quarta-feira, 22 de setembro de 2010

A religião mais perseguida

Bernard-Henri Lévy é um pensador francês conceituado e ouvido. No passado domingo, dia 19, deu uma entrevista ao jornal espanhol ABC. Onde afirma ser o Cristianismo a religião mais perseguida. Você concorda? Confira o excerto:

— O Papa Bento XVI fez ouvir a sua voz sobre a expulsão dos ciganos e foi criticado por isso.
A voz do papa é extremamente importante. E somos muito injustos com este papa. Eu não sou católico, mas creio que há preconceitos, Sobretudo um anticatolicismo primário que está a ganhar proporções enormes na Europa. Em franca, fala-se muito das violações de cemitérios judeus e muçulmanos, mas ninguém sabe que os túmulos dos católicos também são profanados habitualmente. Há uma espécie de anticlericalismo em França que não é saudável, de modo nenhum. Temos direito a criticar as religiões, mas a religião mais atacada hoje em dia é a religião católica.

— Mais do que o Islão?
Muito mais. Os muçulmanos, no terreno intelectual, defendem-se. Os católicos, muito menos.
(…)

— Qual a sua opinião sobre a ameaça que alguns fanáticos que querem queimar o Alcorão?
É monstruoso. Só os fascistas queimam livros. Nunca se deve queimar um livro, seja qual for. Menos ainda quando se trata de um livro com uma transcendência como a do Alcorão. Quando os muçulmanos queimavam em Londres o livro de Salman Rushdie, eu foi dos primeiros a protestar. Quando alguns cristãos queimam o Alcorão, faço exactamente o mesmo.

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