terça-feira, 28 de abril de 2009

Oração a São Nuno de Santa Maria Álvares Pereira

Ó Deus bom e santo,
autor de todas as maravilhas e fonte da verdadeira santidade!
Nós Vos louvamos e bendizemos, ó Santa Trindade,
porque Vos dignastes chamar o nosso irmão
o Bem-aventurado Nuno de Santa Maria
para Vos servir na Pátria, no Carmo e na Igreja.

O lutador da verdade venceu-se a si mesmo
para nos ensinar com o seu exemplo a amar a paz,
a preferir e a defender a justiça,
a sermos homens e mulheres audazes e virtuosos,
que amam a oração e a amizade com Deus,
peregrinam os caminhos do céu e se alimentam na Eucaristia.

As agruras não o amedrontaram, nem evitou as adversidades,
e assim se tornou modelo heróico de português e de cristão,
modelo de Carmelita orante, atento à miséria dos pobres
e filho devoto de Nossa Senhora do Carmo.

Glorioso São Nun’Álvares Pereira,
enchei o nosso coração de amor sempre maior a Deus
e aos nossos irmãos, principalmente os mais necessitados.
Ámen.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Caminhada por D. Nuno Álvares Pereira

Delegação lusa da Ocds no Capítulo

Delagação lusa.

A Ordem Secular foi ao Capítulo

«Ser membro do Carmo Secular não significa só receber bens da Ordem; pertencer à Ordem significa também dar.»

(Elizabeth Korves, Ocds - Oklahoma)

Oração pelas vocações

Pai, Senhor do Universo e da História,
nós sabemos que as vocações são um dom do vosso amor,
fruto da vossa iniciativa,
chamamento que fazeis a cada um,
para viver uma existência plena de amor e liberdade.
Escutai hoje esta oração que vos pede especialmente
aqueles operários que se dediquem
às grandes messes da humanidade inquieta,
que façam ouvir o Evangelho aos que não se sentem amados,
que andam perdidos e desorientados.
Mandai-nos apóstolos de coração puro,
testemunhos santos.
Rostos claros de pessoas felizes porque escolhem o máximo,
arriscam tudo e recebem cem vezes mais.
Não Vos importa que nos faltem mestres de caridade e paciência?
Apóstolos que digam aos jovens que há uma beleza indestrutível
no mais fundo de si, misteriosa e luminosa,
que nada nem ninguém pode ofuscar?
Operários que os ajudem a sintonizar a voz bela e verdadeira do Bom Pastor
que os chama porque os ama?
Que os vossos operários transmitam confiança e serenidade,s
ejam sinais de esperança do Reino que virá.
Escutai com bondade, ó Pai,
estes pedidos que Vos fazemos com fé,
cumprindo as indicações de Jesus,
Vosso Filho e nosso Irmão.
Amem

Saudação a D. Nunno Álvares Pereira, S. Nuno de Santa Maria


“Beato Nuno” — permite que assim se trate uma última vez, tu, que, amanhã, pelos méritos da tua vida heróica e da tua santidade sobes aos altares da Igreja — eu te saúdo como cristão, como cidadão desta pátria lusa e como escuteiro.
A ti, cuja vida e obra muitos questionam sobre a actualidade e exemplo, seis séculos volvidos sobre a tua passagem sobre a terra;
A ti, cujas qualidades heróicas na defesa da identidade e independência da Nação, muitos desvalorizam, esquecidos que estão dos superiores interesses de uma povo e de uma pátria em detrimento das suas conveniências, pretensões e carreira;
A ti, que em tempo de grave crise nacional, optaste corajosamente, quando outros vacilavam, por ser parte da solução, e numa entrega sem limites, enfrentaste os enormes desafios sociais e políticos desta nação;
A ti, que, coroado de glória com as vitórias alcançadas, senhor de imensas terras te despojaste dos teus bens e optaste pala radicalidade do seguimento de Cristo, como simples irmão da ordem dos carmelitas, e, herói nacional, não tiveste pejo de desempenhar as mais humildes tarefas num convento, como limpar latrinas, tu que recusaste outros títulos que não “ frei Nuno de Santa Maria”;
A ti, que não te valeste dos teus títulos de nobreza, do prestígio e das riquezas para viver em clima de luxos e grandezas, mas que optaste por servir preferencialmente os pobres e necessitados do teu tempo;
A ti, herói, Santo e Imortal, Padroeiro do Corpo Nacional de Escutas,
no culminar desta caminhada que pretendeu humildemente consagrar- te a nossa devoção neste tempo de vazio de valores morais, de esbanjamento e corrupção, de busca interminável de bem estar material, de relativismo e facilitismo em tantos aspectos quer da nossa vida pessoal, quer enquanto cidadãos desta Pátria e membros de uma sociedade onde grassa a pobreza, a angústia e o desemprego, quer ainda enquanto cristãos e jovens escuteiros tantas vezes desiludidos com a falta de coragem a que assistimos na afirmação do verdadeiro humanismo de Cristo, eu saúdo, grato pela tua vida e exemplo, e te peço, a ti Beato Nuno de Santa Maria, amanhã nosso Santo Condestável, ora por nós a Maria, para que sejamos dignos de, tendo por modelo o teu exemplo, sermos pequenos e activos obreiros na construção desta Pátria onde queremos que surja uma sociedade mais justa e fraterna, e onde queremos ser defensores do caminho da felicidade que passa pelo conhecimento e vivência do ideal de Cristo.

Vitor Lima, Junta Regional do CNE
Castelo de Neiva, 25 de Abril de 2009

Da Homilia de Bento XVI

Da homilia do Papa Bento XVI na canonização do Bem-aventurado São Nuno de Santa Maria: «Sabei que o Senhor me fez maravilhas. Ele me ouve, quando eu o chamo» (Sal 4,4). Estas palavras do Salmo Responsorial exprimem o segredo da vida do Bem-aventurado Nuno de Santa Maria, herói e santo de Portugal. Os setenta anos da sua vida situam-se na segunda metade do século XIV e primeira do século XV, que viram aquela nação consolidar a sua independência de Castela e estender-se depois pelos Oceanos – não sem um desígnio particular de Deus –, abrindo novas rotas que haviam de propiciar a chegada do Evangelho de Cristo até aos confins da terra. São Nuno sente-se instrumento deste desígnio superior e alistado na militia Christi, ou seja, no serviço de testemunho que cada cristão é chamado a dar no mundo. Características dele são uma intensa vida de oração e absoluta confiança no auxílio divino. Embora fosse um óptimo militar e um grande chefe, nunca deixou os dotes pessoais sobreporem-se à acção suprema que vem de Deus. São Nuno esforçava-se por não pôr obstáculos à acção de Deus na sua vida, imitando Nossa Senhora, de Quem era devotíssimo e a Quem atribuía publicamente as suas vitórias. No ocaso da sua vida, retirou-se para o convento do Carmo por ele mandado construir. Sinto-me feliz por apontar à Igreja inteira esta figura exemplar nomeadamente pela presença duma vida de fé e oração em contextos aparentemente pouco favoráveis à mesma, sendo a prova de que em qualquer situação, mesmo de carácter militar e bélica, é possível actuar e realizar os valores e princípios da vida cristã, sobretudo se esta é colocada ao serviço do bem comum e da glória de Deus.»

sábado, 25 de abril de 2009

Nós estivemos lá

Nós estivemos lá. Agradecidos. A caminho.

As cornetas estiveram lá

As cornetas estiveram lá.

Não esteve lá

Não esteve lá.

Caramos esteve lá

Caramos esteve lá.

O Monte esteve lá

O Monte esteve lá (parece pequeno, não parece? Mas não é...)

O Licínio esteve lá!

O Licínio esteve lá!

A bandeira esteve lá

A bandeira esteve lá!

ELE esteve lá

ELE esteve lá!

Ele esteve lá

Ele esteve lá!

Eu estive lá

Eu estive lá!

São Nun'Álvares Pereira, herói e santo

Em Portugal é mais conhecido por Beato Nuno, mas também era conhecido e invocado como Santo Condestável. À sua morte no dia 15 de Agosto de 1425, deram voz em Lisboa que tinha morrido o «Santinho do Carmo», morrera Frei Nuno de Santa Maria. Choraram-no os grandes e os pequenos; o povo, os militares e os reis. E sobretudo os pobres.
Hoje, Domingo, 26 de Abril, a Igreja proclama-o santo, isto é, digno de culto universal dos fiéis, seu intercessor e modelo do seguimento de Jesus Cristo. A nossa alegria brota daqui: aquele que há séculos era o pai dos pobres de Lisboa é-nos hoje re-apresentado como pai no céu. Pai, amigo, irmão, intercessor, padroeiro, porque o nome é o que menos interessa.
Nuno Álvares Pereira nasceu em Cernache do Bonjardim (ou no Crato) no dia 24 de Junho de 1360. É um dos 26 filhos de D. Frei Álvaro Gonçalves Pereira, Prior do Crato, da Ordem do Hospital de Jerusalém.
Aos 13 anos entrou na corte de D. Fernando, como pagem da rainha D. Leonor Teles.
A sua juventude ficou marcada pela bravura frente aos castelhanos que cercaram Lisboa. Foi de seguida armado cavaleiro pela própria Rainha, revestido com as armas do futuro D. João I.
Aos 25 anos foi nomeado por D. João I como Condestável de Portugal, a figura militar mais elevada do Reino. Logo de seguida conquistou o Minho para a causa da coroa portuguesa, e a 14 de Agosto de 1385 desbaratou o exército castelhano em Aljubarrota.
Ao serviço do Reino foi militar invencível, ao ponto de a ele se dever a independência.
Como homem, militar e cristão sobressaem em D. Nuno a sua integridade moral, a entrega à causa nacional, a piedade cristã, lealdade, valor, justiça. Por isso, e mais, lhe chamam herói e santo; herói da nação e santo da Igreja. E se hoje espanta que os epítetos andem juntos, não assim naquele tempo.
Depois de ter assegurado o Reino contra a sofreguidão de uns e a descrença de muitos (menos do povo humilde), senão de todos e até do Rei D. João I, entregou-se a outras causas, sobretudo à piedade e à caridade.
Em Lisboa construiu o Convento do Carmo, que ficou concluído em Julho de 1389. Em 1414 morreu-lhe a filha Beatriz, a única que lhe deu herdeiros; em 1415 participou na expedição a Ceuta, porta da gesta expansionista ultramarina.
Em 1422 distribuiu os títulos e propriedades pelos netos e seus lugar-tenentes e um ano depois, a 15 de Agosto de 1423, com 63 anos de idade, professou no Carmo como simples irmão Carmelita. Viveu como Carmelita 8 anos, embora há muito se tivesse consagrado a Nossa Senhora e à causa da oração e dedicação aos outros. Passou sete anos a pedir esmolas como um pobre, pelas ruas da Capital com um saco na mão, a fim de socorrer o Convento e os pobres. A todos deu bom exemplo de oração e penitência, de amor aos pobres e a Nossa Senhora do Carmo. Na Nota Pastoral dos Bispos de Portugal, de 6 de Março, sobre a sua canonização destaca-se: o valor do homem de Estado que serviu a Nação; o valor do cidadão que escolheu ser solução para uma sociedade em crise; o valor do discernimento: até mesmo quando era poderoso e rico, soube, humilde, entregar-se à causa dos pobres e dos fracos; o valor da atenção ao clamor dos necessitados e do auxílio pronto que sempre e incansavelmente lhes outorgou.
A Igreja portuguesa (e a Universal) e Portugal alegram-se com esta canonização. Não é para menos: os tempos são similares; ambos são de crise. Mas o nosso perde porque lhe falta um Dom Nuno, que, oxalá nos há-de socorrer do Céu!
ChamadoCarmo I NS28 I 26 de abril de 2009

Que fazes aí? (IV)

Que fazes aí? (III)

Que fazes aí? (II)

Que fazes aí?

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Novo Definitório Geral

1.- Frei Emilio Martínez, Provincial de Castela
2.- Frei Albert Wach, Provincial de Cracóvia, Polónia
3.- Frei Agustine Mullor, Sócio de Manjumel - India
4.- Frei Robert Paul, Ex-definidor; Avignon - França
5.- Frei Marcos Juchem, Provincial do Brasil-Sul
6.- Frei Peter Jeong, Coreia (não está presente no Capítulo)
7.- Frei George Tambala, Malawi (não está presente no Capítulo)
8.- Frei Jhon Greenan, Irlanda (não está presente no Capítulo).

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Habemus Generalem (VII)

Disse: «Senti que Deus me animava e que abrançando-me a vós podia confiar em Deus!»

Habemus Generalem (VI)

O antigo e o novo.

Habemus Generalem (V)

Dizem que na noite anterior todos (todos?) adormecem pensando que «aquele cálice» tocará a outro.

Habemus Generalem (IV)

Cinco fotos para a história.

Habemus Generalem (III)

Quem o conhece de perto descreve-o assim: É italiano, culto, piedoso, e aceitou servir a Ordem como Propósito Geral.

Habemus Generalem (II)

Depois soube que era este senhor. (Com os devidos respeitos, claro!).

Habemus Generalem

Esta foi a primeira foto que vi do novo Geral da Ordem. Sim, é verdade! Quando fiz a busca pela net como o nome 'P. Saverio Cannistrà' saiu-me esta foto! Mas qual deles é o Geral?, perguntei-me. (Mas não andava longe!)

domingo, 19 de abril de 2009

Paróquia de Caramos, Felgueiras

O dia 18 de Abril de 2009 foi um dia intenso, o nosso dia de retiro. Partimos da nossa terra, freguesia de Caramos, vigararia de Felgueiras, com destino ao convento do Carmo em Viana do Castelo. O grupo formado por catequistas e catequizandos dos 6º e 10º de catequese.Fomos acolhidos com grande simpatia, pela Paula, que logo nos apresentou as salas disponibilizadas para tratarmos os nossos temas de reflexão. O Frei João logo apareceu com uma palavra de felicitação e encorajamento. O dia decorreu debaixo de um clima fraterno, com momentos de união e partilha em vários aspectos, desde a oração até a realização de actividades de lazer. Com direito a uma visita guiada pelos "cantos da casa", e com um guia por excelência, pudemos conhecer um pouco da história deste Convento.
Ao terminar o dia, com a participação na Eucaristia comunitária, despedimo-nos rumando ao nosso ponto de partida, com o nosso coração em festa. Foi um dia que jamais será esquecido, e carregado de emoções fortes. Que a graça de Deus, abençoe todas as pessoas que nos acolheram, tornado este dia assim tão especial.
Um bem-haja a todos.
(Mário Sousa, catequista)

Onde vais estar no dia 25 de Abril (X)

Visitas Pascais

A Páscoa atrai muita gente às raízes. Familiares, culturais e religiosas. No nosso caso atraiu a muitos ao nosso convívio. Não resgistamos todos, apenas três:
A Amaro Franco, ex-noviço da Ordem, e peregrino de Jerusalém (causa ou façanha que o tornou mediático, embora prefira «ser discreto».
(O Tiago Gonçalves — ao lado do Amaro Franco — foi outra das visitas; embora seja da casa.
O José Vieira (ex-membro desta Comunidade religiosa) e o filho Mateus;
O Frei Manuel Dias, antigo prior desta Comunidade e actual do Funchal;
Foi bom vê-los a todos, abraçá-los a todos e a outros muitos que connosco partilharam a alegria
da Ressurreição.
Amen. Muito obrigado.

Domingo II da Páscoa

sábado, 18 de abril de 2009

90º capítulo Geral

Teve lugar no dia 17 de Abril, a abertura oficial do Capítulo Geral da nossa Ordem, que decorrerá até ao próximo dia 8 de Maio. O 90º Capítulo Geral decorre em Fátima e é o segundo que acontece no nosso País, depois de em Maio de 1585 se ter realizado o primeiro, no Convento de São Filipe de Lisboa (haveria de ser concluído em Pastrana, Espanha), com a presença de São João da Cruz. O de Lisboa elegeu Provincial (na prática, Geral) o Prior do Convento de Génova, Frei Nicolau de Jesus Maria Dória.
O 90º Capitulo pode ser acompanhado num site criado para o efeito, com actualizações constantes. Este site dispõe dum canal de comunicação directa para que todos os que desejem possam entrar em contacto com a Assembleia Capitular e fazer chegar as suas mensagens. O tema geral é ‘Para vós nasci’, por forma a antecipar as celebrações o V Centenário do nascimento de S. Teresa de Jesus.
Pode aceder através da seguinte morada: http://www.carmelitasdescalzos.com/capitulo.
«Vossa sou, para Vós nasci, que mandais fazer de mim?» é o refrão dum poema-canção de Santa Teresa de Jesus. É também o mote do 90º Capítulo Geral da nossa Ordem, reunido em Fátima. É ainda a alavanca certa para as celebrações do V Centenário do nascimento (1515) da Santa Fundadora. Este mote ou lema recorda-nos que ao nascer nascemos para os outros e para Deus, e que ser Carmelita é ser‑se para a Igreja e para o mundo.
A fecundidade criativa de Teresa acontece em Castela-a‑Velha e sobretudo a partir de 1560, até à sua morte em 1582. O seu lugar ocupa-o ela como capitã na senda das propostas do Concílio de Trento, que vira rasgada a unidade da Igreja. Teresa, em ponderado contraponto ao rasgamento, oferece à Igreja uma proposta carismática de vivência da fraternidade e da contemplação ao serviço do Reino. Sabia-se testemunha, amiga e esposa de Cristo, mas sempre ao serviço da Igreja; e por isso dirá: «Em matéria de fé, eu preferia morrer mil vezes do que opor-me a qualquer coisa da Igreja ou a qualquer verdade da Sagrada Escritura.» (Livro da Vida 33:5)
A sua vida será contemplativa, activa, fecunda. E será assim que contagiará a muitos e a muitas, arrastando-os em pós si. E à medida que irá crescendo na companhia Daquele que sempre nos acompanha, arrastará outros para a conjugação em profundidade desse diálogo de amigos, para a defesa da Igreja, para o serviço de Sua Majestade, porque, como dirá, só se pode dar razão certa daquilo que se faz experiência! E é assim que a vida carmelitana se renova enquanto vida de oração com propósito apostólico, conquanto seja solidária com a vida dos defensores da fé: anunciadores, pregadores, professores, catequistas, teólogos, missionários.
Enfim, a vida de Teresa é uma experiência intensa de Deus e de Cristo que ela injecta nas suas comunidades, por palavras e por escritos, para satisfazer as urgências eclesiais que se faziam sentir na velha Europa de então e não só.
Um Capítulo Geral com tudo o que o envolve (oração, propostas, reflexão, anseios, decisões) é um serviço que uma comunidade de irmãos presta à Igreja; é um acto cujos frutos brotam no tempo muito além do seu acontecer. Assim sendo, o 90º Capítulo Geral deveria constituir-se como uma humilde tentativa de resposta aos homens do nosso tempo marcados pela falta de fé e pela busca inquieta de respostas para o sentido da vida. Assistimos nos tempos que correm a um despertar religioso e a uma busca espiritual nem sempre bem dirigidos e as mais das vezes buscando saciar-se em fontes que à sede só acrescentam sede e mais sede.
Faltam, sentimo-lo, testemunhas credíveis da amizade com Deus, testemunhas do terno abraço do Amigo, testemunhas para quem falar Deus e levar para Deus seja tão urgente como matar a fome e vestir o nu, porque uma e outra tarefa se implicam e ambas complementam o mandamento maior do amor.
A fé cristã é co-edificadora de sociedade, ainda mais em tempos de crise. Apesar de traídos pelos nossos consócios que levaram muitos à ruína, precisamos de colaborar com eles e com todos, e de acreditar que Deus quer o bem da Humanidade e que se recusa a abandonar-nos aos tubarões!
São, pois, necessárias comunidades onde o Espírito Santo exponencie a experiência do perdão como alavanca de re-criação do mundo.
Tomé — no Evangelho deste Domingo, João 20:19-31 — ousou pedir um encontro pessoal com o Ressuscitado, sem se fiar da experiência que os outros lhe contavam. E Jesus deixou-se tocar por aquela honesta incredulidade, aceitando assim que por essa via qualquer um de nós o possa experimentar vivo em sua vida. É como se dissesse algo parecido ao que mais tarde disse Teresa: Para vós nasci, para vós ressuscitei. (Como disse Teresa e tem de dizer qualquer um de nós, com os olhos rasos e o coração alegre, ambos postos no Ressuscitado e para serviço urgente do outro.)
Chama do Carmo I NS 27 I 19 de Maio de 2009

Ressuscitou!

Pela madrugada,
quando nasce a luz para anunciar o novo dia:
Bendito sejas, ó Deus criador,
que fazeis germinar a vida nas trevas!

Na Primavera, quando canta o sol
para que de novo floresça a nossa terra:
Bendito sejas, ó Pai de Jesus Cristo,
que quebrais a pedra dos túmulos!

E quando cai a tarde
sobre o infinito dos nossos caminhos:
Bendito sejas, Deus escondido,
por Jesus, que foi para junto de Vós!

Como o grão de trigo jaz escondido na terra
até que chegue a Primavera:
assim a nossa vida escondida em Cristo
está esperando o seu regresso.

E como pão que se reparte ao anoitecer
no fim dum caminho que recomeçará amanhã,
a nossa fé reconhece que ressuscitou
Aquele que nos dá o seu próprio corpo!

Porque havemos de chorar a sua morte,
se Ele caminha à nossa frente?
O dia vai nascer e gritar a esperança
e a nossa terra vai dar o seu fruto.

Pai de Jesus Cristo, nós acreditamos
com os que acreditam sem terem visto,
com os que buscam sem desfalecer,
com os que pequenos e humildes de coração.

Nós acreditamos:
que Jesus vive e é fonte de vida,
que o seu Corpo é o pão que nos une a Vós,
que o seu Sangue é o vinho duma festa secreta.

Pelo Espírito do vosso Filho, nós Vos pedimos
que guardeis os vossos fiéis na fé.
Que sejamos testemunhas do mistério escondido
que um dia revelestes no silêncio duma manhã,
quando tomastes pela mão o Primogénito
para que fosse a esperança dos homens
que n’Ele morrem e n’Ele renascem.

Dai graças ao Deus da vida: Aleluia!
De madrugada foi retirada a pedra: Aleluia!
Cristo já saiu do sepulcro: Aleluia!

No primeiro dia da semana: Aleluia!
Jesus vem para junto da sua Igreja: Aleluia!
As mãos e lado mostram a vida: Aleluia!

Dá-nos a paz e o Espírito Santo: Aleluia!
Envia-nos a anunciar a esperança: Aleluia!
Felizes os que crêem sem ver: Aleluia!

A morte foi vencida pela vida: Aleluia!
A vida está escondida em Cristo: Aleluia!
Erguei o vosso coração: Aleluia!

Estava morto e vive eternamente: Aleluia!
Ergueu-se glorioso do túmulo: Aleluia!
Eis o dia da paz infinita: Aleluia!

Ide dizer aos que têm medo: Aleluia!
Que Ele vai à frente do caminho: Aleluia!
Para nos preparar a mesa: Aleluia!

Louvai a Deus partilhando o pão: Aleluia!
Dai graças elevando o cálice: Aleluia!
Eis o corpo e o sangue do Amado: Aleluia!

Acabe a morte, venha a graça: Aleluia!
Brote a paz em nossos dias: Aleluia!
Dai graças ao Deus da vida: Aleluia!

Bendito sejais, Senhor nosso Deus: Aleluia!
Que o céu e a terra Vos cantem: Aleluia!
Hosana pela festa sem fim: Aleluia!

Nós Vos damos graças, ó Deus nosso Pai,
por Jesus, o Filho, vossa palavra e vosso rosto.

Ele é o caminho que nos leva até Vós;
N’Ele habita toda a verdade
e ninguém pode conhecer o seu Nome
se não permanece em Vós, ó Pai.

Sim, nós proclamamos que em Jesus, vosso Filho,
se manifesta a vida
e que n’Ele renasce para todos
a esperança da paz sem fim.
Em comunhão com o céu e a terra,
nós Vos bendizemos, ó Deus vivo!
Amen.

Chama do Carmo I NS 26 12 Abril 2009

Onde vais estar no dia 25 de Abril (IX)

Paróquia de S. Teresa Benedita da Cruz

No passado dia 22 de Março o cardeal vigário de Roma, D. Agostinho Vallini, dedicou solenemente uma nova igreja, matriz paroquial, na capital italiana à nossa santa carmelitana mártir Teresa Benedita da Cruz. O templo é uma obra de arte que leva a assinatura do Arquitecto Roberto Panella, tem uma capacidade para 300 pessoas e será a igreja matriz duma paróquia com uma população de 10.000 pessoas.
A Paróquia foi erecta no dia 11 de Outubro de 1998, dia da canonização de Santa Teresa Benedita da Cruz. Depois de 11 anos celebrando em uma garagem, a comunidade tem agora sua igreja construída. Na cerimónia de inauguração não faltou a evocação da Santa patrona da paróquia: «foi uma santa corajosa - disse o Cardeal Vallini -, de grande coerência, de fé, de inteligência. Tomai-a como modelo, estudai-a, invocai-a.»
Além da ajuda da comunidade local na edificação do novo templo, contribuíram o Cardeal Meisner, arcebispo de Colónia e a geral das Irmãs Brigidinas do Santíssimo Salvador, Madre Tekla.
Além da igreja paroquail, formam o complexo a casa paroquial, a secretaria, dez salas para reuniões, catequese e encontros e um grande teatro.
No novo altar da Paróquia foram inseridas algumas relíquias de S. João Leonardi, fundador da Ordem da Mãe de Deus.