domingo, 1 de maio de 2011

No dia da Beatificação de João Paulo II

A melhor maneira de homenagear a memória de João Paulo II seria ler os seus textos (ou pelo menos um) na íntegra. Porque esta tarefa não é fácil de concretizar aqui juntamos algumas frases. Não são uma síntese da sua vida ou pensamento. São sementes que no futuro poderão dar muito fruto.

Só a liberdade que se submete à verdade conduz a pessoa humana ao seu verdadeiro bem. O bem da pessoa consiste em estar na verdade e em realizar a verdade.

Todo ser humano, desde sua concepção, tem direito de nascer, quer dizer, a viver a sua própria vida. Não só o bem-estar, mas também, de certo modo, a própria existência da sociedade, depende da salvaguarda deste direito primordial. Se à criança por nascer é negado este direito, será cada vez mais difícil reconhecer sem discriminações o mesmo direito a todos os seres humanos.

O futuro depende, em grande parte, da família. Ela traz consigo o futuro da sociedade; o seu papel especialíssimo é o de contribuir eficazmente para um futuro de paz.

A pessoa humana tem uma necessidade que é ainda mais profunda, uma fome que é maior que aquela que o pão pode saciar – é a fome que possui o coração humano da imensidade de Deus.

A autêntica intuição artística vai além do que percebem os sentidos e, penetrando a realidade, tenta interpretar seu mistério escondido.

Os verdadeiros discípulos de Cristo têm consciência de sua própria fragilidade. Por isto colocam toda sua confiança na graça de Deus que acolhem com coração indiviso, convencidos de que sem Ele não podem fazer nada. O que os caracteriza e distingue do resto dos homens não são os talentos ou as disposições naturais. É a sua firme determinação em caminhar sobre as pegadas de Jesus.

Que ninguém se iluda de que a simples ausência de guerra, mesmo sendo tão desejada, seja sinônimo de uma paz verdadeira. Não há verdadeira paz sem vir acompanhada de igualdade, verdade, justiça, e solidariedade.

  Quando um homem ora, coloca-se perante Deus, perante um Tu, um Tu divino, e compreende ao mesmo tempo a íntima verdade de seu próprio eu: Tu divino, eu humano, ser pessoal criado a imagem de Deus.

  Em nossas noites físicas e morais, se Tu estás presente, e nos amas, e nos falas, já nos basta, embora muitas vezes não sentiremos o consolo.

  Há vinte e quatro anos, no dia 29 de Outubro de 1978, duas semanas depois da eleição à Sede de Pedro, abri a minha alma e expressei-me assim: O Rosário é minha oração predilecta. Uma prece maravilhosa! Maravilhosa em sua simplicidade e em sua profundidade.

A Profissão Religiosa coloca no coração de cada um e cada uma de vós, queridos Irmãos e Irmãs, o amor do Pai; aquele amor que há no coração de Jesus Cristo, Redentor do mundo. Este é um amor que abarca o mundo e tudo o que nele vem do Pai e que ao mesmo tempo deve vencer no mundo tudo o que não vem do Pai.

A fé e a razão são como as duas asas com as quais o espírito humano se eleva à contemplação da verdade. Deus colocou no coração do homem o desejo de conhecer a verdade e, definitivamente, de conhecê-lO para que, conhecendo-O e amando-O, possa alcançar também a plena verdade sobre si mesmo.

A Tua presença na Eucaristia começou com o sacrifício da Última Ceia e continua como comunhão e doação de tudo o que és.

Também vós, queridos jovens, enfrentais o sofrimento: a solidão, os fracassos e as desilusões; as dificuldades de adaptação ao mundo dos adultos e à vida profissional; as separações e os lutos em vossas famílias; a violência das guerras e a morte dos inocentes. Porém, sabeis que nos momentos difíceis, que não faltam na vida de cada um, não estais sós: como a João ao pé da Cruz, Jesus vos entrega também a Mãe dele, para que vos conforte com ternura.

A missão maternal de Maria aos homens de nenhuma maneira escurece nem diminui a única mediação de Cristo, pelo contrário, mostra a sua eficácia. Esta função maternal brota, segundo o privilégio de Deus, da sobreabundância dos méritos de Cristo; dela depende totalmente e da mesma extrai toda a sua virtude.

A Igreja é a carícia do amor de Deus ao mundo.

A guerra é sempre uma derrota da humanidade.

Amar é o contrário de utilizar.

A pior prisão é um coração fechado.

O sofrimento humano alcançou seu ápice na paixão de Cristo.

Rico não é aquele que tem, mas aquele que dá.

Ser santo é lutar contra o pecado de todos os dias.
Chama do Carmo I NS 108 I Maio 1, 2011

1 comentário:

Anónimo disse...

Neste dia importante para a História da Igreja e para a História da Humanidade, recomendo uma leitura aprazível e enternecedora que nos conduz pelas inúmeras viagens do Papa João Paulo II. Chama-se "Porque viajas tanto" da jornalista Aura Miguel. Já tem uns anos, foi publicado aquando das comemorações dos 25 anos do pontificado. Mas hoje, ao reler algumas passagens, "encontrei" momentos de extraordinário carinho para com a Humanidade. É bom saber que, onde está, estará certamente a pedir por todos nós a Deus.
Aconselho esta leitura!