terça-feira, 30 de setembro de 2008

Oração de Santa Teresinha ao Menino Jesus


Ó Menino, meu único tesoiro!
Abandono-me aos teus divinos caprichos
e não quero outra alegria senão a de fazer-Te sorrir.
Imprime em mim as tuas graças e virtudes infantis,
para que, no dia do meu nascimento no céu,
os Anjos e os Santos reconheçam em mim
a tua pequena esposa,
Teresa do Menino Jesus.

Súplica a Santa Teresinha

Santa Teresa do Menino Jesus,
Concedei-me que siga a tua vida de Infância Espiritual,
Que viva no espírito de simplicidade e humildade evangélicas,
Num total abandono à vontade do Senhor.
Ensinai-me a aceitar cada sofrimento como dom precioso
Feito a quem mais ama.
Que eu possa também terminar a minha vida terrena,
Repetindo as tuas últimas palavras:
«Meu Deus, eu amo-Te».

Festa de Teresinha, festa de família

Já estamos em Outubro. Parece que se vão definhando as luzes e que o Outono nos vai vestindo de cores mais escuras, de tons castanhos.
Para nós, Carmelitas, Outubro é bem castanho, um castanho de festa. O vento do Outono traz-nos ainda sussurros de passado santo.
No dia 1 de Outubro é Santa Teresinha quem nos bate à porta. Ligeira e serena como uma brisa suave, ela recorda-nos a simplicidade da sua missão, o lema que poderia ser também o nosso: «Eu só quero amar Jesus e fazê-lo amar.»
Ó que belo lema! Amar Jesus! E fazê-lo amar! E de quem o aprendeu ela se não da sua família, dos seus pais, Luís e Célia, e de suas irmãs?
Sim, foi em família que Teresinha aprendeu a conhecer e a amar Jesus. Por isso a Igreja beatificará os seus pais no próximo dia 19 de Outubro, Domingo das Missões, apresentando-os como pais duma família modelo.
Os escritos de Teresinha ressumam um profundo amor aos seus pais, pois ela bem sabe que lhes deve muito do que foi. Ela fala deles como «uns pais incomparáveis, que nos rodearam dos mesmos cuidados e dos mesmos carinhos», e confessa «ter amado muito o seu querido papá e mamá», de cujo amor se sentiu rodeada desde o mais tenro despertar da sua consciência.
Este ano celebramos Teresinha, mas não podemos não contemplar a sua família, em especial os pais santos que Deus lhe deu.
S. Teresinha do Menino Jesus, rogai por nós para que sejamos dignos das promessas de Cristo.

Historiografia da Ordem

Vai decorrer em Roma, de 2 a 5 de Janeiro de 2009, um Simpósio sobre a historiografia da nossa Ordem com o objectivo de promover a consciência da necessidade de preservar a nossa memória. Pretende-se ainda relançar o nosso Instituto Historio e fomentar a formação dos nos jovens religiosos.
A dinâmica do Simpósio engloba algumas conferências, comunicações solicitadas e outras livres, diálogo e conclusões operativas.
O P. Jeremias Carlos Vechina dissertará sobre a Historiografia da Ordem em Portugal.

Mais uma beatificação?

No passado dia 11 de Setembro, o Papa Bento XVI recebeu em audiência a Conferência Episcopal do Paraguai, que se encontrava em Roma para a visita «ad limina». Na saudação que o Presidente da Conferência dirigiu ao Santo Padre, D. Ignacio Gogorza Izaguirre, bispo de Encarnación, apresentou o seguinte desejo da Igreja do Paraguai: «Agora esperamos a beatificação da Serva de Deus Irmã Maria Felícia de Jesus Sacramentado, Carmelita Descalça, a inesquecível e sempre amada Chiquitunga Guggiari.

Há 50 anos em África

O Congo foi a primeira terra africana a receber os missionários Carmelitas.
Já no séc. XX (15 de Abril de 1958) os Carmelitas da Bélgica enviaram os Padres Boniface e Willibord que se fixaram em Luluabourg. Dez anos mais tarde tocou aos Carmelitas italianos sustentar esta presença carmelitana que se mantém ininterrupta no País desde há pelo menos 50 anos.
As celebrações do jubileu de ouro prometem ir às raízes da nossa presença em África e evidenciar a valentia dos Carmelitas nativos. Os dois primeiros carmelitas congoleses, Frei Constantin Kabasubabo e Frei André Tshibuabu celebram este anos os seus 25 anos como carmelitas.
Esta circunscrição da Ordem conta actualmente com mais de sessenta membros.

40 anos em Madagáscar

Em Madagáscar celebraram-se os 40 anos de presença carmelitana. O projecto de fundar na Ilha Vermelha nasceu em 1648, mas só se alcançou em 1968. Coube aos Carmelitas de Veneza empreender esta empresa, levada adiante pelos Padres Angelo Doriguzzi, Gino Pizzuto e Sergio Sorgon, entretanto martirizado.
O Papa Paulo VI empenhou-se pessoalmente no envio dos três missionários.
Nas celebrações destes 40 anos esteve presente o Presidente da Assembleia Nacional e o Ministro dos Negócios Estrangeiros, que referiu: «Os carmelitas são reconhecidos em Madagáscar como grandes reformadores do ensino pelo seu grande contributo na educação da juventude malgache. A qualidade do seu ensino e os resultados do seu trabalho não precisam de ser demonstrados.»
Actualmente vivem ali setenta Carmelitas: 37 sacerdotes, 24 religiosos professos simples, 9 noviços.

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Os quatro e o passeio

Se se diz que a burro velho pouco verde, não se diz, como é óbvio, que não se lhe dê nenhum. Hoje foi, pois, o dia verde. De muito verde. Overdose de verde. E por que o verde se quer verde, nestas faldas de Outono quente, embriegamo-nos com todas as cambiantes do verde. As possíveis e as imaginárias. As que a natureza regaladamente nos deu e as muitas outras que os olhos, surpresos, inventaram julgando ver. Imaginar é outra forma de ver.
De tão emparedados que andámos, até parecia, que o deleite que unicamente nos estava reservado — e já não é pouco! — era o refrescar o olhar nas águas do Lima e regressar a casa sob o capacete das árvores do Jardim. Mas não. Mas sim. Foi por isso que saímos. Fomos em passeio comunitário, a outra sala de aulas onde se aprende a fraternidade. (Nem São João da Cruz faria melhor. Que me perdoe, se acaso…)
O Irmão Domingos está de férias, por isso fomos os restantes quatro. Ao volante o que melhor conhece as estradas de Portugal, antes do banho que levaram só possível graças ao progresso conseguido com os dinheiros da União. Ele conhece-as todas e não lhe escapa uma, deste que pelo meio não se intrometa algum inesperado Itinerário Principal.
Outro reconstruiu a história de caminhos passados e as afectividades que o ligavam a lugares por onde a antiga carreira o trazia ao Seminário. Hoje, os olhos habituados à letra de forma e às linhas muito direitas de teses muito escorreitas deliraram com as surpresas das curvas, com o inesperado da beleza verde.
Outro ainda levava mal sintonizado o GPS na cabeça. Sugeriu o Mosteiro de São Martinho de Tibães, e para lá fomos. Mas acabamos em Nossa Senhora da Abadia! Que não podia ser, que as curvas eram demais. Que sim. Que não. Mas o deslumbre é tal e a amenidade do lugar tão de origem que se sentiu tão tocado que acabou calado diante do rosto da Mãe.
O último descobriu como todos, cantou como todos, deliciou-se como todos. E deu-lhe o sono, que é outra maneira possível de digerir o verde. Acabou reconhecendo que quer queiramos quer não, já todos fazemos parte, desde há muito, daquela paisagem primeva donde os carvalhos seculares nos saúdaram afectuosamente.
Fomos de passeio comunitário; mas já devíamos ter ido há mais tempo.
Começámos por voar (ou pairar?) no cimo do monte de São Silvestre, em Cardielos.
Depois deu-se a avaria no GPS e acabámos na Senhora da Abadia. O lugar e a Senhora estão lá há pelo menos 13 séculos. Oxalá o lugar continue desconhecido, para que não se polua o mistério. (É um lugar tão assim, que se diria nunca se saber quando ali pode aparecer algum Robin dos Bosques, vindo da floresta!) Ainda assim o lugar, o céu, as águas e o santuário merecem bem uma visita e um hino em latim, cantado com o sentimento que só os corações consagrados sabem cantar à Senhora do Lugar.
Quem ali vai vem diferente.
São Martinho de Tibães é decepção. Nada do esperado acontece. É melhor regressar. Se merecer ficará noutra crónica, não nesta. Ainda passámos pelo eucalipto que, entretanto, tanto podaram que ele renunciou e secou. Já não caem ramos improdutivos para o caminho, mas agora, qual fantasma ameaçador, em busca da alma que lhe roubaram, ronda e ameaça, esquálido, quem por ali passa. Lúgrebe!
Fomos quatro irmãos de passeio. Lavámos a alma no verde. Foi uma liturgia diferente, verde. Muito comum. Simples. Esta comunhão não nos reconfortou menos que muitas outras. Por que não haveremos de repetir?
Ah! Se outros soubessem como é bom viver a fraternidade!

Jovens Carmelitas no Horeb

Nos próximos dias 3, 4 e 5 de Outubro os nossos jovens estarão reunidos em Horeb, no nosso convento de Braga. Será o 15.º ano consecutivo que os jovens carmelitas se reúnem num clima de amizade e oração, para rezarem e fortalecerem a amizade e a fraternidade que os anima. O tema do encontro é: «Paulo, mestre dos mestres do Carmo.»
Acompanhemo-los com a nossa amizade e sobretudo com a nossa oração.

domingo, 28 de setembro de 2008

Traz uma rosa também

Estamos quase em Outubro. O Outubro missionário. A abrir a porta de Outubro está a Santa Missionária, que, na verdade, morreu no último dia de Setembro. Em acabando Setembro, começamos a preparar os olhos para a Chuva de Rosas. Ela sempre acontece. Mas o que as mais das vezes acontece é que nem sempre se vê.
Preparemo-nos para a Festa de Santa Teresinha.
Nas eucaristias vamos recordando o seu amor a Jesus e a sua doação à Igreja. Olhemos para ela e ensinemos a olhá-la e a imitá-la no seu gesto de atirar flores a Jesus.
Atiremos o nosso perfume a Jesus! Atiremos-lhe flores simples e belas. Atiremo-nos a Jesus! Amemos as rosas como ela, sejam brancas ou vermelhas. Sejamos nós uma ou outra cor, atiremo-nos a Jesus! Ele merece!
Quarta-feira, na Missa das 09:00, sob o olhar juvenil e gaiato de Santa Teresinha abençoaremos as rosas em nome de Jesus.
Traz a tua rosa também!

IR CONTIGO ATÉ AO FIM

Eu quero, Senhor, ir contigo até ao fim,
colaborar com as tuas coisas,
corrigir-me com a tua Palavra.

Eu quero, Senhor, caminhar pelos teus caminhos,
viver na tua verdade e amar com o mesmo amor.

Eu quero, Senhor, cuidar do que Tu cuidas,
semear o que Tu semeias, dar o que tu dás.

Eu quero, Senhor, trabalhar no Teu campo,
cuidar da Tua vinha, levar a alegria ao mundo,
fazer crescer a ilusão e a esperança.

Eu quero, Senhor.
Mas se em algum momento eu te disser:
«Sim, eu quero» e isso for um «não quero»,
então, perdoa-me, Senhor,
e faz-me regressar ao verdadeiro caminho.
Amen.

Como um navio no meio do mar

Andámos por aí, como um navio no meio do mar.
Andámos por aí há séculos.
É certo que estamos ancorados e na cara nos vai batendo o fumo que sai por todos os buracos do comboio. É certo. Mas nem por isso deixamos de navegar. Há séculos.
A potência da caldeira enrola as rodas, explode em baforadas de fumo e estremece-nos as paredes.
Andámos por aí, por aí bem longe. No mar alto. Hoje enviaram-me umas fotos da Vianna antiga embrulhadas num ppt com a voz da Amália a cantar o Barco Negro. A nossa foto é bem conhecida, mas como não está maquilhada transmite marcas de naturalidade que este tempo de plástico agradece.
Tal como a Amália, eu sei meu amor que nem chegaste a partir.

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

A vida de Paulo (III)

O ano 33. O ano 33 corresponde ao encontro de Paulo com Jesus e à sua experiência pascal.
Paulo perseguiu provavelmente a Jesus porque havia nele (e nos cristãos) algo que o atraía: que era, como ser judeu e ao mesmo tempo universal. Perseguia os cristãos porque havia neles algo que lhe faltava: ser universal sendo judeu, abrir-se a todos os homens desde a sua tradição judaica.
O problema não tinha uma solução racional, não podia buscar-se respostas no plano da pura discussão filosófica, política e religiosa. Para chegar à resposta a revelação tem de vir do alto. Foi assim que Paulo descobriu o evangelho da boa nova da fraternidade unida: «Quero que saibais, irmãos, que o meu evangelho não é de origem humana. Pois não o recebi dos humanos, mas por revelação de Jesus Cristo. Vós conheceis a minha conduta antiga no judaísmo… Mas quando Deus me chamou desde o ventre de minha mãe… ele quis-me revelar o seu Filho para que O anuncie aos gentios.» (Cfr Gal 1:11-15).
Paulo perseguia os cristãos helenistas de Damasco, porque eles tinham aberto o judaísmo aos pagãos. O que ele perseguia no fundo era a sua missão, a sua abertura messiânica, que rompia com os confins da Lei do judaísmo fariseu que ele estava ansioso por defender. Nesse sentido, o problema da missão, isto é, da abertura de Israel aos pagãos e da amplitude universal da mensagem bíblica encontra-se presente na vida de Paulo antes da sua conversão e da sua posterior missão cristã.
Na sua conversão existem dois aspectos básicos: 1) A visão de Cristo crucificado (um Cristo recusado pelo Israel oficial, um Cristo maldito pela Lei); 2) A superação dum Israel da carne, isto é, da Lei. Paulo não é apóstolo por ‘mandato eclesial’, mas directamente pelo chamamento de Cristo (Cfr Gal 1:1). Este elemento da imediatez faz parte de toda a vocação e ministério: só pode ser ministro da Igreja quem «viu Jesus» e recebeu dele um mandato.
Na sua origem cristã Paulo sabe-se e sente-se directamente avaliado e enviado por Cristo, a quem ele conheceu ‘directamente’ (exactamente aquele Cristo a quem ele perseguia) no contexto da sua experiência de Damasco. «Mas as coisas que para mim eram lucro, por causa de Cristo eu as considerei como perda. E mais ainda: considero todas as coisas como perda, em comparação com o incomparável que é conhecer Cristo, meu Senhor. Por sua causa eu tudo perdi e tudo considerei como lixo, a fim de alcançar a Cristo e ser apanhado por Ele. Sem pretender a minha justiça, derivada da Lei, mas a que vem da fé em Cristo, a justiça que provém de Deus pela fé» (Fil 3:7-9)

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Convite: XV HOREB, BRAGA | 3, 4 e 5 OUT'08

Olá amigo e amiga:
Convidamos-te a participares no Horeb.
O Horeb é um convite a subires ao monte.
O Horeb é encontro contigo, encontro com os outros, com Ele.
O Horeb é partilha, é carminho!
O Horeb é aprender com os mestres!

Este ano o nosso convidado especial é S. Paulo e começaremos a nossa XV história por apresentar um mestre.
Um mestre que não deixou de inquietar os mestre carmelitas, St. Teresa de Jesus, S. João da Cruz, St. Teresinha… e tantos outros…

Atreve-te a estar presente neste XV HOREB.
Vem aprender com S. Paulo a viver em intimidade com Deus, numa atitude de amor e serviço aos irmãos.

A nossa e a tua resposta tem que ser afirmativa.
Eis a proposta que te fazemos.
Eis a resposta que esperamos:
Conta comigo. Eu vou.
Verónica Parente
Coordenadora do Movimento Carmo Jovem

Deixou o futebol para ser padre

O norte-americano Chase Hilgenbrinck, defesa esquerdo de 26 anos do New England Revolution, da MLS, anunciou o final da sua carreira de futebolista profissional para poder entrar num seminário e estudar para padre."Após anos de ponderação, senti fortemente que Deus me chamou para ser padre na Igreja Católica. Embora vá sentir falta de jogar futebol, sei que estou a avançar para algo muito maior", afirmou Hilgenbrinck em declarações publicadas no site oficial do clube.Depois de jogar durante o período em que esteve na universidade, Hilgenbrinck passou 4 anos no Chile já como profissional de futebol, tendo assinado em Março pelo New England Revolution após uma curta passagem pelo Colorado Rapids, também da Liga norte-americana.Após conhecer o resultado dos testes para a entrada no seminário, Chase reuniu-se com o treinador Steve Nicol e com Burns, presidente do clube, para os informar da decisão.«Não imaginávamos o que ele nos ia dizer, porque não é algo normal de se ouvir. Quando ele contou fiquei satisfeito. É algo que ele quer fazer e queremos desejar-lhe felicidades», confidenciou Burns.Chase Hilgenbrinck tem agora seis anos de estudo no Seminário de Mount St. Mary, em Emmitsburg, Maryland, com o objectivo de um dia se tornar sacerdote católico. A preparação requerida é um pouco mais longa que a do futebol.Hilgenbrinck afirma que não está desiludido com o futebol, mas que esperar o final natural de sua carreira antes de se dedicar ao sacerdócio já não era mais viável. "Podem confiar", disse ele à AP. "Eu pensei nisso. Continuo muito apaixonado pelo desporto, e não o deixaria por nenhum outro emprego. Mas estou trocando o futebol pelo Senhor".

in Blog Ver para crer

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Outra visita interessante

De tempos a tempo surpreendem-nos outras visitas, que se revelam muito interessantes. É o caso dos nossos ex-Seminaristas. Coube hoje a vez ao Cláudio Aires, de Alpendurada, Marco de Canavezes. Hoje veio por motivos profissionais, mas prometeu regressar para desafogar as saudades do coração que, de quando em vez, o assaltam. E será bem-vindo. E outros muitos também.
Saberão os nossos estimados ex-Seminaristas que o Padre Carlos regressou ao Seminário? Ah, se soubessem!

Visitas missionárias

No dia em que celebrava 34 anos da sua chegada missionária a Timor, visitou hoje a nossa Comunidade o P. José Martins, sj. Hoje o nosso claustro foi ponte de encontro entre missionários. Ao encontro vieram os nossos irmãos timorenses Frei Noé Danilo e o Frei Nuno Pereira, seus filhos espirituais, e ainda o Frei Joaquim Teixeira, antigo Superior deste Convento e actual Formador do Estudantado da Ordem, no Porto.
O Padre Martins regressa dentro dum mês ao seu amado Timor e esta foi a maneira de se despedir do Nuno e do Noé, que, imagina-se, tantas saudades terão da Ilha do Crocodilo.
Aqui, entre barreiras, seguiremos rezando pelos missionários e desejando longa vida ao Padre Martins. Tenha a certeza da nossa oração pelas suas intenções e pelas necessidades da Igreja timorense.

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

XV HOREB | BRAGA, 3, 4 e 5 OUT'08




A vida de Paulo (II)

Do ano 7 ao ano 33. De Paulo se poderia dizer que era cristão antes de o ser. Ele é cidadão de identidade judaica, mas de universalidade humana. Ele era ao mesmo tempo um judeu helenista (de cultura grega) e ultranacionalista (judeu de linha farisaica). Nasceu em Tarso da Cilícia e vivia em Damasco, onde conheceu e perseguiu a comunidade cristã helenista que ali nascera. Deveria conhecer os cristãos pessoalmente e não apenas pelo testemunho de terceiros. Só assim se entende a perseguição que lhes moveu. «Eu podia confiar na carne. Se alguém julga que pode confiar na carne, eu mais: fui circuncidado ao oitavo dia; sou da linhagem de Israel, da tribo de Benjamim, hebreu filho de hebreus; no que toca à Lei, sou fariseu; quanto ao zelo, fui perseguidor da Igreja; enquanto à justiça da Lei, fui irrepreensível» (Fil 3:4-6)
Não parecia ter problemas de consciência com a perseguição dos cristãos, e até poderia ter-se mantido no judaísmo cujo corpo nacional queria defender ao perseguir os cristãos. Porém a sua segurança ocultava uma insegurança maior, expressa na mesma violência com que perseguia a Igreja. Por que perseguia Paulo os cristãos? Porque acreditava que eles rompiam a identidade judaica em que se misturava um desconhecido Jesus crucificado com os judeus e os gentios. Paulo, tinha, pois, medo de perder a identidade judaica.

Fórmula da Profissão dos Carmelitas Descalços

Eu, Frei…,
Com o desejo de viver fielmente
em obséquio de Jesus Cristo,
imitando a Virgem Maria,
na presença dos irmãos aqui reunidos,
e nas vossas mãos, Frei…,
prometo a Deus omnipotente
castidade, pobreza e obediência
por três anos
segundo a Regra e Constituições
da Ordem dos Irmãos Descalços
da bem-aventurada Virgem Maria do Monte Carmelo.
Entrego-me de todo o coração
a esta família fundada por Santa Teresa,
para, com a ajuda do Espírito Santo
e o auxílio da Mãe de Deus,
conseguir a caridade perfeita
ao serviço da Igreja Mãe
pela oração constante e a actividade apostólica,
glorificando assim, eternamente,
a Santíssima Trindade.

35 Anos de Profissão religiosa

Na Comunidade estamos em maré de aniversários. O P. Carlos Gonçalves celebra hoje o 35º aniversário da sua primeira profissão como Carmelita Descalço. Foi em Fátima, no longínquo e esperançoso ano de 1973.
A emissão dos votos religiosos ou conselhos evangélicos na nossa Ordem acontece na conclusão do ano de Noviciado. E actualmente faz-se por três anos.
Com o Padre Carlos professaram ainda os irmãos Alpoim Portugal, Manuel Reis e David Castro, entretanto já falecido.

sábado, 20 de setembro de 2008

Definitório Extraordinário (II)

Completa-se a notícia sobre o Definitório Geral Extraordinário, reunido na Ilha de Madagáscar. É a segunda parte.
No dia 17, tendo terminado o estudo do documento «Para vós nasci», passou-se à apresentação de relatórios.
O Ecónomo Geral deu conta da necessidade de ajudar a economia central, a fim de que esta responda aos desafios de expansão da Ordem, apoio os grandes centros de formação carmelitana: faculdade de Teologia, Teresianum; Instituto de Espiritualidade de Ávila e o Colégio Internacional de São João da Cruz de Roma.
O Padre Geral informou a assembleia sobre os congressos celebrados na Ordem: um sobre história, já acontecido; outro sobre liturgia, a acontecer brevemente.
O P. Flávio Calói falou sobre o convento Stella Maris, que é a nossa presença no Monte Carmeli. O Estado de Israel impôs à Ordem, durante sete anos, um sem fim de negociações a que a Ordem respondeu com desenvoltura e pôde assim preservar a propriedade do nosso berço. Alargou depois a referência aos outros conventos em Israel; se é certo que existem três conventos Carmelitas na terra de Jesus, também é certo que faltam vocações que possam dar continuidade à nossa presença na Terra Santa.
Depois, referindo-se aos dois conventos do Egipto relevou a grande projecção da Ordem ao nível da assistência social, e a reforço sustentado em vocações jovens.
Na segunda reunião da tarde leram-se os relatórios elaborados pela comunidade formativa do Colégio Internacional de São João da Cruz de Roma;
o relatório do Reitor do Teresianum – Faculdade de Teologia.
No último dia de trabalho, dia 18, expôs-se o relatório sobre a nossa presença a nível mais global, com especial incidência uma Índia. Sente-se ali, naquele território imenso como um continente, o trabalho de toda a Ordem, porque são muitos os missionários Carmelitas que lá trabalham, apoiados pela Governo Geral da Ordem.
O P. Pedro Zubieta, canonista, informou o Definitório sobre a proposta de actualização das nossas leis.
Seguiu-se a exposição do P. Aloisius Deeney que informou sobre a nova Ratio da Ordem Secular. E deixou este dado: Sessenta por cento Ordem Secular encontra-se situado nos EUA, México, Índia, Coreia do Sul e Filipinas.
Por fim, o P. Stephen Watson leu o relatório sobre o Langata College, no Quénia, uma instituição que promove a nossa espiritualidade por toda a África anglófona.
O Definitório terminou com a celebração da Missa Votiva de Nossa Senhora do Carmo, presidida pelo Padre Geral na manhã do dia 19.

A vida de Paulo (I)

Paulo é o homem melhor conhecido da Igreja e talvez até da história judaica, e também da romana, se considerarmos os anos 30-64 d.C.
Chamava-se Saul ou Saulo, como o primeiro rei israelita; mais tarde assumiu o nome latino de Paulo (Paulus, o pequeno) e é assim que é conhecido. Alguns julgam-no como um impostor fanático, inventor do Cristianismo organizado com uma igreja própria orientada para afirmar o poder (numa linha contrária à de Jesus).
Outros opõem-no a Pedro e aos representantes da Igreja hierárquica romana, afirmando-o como defensor duma liberdade puramente individual e interior, como se fora o subjectivismo moderno.
Porém, Paulo não foi nem uma coisa nem outra. Foi apenas um judeu radical que continuou a ser radical depois que se fez cristão. Foi um judeu fariseu e foi nessa condição que assumiu a missão de perseguidor dos cristãos helenistas de Damasco, que, na sua leitura, destruíam a coesão do Povo de Deus e negavam a autoridade divina, porque identificavam o Filho-Messias com um crucificado.
Depois de convertido em testemunha, isto é, em apóstolo do Deus de Jesus e da sua graça salvadora, Paulo, iniciou, no Oriente, a fundação de comunidades cristãs enraizadas na tradição das promessas de Israel, mas separadas da autoridade legal do judaísmo.
Foi um gerador de Igreja, mas manteve-se sempre em comunhão com Pedro e Tiago.

Visitas carmelitas

É sempre uma retemperadora alegria receber os irmãos, ainda que, por vezes, os nossos encontros sejam demasiado breves. Ainda assim, a fraternidade sai reforçada, e, o sinal que ela é por si mesma, rejuvenescido. Foi uma gozosa e fraterna alegria receber a jovial embaixada do Carmo do Porto, que esteve hoje de visita à nossa Comunidade. Vieram o P. Fernando Reis, antigo prior de Viana e actual do Porto, e os irmãos Frei Nuno e Frei Noé, antigos noviços deste convento, finalistas do Curso de Teologia na Invicta. A acompanhar estes nossos jovens irmãos veio também o jovem letão Egils Purvins, de 27 anos, estudante do segunda ano de teologia na Faculdade Lateranense de Riga. Egils conheceu os Carmelitas em 2005, quando ali se fundou a primeira comunidade de Descalços. Ao longo destes anos tem mantido uma relação de proximidade com a Ordem num processo de discernimento vocacional. Além do estudo da Teologia, Egils é cinturão preto e treinador de karaté e coralista no Fracori – Fraternitas Chori Rigensins. Sinceramente, mostrou ter apetências para a vida fraterna e para a arte do canto; para o karaté nem por isso. Se não erro, éramos uma sociedade das nações à mesa: sete comensais de três nações diferentes! E é ou não uma grande riqueza esta fraternidade tão abrangente? Faltaria experimentá-la…

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

A Cobra e o Pirilampo

Era uma vez uma cobra que começou a perseguir um pirilampo que só vivia para brilhar.
Ele fugia rápido com medo da feroz predadora e a cobra nem pensava em desistir.
Fugiu um dia e ela não desistia, dois dias e nada.
No terceiro dia, já sem forças, o pirilampo parou e disse à cobra:
- Posso fazer três perguntas?
Podes. Não costumo abrir esse precedente para ninguém mas já que te vou comer, podes perguntar.
- Pertenço à tua cadeia alimentar?
- Não.
- Fiz-te alguma coisa?
- Não.
- Então porque é que me queres comer?
- PORQUE NÃO SUPORTO VER-TE BRILHAR!!!

Um dia um anjo ajoelhou

Um dia um anjo ajoelhou-se aos pés de Deus e disse-lhe:
— Senhor, porque é que as pessoas, na Terra, só têm uma asa? Nós os anjos temos duas; com elas podemos vir à tua imensa presença; podemos voar para a liberdade sempre que queiramos. Mas os humanos não podem voar só com uma asa!
Deus respondeu:
— Sim, eu sei disso. Eu sei bem que fiz os humanos só com uma asa.
O anjo intrigado, perguntou:
— Mas, Senhor, por que deste aos homens uma só asa quando são necessárias duas para voar?
Deus respondeu-lhe:
— Mas eles podem voar, meu anjo. Eu dei-lhes apenas uma asa para que eles pudessem voar mais gostosamente que vós… Para voar tu precisas das tuas duas asas… És livre, e voas desenvolto. Mas os humanos… Os humanos com a sua única asa precisam sempre de dar as mãos a outro para conseguir ter duas asas. Dois juntos têm um par de asas.
Cada um dos humanos deve procurar uma segunda asa noutra pessoa, nalgum lugar do mundo, para completar o seu par.
Assim, todos aprenderão a respeitar-se e a não quebrar a única asa de outra pessoa; e aprenderão a não deitar por terra a oportunidade de voar; e aprenderão a amar as outras pessoas, porque só amando poderão voar.
Chegando ao coração de outra pessoa poderão encontrar a asa que lhes falta e poderão voar. E vivendo em amor que ama outro poderão chegar até mim, pelo que nunca voarão sozinhos!

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Memória de um mártir

Na viagem de Tananarivo, capital de Madagáscar, para Moranga os Carmelitas fizeram uma paragem no lugar do martírio do jovem religioso P. Sérgio Sorgon, Carmelita italiano, martirizado no dia 7 de Janeiro de 1985. Ali reunidos os irmãos malgaches explicaram como se deu o martírio quando regressava de mota ao convento, e como a sua vida de carmelita foi uma vida de entrega em favor dos pobres. Logo depois fez-se silêncio e os irmãos ali presentes rezaram e deram graças a Deus pela sua vida e oblação.
Foi a partir do seu martírio que em Madagáscar começou a primavera vocacional na Ordem. Vivem ali hoje na Ilha 70 Carmelitas.
O novo centro de espiritualidade da Ordem, em Moranga, foi inaugurado no dia 13 de Janeiro passado em memória do missionário mártir.

Definitório Extraordinário

Decorre no Santuário de Nossa Senhora do Carmo da cidade de Moranga, Madagáscar, o Definitório Extraordinário da nossa Ordem. Esta reunião congrega ao mais alto nível o Governo Geral da Ordem, os Provinciais e outros Delegados, num total de 77, e tem como objectivo preparar o próximo Capítulo Geral que decorrerá em Fátima, na Domvs Carmeli, em 2009 (17 de Abril a 8 de Maio). Reunidos numa Ilha no meio do Pacífico os participantes no Definitório iniciaram os trabalhos no passado dia 11, procurando valorizar esta vivência prática da comunhão da Ordem. O Padre Geral expôs um relatório sobre realidade da Ordem e depois procedeu-se à leitura, reflexão e partilha do documento pré-capitular «Para vós nasci», que visa também a preparação do IV Centenário do nascimento de S. Teresa de Jesus, em 2015. Terminados trabalhos de reflexão sobre o documento procedeu-se à leitura dos relatórios por sectores.
O Definitório é presidido pelo Padre Geral, Frei Luís Arostegui.

Renovação dos Votos

Hoje, Festa de S. Alberto de Jerusalém, Legislador da nossa Ordem, o Frei Marco Paulo Caldas renovou os seus votos de consagração à Igreja, na Ordem de Nossa Senhora do Carmo.
Este nosso irmão tem 27 anos e é natural de Melgaço.
De Fevereiro a Abril de 2002 trabalhou como leigo missionário carmelita na Missão de São Roque, Bela Vista, Moçambique. Em Setembro desse ano entrou para o Noviciado da Ordem, onde professou no ano seguinte. Neste ano de 2008 concluiu o Curso de Teologia, na Faculdade de Teologia, no Porto.
Após a conclusão do curso o Frei Marco Paulo de Santa Teresa do Menino Jesus passou a integrar a comunidade da Domvs Carmeli, em Fátima.

domingo, 14 de setembro de 2008

Jovens, venerai a Cruz!

PARIS, sábado, 13 de Setembro de 2008 (ZENIT.org).- Bento XVI fez um apelo aos jovens franceses para que venerem o sinal da cruz, ainda que isso traga consigo «escárnio e até mesmo perseguição», durante seu discurso dirigido a milhares de rapazes e raparigas reunidos na região da catedral de Notre Dame.Diante deles, e antes de iniciar a Vigília de oração, o Papa quis confiar aos jovens «dois tesouros, o Espírito Santo e a Cruz», em um discurso repleto de referências à Jornada Mundial da Juventude de Sydney, ocorrida em Julho passado.«Muitos de vós levais pendurada no pescoço uma corrente com uma cruz. Também eu carrego uma, como por outro lado, todos os Bispos. Não é um adorno nem uma jóia. É o precioso símbolo de nossa fé, o sinal visível e material do vínculo com Cristo», explicou o Papa.Para os cristãos, a cruz é «símbolo da sabedoria de Deus e seu amor infinito revelado no dom redentor de Cristo morto e ressuscitado para a vida do mundo», explicou o Papa, mas também «o testemunho mudo dos sofrimentos dos homens e, ao mesmo tempo, a expressão única e preciosa de todas as suas esperanças».São Paulo, continuou Bento XVI, «chegou à conclusão de que a Cruz manifesta a lei fundamental do amor, a fórmula perfeita da vida verdadeira».«Que esta descoberta impressionante vos anime a respeitar e venerar a Cruz», afirmou o Papa, entregando-a aos jovens como um tesouro.«Queridos jovens, sei que venerar a Cruz às vezes também traz consigo o escárnio e até mesmo a perseguição. A Cruz coloca em perigo, em certa medida, a segurança humana, mas manifesta, também e sobretudo, a graça de Deus e confirma a salvação».O Papa desejou que «a alguns o aprofundamento no mistério da Cruz lhes permita descobrir o apelo a servir a Cristo de maneira mais total na vida sacerdotal ou religiosa».

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Começou o noviciado

Uma vez mais a Família do Carmo se vestiu de festa e se encheu de alegria para a Tomada de Hábito de dois novos candidatos à nossa família religiosa. Na tarde do dia 5 de Setembro, pelas 20:00h, teve lugar a sempre singular e emotiva cerimónia que acolheu e revestiu o jovem Jesus Fernández, da Província de Castela, e o jovem Ricardo Oliveira, da nossa Província portuguesa.
Ambos foram recebidos no Noviciado com um abraço de boas vindas.
O Noviciado (Ibérico) carmelita tem a duração de um ano e decorre no convento chamdo Deserto de Las Palmas, em Castellón, Espanha.
A cerimónia foi presidida pelo Pe Emílio Martínez, Provincial de Castela, que estava acompanhado pelo Pe Sérgio Marqueta, mestre de noviços e do Pe Alfonso Ruiz, Prior do Deserto.
O nosso irmão Ricardo da Santíssima Trindade tem 28 anos, é natural de Sacavém e é licenciado em Sociologia.