quarta-feira, 9 de setembro de 2009

São Bartolomeu do Mar

Fé e tradição juntaram milhares de pessoas na freguesia de Mar, em Esposende. Manda também a tradição que ali pregue o nosso Pe Caetano. Assim foi também este ano. Pontualmente. Apesar de tarde fazemos eco da notícia que o Diário do Minho publicou no dia seguinte, 25 de Agosto:

Transcrição:
Na homilia de S. Bartolomeu do Mar
Padre Caetano pede apoio do povo e bom comportamento dos sacerdotes


A pequena Igreja de São Bartolomeu, na paróquia de Mar, em Esposende, foi, uma vez mais, exígua para tantos peregrinos. Na sua homilia, o Padre António Fernandes Gonçalves, popularmente conhecido por padre Caetano Carmelita, pediu o apoio do povo de Deus aos sacerdotes, mas também pediu bom comportamento dos padres na sua vida do dia-a-dia.
O celebrante começou por falar da simplicidade de São Bartolomeu, citando o texto de São João Crisóstomo, que lembra com admiração, o facto de homens rudes como os pescadores, terem sido capazes de levar a mensagem de Cristo a todo o mundo. São Bartolomeu também era um homem sem fé, mas depois em contacto com Jesus, acabou por ser um dos principais divulgadores da mensagem de Jesus.
Porque, disse, a palavra de Deus muda a vida de qualquer um, quando é ouvida e se deixa mudar. «É preciso deixar-se levar pela mensagem de Deus. A coisa mais importante na vida é comunicarmos com o Senhor. E São Bartolomeu encontrou-se com o Senhor, levado por Filipe, e transformou-se num grande apóstolo. Porque se encontrarmo-nos com Ele podemos mudar de ideias e de comportamentos», afirmou.
Outra mensagem forte da homilia foi o tema do Ano Sacerdotal, o anúncio da Boa Nova do Reino e a necessidade das vocações.
Ancorado nas palavras do Santo Padre, o Padre Caetano disse que a crise de vocações é um facto, pelo que é necessário proteger e apoiar os sacerdotes, como refere Bento XVI, na sua mensagem ao povo de Deus neste ano sacerdotal.
«Os padres também têm dificuldades, têm problemas e canseiras. Também alguns têm culpa pelo seu comportamento e que deixam muita desilusão nas pessoas. E neste ano temos que pensar nisto tudo: nos prós e nos contras. É um ano em que os padres devem pensar nas suas vocações e na sua forma de viver. Somos homens e temos as nossas dificuldades. Temos coisas muito lindas, muito boas, mas também temos coisas más», reconheceu.
O celebrante lembrou que fica muito mal quando os sacerdotes dão um anti-testemunho, como alertou o Santo Padre. «Isto é, ao mesmo tempo que pede ajuda e apoio aos padres, pede uma reflexão dos sacerdotes sobre a sua vida, no sentido de darem um bom testemunho de vivência cristã, de fé, de esperança e de alegria aos cristão. É um ano para fazermos um exame de consciência sobre a nossa vida, como alertava São Paulo».

Devota reclama milagre de S. Bartolomeu
A eucaristia foi concelebrada pelo pároco de Mar, Padre Jaime Cepa, e pelo Padre Alfredo Saleiro, natural de Mar e pároco de Antime.
A missa foi solenizada, como é tradição, pela Banda de Belinho.
Entretanto, ontem, o Diário do Minho encontrou uma devota de São Bartolomeu, que diz ter tido a graça de um milagre em favor da neta. Segundo Maria Otília, natural de Fradelos, Famalicão, recentemente ficou com a neta, Ana Filipa, enquanto os pais foram passar férias ao Algarve. De repente, a menina, «que falava que nem um papagaio», deixou de falar. «Fui com ela ao pediatra, que me disse que a tinha de a levar a um terapeuta da fala. Assustada, agarrei-me a S. Bartolomeu, de quem sou devota desde menina, e ficou curada. Nem sabia como telefonar aos pais para lhes dizer que a menina não estava a falar. S. Bartolomeu foi o terapeuta da fala e pediatra dela. Ele ouviu as minhas preces. Foi um milagre e hoje estou aqui para pagar a promessa», contou.

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