose de renúncias de todos os tipos, capacidade de viver o provisório e a precariedade. Não se poderá contar, ao menos no início, das benesses, praticidade e apoio dos nossos modernos e já habituados meios de comunicação. Ao menos não da maneira como estamos habituados. Será um convite para viver com o mínimo necessário.
Mas tudo isto terá, com certeza e como contrapartida, a alegria, o acolhimento, a simpatia, o amor, a gratidão de um povo bom e amigo, que se encanta e desdobra pelos missionários, priva-se para que nada falte ao missionário, para que este se sinta bem no meio das pessoas. E não se precisa dizer que é radicalmente evangélico. É desafiador, mas não impossível: o que se recebe é muito mais do que o que se deixa e o que se dá. Sabemos que nem todos poderemos ir concretamente à terra de missão, mas todos podemos e devemos encantar-nos, vibrar, apoiar, rezar, envolver a nossa gente, as nossas comunidades, para que sejam sempre mais missionárias, participando e ajudando de diversas maneiras.
Mais do que relatório, quiséramos partilhar um pouco da nossa experiência vivida ‘in loco’.

Os Freis:
  • Marcos Juchen J.
  • Pierino Orlandini
  • Gilberto Hickmann
  • Joaquim Teixeira

sábado, 19 de outubro de 2013

Oração pelo último missionário

Pai,
coloco nas tuas mãos a minha vida,
com tudo o que tem de grande e frágil.
Faz que dela possa levedar força e coragem
em favor do último missionário,
que vacila sob o peso do cansaço e do arado.

Pai,
que não se perca nenhuma gota do esforço do meu dia,
pois o ofereço por aqueles a quem chamas hora a hora,
a trabalhar na tua vinha.

Pai,
quero o que Tu quiseres.
Quero que a minha alegria
e o meu sorriso sejam missionários.
Quero que eles não sejam só meus,
mas também deles,
e se transformem em fé e em esperança.

Pai,
quero que o último missionário
sinta o abraço amoroso do teu Filho Jesus
e do Espírito Santo,
a fim de que possa abraçar com amor a sua cruz
e dela ver nascer luz para o caminho.
Quero que sinta o carinho maternal de Maria,
que sempre o traz no seu coração de mãe.

Pai, obrigado!
Obrigado pela tua revelação na estrada da vida
e por me levares
a desejar-Te, a amar-Te, e a oferecer a vida
pelo mais desalentado dos missionários.

Pai,
guia sempre o meu desejo de fazer da minha vida
uma oração constante pelo último missionário,
a fim de que, no cimo da colina,
e até ao último pôr-do-sol,
eu jamais me canse ou baixe as mãos
enquanto ele se encontrar na sementeira do Teu Reino.
Isto Te peço unido a Jesus e Maria, nossa Mãe.
Amen.

Jovens Kanimambo - Carmo de Viana do Castelo

Nem ricos nem nobres, mas pequeninos amigos de Jesus!

Início do Ano Pastoral. Passa o Verão chega o Inverno. Acabaram-se as festas chegaram as colheitas e as vindimas. O grão e os vagos não podem ficar ao ar ou perdem-se. As crianças, os adolescentes e os jovens voltaram para a escola. Embora as mãos não tenham parado o corpo voltou todo para a dureza do trabalho. Também ao nível espiritual as coisas regressam ao ritmo comum. E nós por aqui iniciámos, entretanto, o nosso ano pastoral.
Foi no Sábado, dia 12, que, primeiro na Sala dos Terceiros, depois, à volta do Altar, iniciámos o novo Ano Pastoral da nossa comunidade do Carmo de Viana do Castelo.
Presidiu naturalmente o Prior da Comunidade, que tinha consigo toda a comunidade religiosa e um bom punhado de leigos e leigas.
Aqui deixamos registados as marcas maiores desta reunião:
1. Iniciou-se a reunião com a leitura de um parágrafo do Livro da Vida de Santa Teresa, e sublinhou-se ali a sinceridade e humildade da Santa, que reconhecia ter crescido na sabedoria e na santidade com a ajuda de outros.
E o exemplo de Santa Teresa serviu-nos para nos exortarmos à mesma disponibilidade para aprendermos a crescer. Somos poucos e com pouca forças. Somos até muito cansados, mas ainda não está terminada a carreira de nenhum, e é pela abertura para aprender e caminhar com Jesus que nós vamos querer ser mais de Jesus, parecer-nos mais a Ele, e, enfim, por fim, melhor darmos testemunho dEle.
Os que andam com Jesus brilham depois como Jesus, e o seu testemunho é valente e não pode calar-se. E assim, depois, chegará a tantos, pois também nós somos missionários.
2. Recordávamos e reflectíamos ainda que não somos nem tão ricos ou tão nobres que nos possamos alhear dos demais no decurso da nossa fé. Precisamos dos outros, como os outros precisam de nós — à imagem de Santa Teresa! Aqui, no Carmo, como em tantos lugares, somos, juntos, assembleia que se reúne para rezar, louvar e agradecer a Deus; e somos povo a caminho e em missão.
3. E como pequenino sinal desta missão procuraremos marcar este novo ano pastoral colocando no centro das nossas preocupações e orações o zelo pelas Missões. A nossa Ordem caminha a passos decididos para fundar uma Missão na Diocese de Maliana, Timor, e uma outra na Diocese de Luena, em Angola. Ambas se situam em contextos eclesial e socialmente muito pobres e ambas contam com jovens sacerdotes da nossa Província carmelitana e outros de Espanha e Brasil.
Ao longo do nosso ano pastoral colocaremos repetidamente esta intenção nas mãos da Santa Madre Teresa, e com ela havemos de rezar pelo ardor e fidelidade dos nossos jovens missionários, porque como ela queremos cuidar de aumentar o reino de Sua Majestade, e de O tornar mais conhecido e amado.
4. Na Missa de Compromisso escutámos a narração da cura dos dez leprosos, um deles samaritano, isto é, estrangeiro e adverso ao contexto judaico. Na homilia o Frei João referiu-se à expressão «disseram em alta voz». Para daqui nos animar a servir juntos a Deus e a comunidade nas diferentes possibilidades que existem e nas que se possam criar, porque, como disse, é visível que se uns amam a oração e o canto, outras adornam os altares; alguns servem ao altar, outros emprestam a voz para que a Palavra se faça ouvir; e se uns emprestam as mãos para a caridade, outros, não menos importantes varrem o chão.  E, disse, não estar ainda tudo feito, nem termos ajudado tudo para que a comunidade faça tudo por nós.
Há, pois, espaço aberto e amplo para servir.
Mas o que sublinhou mesmo foi o coro dos leprosos que «em alta voz» implorou a piedade de Jesus para as suas vidas. E se sublinhou esse coro de vozes sofridas foi para alertar para o facto que quando erguemos a voz em coro nem todos se fazem ouvir da mesma maneira, com a mesma intensidade. Aliás, pode suceder até, com alguma probabilidade, que algum não se faça ouvir juntamente com o coro. Ouvir um coro como aquele, não significa que ouçamos todas as vozes dos coralistas, mas que todos consentem no essencial da mensagem, mesmo que a sua voz não se faça ouvir. Ora sucedeu que todos foram curados. Todos? Sim, todos. Mas é possível que nem todos tenham feito coro; é possível que algum tenha confiado mais na voz dos restantes que na sua. E isso quer dizer que a oração em coro é tão eficaz para uns como para outros, para os que se erguem em «alta voz» e para os que confiam na oração dos demais. Fazer coro, concluiu, é um serviço em que, como pequeninos amigos de Jesus, bem podemos empenhar-nos em favor dos demais.

Chama do Carmo I NS 199 I Outubro 20 2013

Parágrafo teresiano

 

«Aconteceu-me a mim a princípio que, na minha ignorância, não sabia que Deus estava em todas as coisas e, como me parecia tê-Lo tão presente, parecia-me impossível.
Deixar de crer que estivesse ali, não podia, por me parecer quase evidente ter percebido estar ali a Sua mesma presença. Os que não tinham letras me diziam que estava presente só pela graça; eu não o podia crer, porque – como digo – parecia-me estar presente e assim andava com pesar. Um grande letrado da Ordem do glorioso São Domingos tirou-me desta dúvida, dizendo-me como estava resente
e se comunicava a nós, o que muito me consolou.»

SANTA TERESA DE JESUS: LIVRO DA VIDA 18,15

Congresso sobre a oração

Encerra hoje na Domvs Carmeli, em Fátima, o Congresso sobre oração. Mais informação em www.carmelitas.pt

Persistência

Don't give up!

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Pobreza e sem abrigo

A UAT - Unidade de Apoio na Toxicodependência do Gabinete de Atendimento à Família em Viana do Castelo em colaboração com a Esprominho – Escola Profissional do Minho e alguns logistas representados pela Associação Empresarial e Comercial de Viana do Castelo, desenvolve no próximo 17 de Outubro entre as 10h30m e as 11h.30m, por altura da comemoração do dia Internacional para Erradicação da Pobreza e dos Sem Abrigo uma atividade designada “ Montras Vivas: Uma Montra - Uma Realidade”. As montras de lojas situadas na rua da Bandeira (Manuela Modas) e na rua Sacadura Cabral (Livraria Bertrand) da cidade de Viana do Castelo serão ocupadas por jovens alunos da Escola Profissional do Minho - Esprominho que simbolizarão quadros alusivos à problemática dos sem abrigo. O objetivo desta atividade é a sensibilização da população promovendo, através do desafio, a discussão e partilha de opiniões, procurando educar o olhar da sociedade e em particular da comunidade vianense para esta problemática.

terça-feira, 15 de outubro de 2013

Orar com santa Teresa

Santa Madre Teresa de Jesus,
Tu que te puseste totalmente ao serviço do amor:
ensina-nos a caminhar com determinação e fidelidade
no caminho da oração interior
com a atenção posta no Senhor Deus Trindade Santíssima
sempre presente no mais intimo do nosso ser.

Fortalece em nós o fundamento
da verdadeira humildade;
de um renovado desprendimento
do amor fraterno incondicional,
na escola de Maria, nossa Mãe.

Comunica-nos o teu ardente amor apostólico pela Igreja.

Que Jesus seja nossa alegria,
nossa esperança e nosso dinamismo,
Fonte inesgotável
da mais profunda intimidade.

Abençoa a nossa família carmelita,
e ensina-nos a orar de todo coração contigo:
«Vossa sou, Senhor, para Vós nasci»!

Escravos do Amor

 
Procuremos fazer-nos escravos de Deus, marcados pelo seu ferro que é o ferro da cruz, visto que a Ele lhe demos a nossa liberdade, para que possa vender-nos como escravos de todos, tal como Ele o foi.
SANTA TERESA

Apaixonada

Daquilo que se não tem experiência não se pode falar com certeza.
SANTA TERESA DE JESUS

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Feliz dia de Santa Teresa

Feliz dia de Santa Teresa. É amanhã, mas o amanhã de Santa Teresa tem sempre uma véspera que o torna hoje.
Teresa foi uma mulher apaixonada. Apaixonadamente foi inimida de ser freira. Apaixonadamente gritou «Já é hora de caminhar!». E ninguém a deteve pelos caminhos da santidade. Ouçamops o seu repto!
Feliz dia de Santa Teresa!

domingo, 13 de outubro de 2013

Fátima e Francisco (II)

 
Maria é a mãe que com paciência e ternura nos leva para Deus.
FRANCISCO

Fátima e Francisco (I)

O Papa Francisco pediu ao Santuário de Fátima a imagem original da Virgem, a fim de a poder venerar neste domingo, 13 de Outubro, no Vaticano, por ocasião da Jornada Mundial Mariana do Ano da Fé.

sábado, 12 de outubro de 2013

Novo Ano Pastoral


A Comunidade do Carmo de Viana do Castelo reuniu-se esta tarde para dar início ao seu Ano Pastoral. A sessãoa decorreu em dois momentos: numa reunião na Sala dos Terceiros onde foi apresentado o plano da pastoral e se ouviram as achegas e anseios de todos; e na Eucaristia de Compromisso. Tal como a Eucaristia a reunião decorreu sob a presidência do Prior da comunidade, Frei João, que pegando no exemplo de sinceridade e humildade de Santa Teresa, exortou a todos a pôr-se ao serviço de Deus e a dar graças por ter sido chamado a servi-Lo. E depois, na homilia da Eucaristia, exortou-nos a sermos sempre agradecidos a Deus e aos irmãos e irmãs.
Antes da bênção final, e porque o Encerramento deste Ano Pastoral começado será feito noutro triénio e por outro Prior, agradeceu a todos a colaboração, oração e companhia ao longo das seis etapas que leva como Prior. Sentindo-se «muito honrado por tudo» agradeceu também a colaboração, oração e companhia no caminho ao longo dos próximos meses.

(In)gratidão

Certo menino brincava junto ao molhe e eis que caiu às águas profundas do mar. Um velho marinheiro, sem mais pensar, atirou-se à água e lutou bravamente até que alcançou a criança. Por fim, completamente esgotado, conseguiu tirá-lo da água gélida.
Dois dias depois a mãe veio com o menino ao molhe para se encontrar com o marinheiro. Por fim, encontrando-o, perguntou-lhe: – Foi você que se lançou à água para resgatar o meu filho?
– Sim, fui eu. Respondeu o velho lobo do mar.
E a mãe retorquiu: – Onde está então o gorro dele?

Orar, agradecer

Orar é ter alguém a quem agradecer.

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

(Primeira) Biografia da Irmã Lúcia


Um caminho sob o Olhar de Maria: Biografia da Irmã Lúcia
“Um caminho sob o olhar de Maria” é o título do novo livro que apresenta a biografia completa da Irmã Lúcia. O lançamento do livro realizou-se no passado Sábado em Coimbra e já se encontra disponível nas livrarias.
O Prefácio do livro é da autoria de D. Virgílio Antunes, Bispo de Coimbra, que se refere à Irmã Lúcia como “a criança abençoada e escolhida para difundir no mundo a mensagem de paz e salvação de Deus. Enquanto religiosa carmelita, é conhecida como pessoa privilegiada na dedicação a Deus e no serviço à Sua Igreja, em quem o povo deposita uma enorme confiança, ancorada no facto de ter sido a confidente de Nossa Senhora. ”
O livro conta, ainda, com uma fotobiografia que acompanha o desenrolar dos capítulos que narram a sua vida.
Será publicado pelas Edições Carmelo, com o apoio especial da Rádio Renascença.
Refira-se, que esta obra, que se distingue por ser a primeira biografia completa da Irmã Lúcia, pretende ser uma ajuda à sua causa da beatificação, numa altura em que se conclui a fase Diocesana do Processo, um aprofundamento da mensagem de Fátima, tal como a entendeu e a viveu a Irmã Lúcia, e pretende, ainda, dar a conhecer, ao grande público, quem foi verdadeiramente esta mulher, cuja vida é hoje conhecida e admirada em todo o mundo.
“A leitura da biografia, Um caminho sob o olhar de Maria, permite-nos ter uma perspetiva mais abrangente da personalidade da Irmã Lúcia, pois é fruto de um conhecimento relacional, de um convívio quotidiano, de escritos e testemunhos que espelham a profundidade de uma alma.” – Refere D. Virgílio Antunes.

In www.carmelitas.pt