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terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Não pares!

Diminish and ascend, escultura de David McCracken
 
Não, não pares!
É graça divina começar bem.
Graça maior é persistir na caminhada certa,
manter o ritmo
Mas a graça das graças é não desistir.
Podendo ou não, caindo,
embora aos pedaços, chegar ao fim.
 
D. Hélder Câmara
 


sábado, 4 de janeiro de 2014

O importante é o Caminho


Epifania. A Festa da Epifania é uma bela festa de Natal. Nós, católicos, estamos ainda em Natal! Quando o Natal chega aos Reis alarga tanto tanto os horizontes que fica sem fronteiras: e então, cabem, cabemos, todos no Natal! Acontece que o Menino é tão judeu tão judeu, que não é só judeu. É universal. É de todos. Dos que O recebem, dos que O visitam. É certo que nem todos se atrevem a ir visitá-l’O, mas quem vai nada perde. E tudo ganha. É algo assustador pôr-se a caminho para encontrá-l’O: não é viagem para medricas. Ir ao encontro do Rei assusta, porque, afinal, é preciso ser-se muito ousado para, apesar do carrego da noite que nos pesa, botar pés ao caminho, deixar-se guiar por luz tão tremeluzente mas certeira, e encontrá-l’O. Epifania é a Festa dos Reis, mas não é a única, porque a vida tem muitas epifanias. Esta é apenas a paradigmática. Sabe o que é uma epifania?
O domingo que hoje vivemos e celebramos chama-se A Epifania. A Epifania é a história de uma viagem de ida e volta: Deus veio para os que eram seus e eles não O reconheceram nem receberam. A vinda de Deus para a humanidade é A Epifania, isto é, a manifestação de Deus à família humana.
Por sua vez, a vida de cada homem e cada mulher crente é também a história de uma viagem ao encontro de Deus.
Neste domingo nós recordamos que Deus vem ao nosso encontro e que a nós nos cabe a obrigação de irmos também ao encontro de Deus.
Deus vem, nós vamos. A vida é encontro. A religião também. E o Natal é isso mesmo: convocatória do amor de Deus para que nos encontremos pessoalmente com Ele.
Construir o presépio é rememorar que o Natal é a viagem pela qual Deus vem para nós: porventura, haverá lugar no teu coração para Ele? Estarás disposto(a) a aceitar o seu convite para te encontrares com Ele? (E, olha: Ele é amigo, simplesmente amigo, Amigo que tem palavras amigas para Ti...)
Um exemplo, uma comparação: quem é que nunca se abeirou da água lisa dum lago ou dum rio e nunca atirou pedrinhas a saltitar pela tona da água fora? Quem é que não entrou em campeonatos de pedrinhas saltitando o mais longe possível? (Eu já. E é giro... O record é de 18 saltinhos!)
É como quem diz: Jesus foi uma pedrinha lançada desde o Oriente! O primeiro saltinho tocou os judeus, o segundo os gentios. E foi saltando, saltando o terceiro e o quarto saltinhos... e mais e muitos mais saltinhos até chegar até nós. O último saltinho fará com que toda a humanidade estabeleça contacto com Jesus!
(Sim, sim! Também, hoje, podemos, tu e eu, ser tocados e marcados pelo encontro com Jesus! Experimenta — Ousa, por favor! —, começar a ir para o lugar do encontro...)
Cristo é a pedrinha que saltitando vai emanando ondas de luz e calor, ondas de amor. Já reparaste bem como a ousadia da fé nos faz chamar pedrinha a Jesus, mesmo sabendo nós que a Si se chamou Rocha Angular?
A narrativa do Evangelho deste domingo é o nosso Evangelho, é o Evangelho da nossa história pessoal. Sim, por favor, neste domingo não digas: que linda história a dos reis magos! Não digas: que sorte tiveram os magos em ser guiados por uma estrela! Nem digas: olha a sorte do Menino Jesus: saiu-lhe o Euromilhões! Os Magos deram-lhe ouro, incenso e mirra! Mas não, por favor, simplesmente não! Ouve este Evangelho. Escuta-o independentemente do nevoeiro da noite, ouve-o como quem ouve cantar pela primeira vez a água cristalina dum regato. Deixa-te tocar pela narrativa, e lembra-te: a tua vida, como a de qualquer um de nós, é a pergunta que vamos fazendo pelo mundo fora: onde está o Rei que acaba de nascer, para poder ir adorá-l’O?
A minha vida, a tua vida, meu irmão, minha irmã, é uma busca, uma viagem ao encontro de Deus. É uma busca apesar das pedras do caminho e das cascas de banana estendidas. É um caminho mesmo quando a estrela se oculta, mesmo quando a vida deixa de sorrir, mesmo quando o mundo ameaça afundar-se, mesmo quando os escândalos e as traições nos quebram as pernas.
Vindos de muito longe, de terras bem distantes, de culturas e de religiões muito diferentes, os magos empreenderam uma longa viagem para Belém. Sem o saberem o encontro estava marcado para Belém: ali estaria o Rei! Ele mesmo, o Chefe, o Pastor de Israel, ainda que só na figura de um bébé. E o espantoso é que os magos não tinham nem profetas nem tradições, nem religiões nem escrituras, nem sábios nem a promessa de um Messias salvador! Não, eles começaram a viagem sem saber para onde ir ou por onde ir; eles simplesmente caminharam à procura de Deus! Eram estranhos a Deus, mas vieram mostrar ao Povo de Deus a existência de uma estrela que brilhava no céu do seu país e que Israel nem tinha reparado! Inesperadamente, aqueles três sacerdotes pagãos vieram mostar aos herdeiros de Abraão que o Senhor tinha caminhado para o seu meio! Mas os judeus, os sacerdotes, os sábios e o rei Herodes continuaram a ler a Bíblia para evitar pôr os pés ao caminho à procura de Deus. Eles jamais (se) fizeram (a)o caminho! E por isso não encontraram Jesus: aos professionais da religião de nada lhes serviu o seu Livro Sagrado, porque Jesus não é um livro, mas o Salvador!
Hoje é dia da Epifania: põe-te a caminho, meu irmão, minha irmã, não importa se tens prenda para levar. O Caminho é a prenda!

Chama do Carmo I NS 210 I Janeiro 5 2014

sábado, 9 de novembro de 2013

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Do outro lado do caminho


A morte não é nada.                                               
Eu somente passei para o outro lado do Caminho.

Eu sou eu, vós sois vós.
O que era para vós, eu continuarei a sê-lo.
Deem-me o nome que vós sempre me destes,
falem comigo como sempre falastes.

Vós continuais a viver no mundo das criaturas,
eu estou vivendo no mundo do Criador.

Não utilizem um tom solene ou triste,
continuem a rir daquilo que nos fazia rir juntos.

Rezem, sorriam, pensem em mim.
Rezem por mim.

Que o meu nome seja pronunciado como sempre foi,
sem ênfase de tipo algum.
Sem nenhum traço de sombra ou tristeza.

A vida significa tudo o que sempre significou,
o fio não foi cortado.

Por que eu estaria fora
dos vossos pensamentos,
agora que estou apenas fora das  vossas vistas?
Eu não estou longe,
apenas estou do outro lado do Caminho...

Tu que aí ficaste, segue em frente.
A vida continua linda e bela como sempre foi.

Santo Agostinho

sábado, 12 de outubro de 2013

Novo Ano Pastoral


A Comunidade do Carmo de Viana do Castelo reuniu-se esta tarde para dar início ao seu Ano Pastoral. A sessãoa decorreu em dois momentos: numa reunião na Sala dos Terceiros onde foi apresentado o plano da pastoral e se ouviram as achegas e anseios de todos; e na Eucaristia de Compromisso. Tal como a Eucaristia a reunião decorreu sob a presidência do Prior da comunidade, Frei João, que pegando no exemplo de sinceridade e humildade de Santa Teresa, exortou a todos a pôr-se ao serviço de Deus e a dar graças por ter sido chamado a servi-Lo. E depois, na homilia da Eucaristia, exortou-nos a sermos sempre agradecidos a Deus e aos irmãos e irmãs.
Antes da bênção final, e porque o Encerramento deste Ano Pastoral começado será feito noutro triénio e por outro Prior, agradeceu a todos a colaboração, oração e companhia ao longo das seis etapas que leva como Prior. Sentindo-se «muito honrado por tudo» agradeceu também a colaboração, oração e companhia no caminho ao longo dos próximos meses.

domingo, 6 de outubro de 2013

Biografia da Irmã Lúcia

 
(Notícia do DN de hoje)

As Irmãs Carmelitas de Coimbra editaram a primeira biografia da Irmã Lúcia. A obra publica partes das Memórias já editadas e vários documentos inéditos do seu diário, e ainda 250 fotografias.

Não desanimes!

Conta o Papa: «Numa das saídas que tive, aqui em Roma, por ocasião de uma Missa, aproximou-se um senhor, relativamente jovem, e disse-me: «Padre, prazer em conhecê-lo; mas eu não acredito em nada! Não tenho o dom da fé!» Que me recomenda o senhor?» «Não desanimes! Deus ama-te. Deixa-te olhar por Ele. E basta».