terça-feira, 31 de maio de 2011

Concerto O Nazareno


 
 
E também houve por aqui nestes tempos um concerto! Por cápouco há de tão consensual como o Grupo Vocal Consenso, de Braga, que sob a batuta do Maestro A. Vilas Boas nos visitou mais uma vez e nos deliciou com o concerto O Nazareno. Somos fãs, com autógrafos e tudo! É certo que era Páscoa e que o concerto talvez aponte mais para a Quaresma. Mas o mistério pascal estava todo lá, na poesia e na voz, na música e no silêncio.
Foi uma delícia.
O Ofertório da Missa das Seis - que os Consenso tão belamente animaram - reverteu para o GAF, que, depois, através da Comunidade de Inserção esteve presente no beberete.
Vejam-se as fotos.
A todos muito obrigado.
Que a Senhora do Carmo abençoe este projecto lindo daquele irredutível punhado de jovens bracarenses que trabalham, estudam, se dedicam à música e amam o GAF.

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Bênção de peregrinos

Um grupo de Peregrinos de Santiago pediu e foi-lhe dada a bênção antes de partirem em peregrinação. Depois da oração de bênção - para feliz surpresa dos peregrinos -, foram convidados a visitar o Albergue São João da Cruz dos Caminhos. «Não sabíamos, disseram, que havia disto em Viana!»
A bênção foi há tantos dias que já foram e regressaram de Santiago em paz. Afinal, a bênção foi no dia 5 de Maio! Mas nunca é tarde para o noticiar.

Retiro dos crismandos

 
Lemos, ouvimos e cremos. Reflectimos, rimos e rezamos. Foi o retiro dos crismandos. Aconteceu na Quinta do Menino Jesus, no dia 21 de Maio. Mas só agora houve tempo para dizer. A manhã foi nova, intensa e fria por fora. Por dentro, quente. A tarde continuou sendo nova, igualmente intensa e toda quente. De manhã esteve o Frei João com os Crismandos, da parte da tarde a Julieta Palma.
Valeu a pena.
Tudo terminou com uma Eucarista, e embora nos víssemos obrigados não apetecia sair dali. Que bela é a paz e o sossego. Fico a vontade e a sede do próximo retiro.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Um olhar samaritano

Senhor!
Ensina-nos a olhar
e a ver-nos com o olhar com que nos olhas!

Dá profundidade ao nosso olhar!

Ensina-nos
a olhar o mundo como Tu o olhas,
numa espera infinita
de Pai que conhece e cuida
o frágil, o importante ser humano que somos.

Ensina-nos a aprender
a visão dos santos
que, enraizados em Ti,
souberam descobrir-Te
no rosto dos pobres
e dos sem ninguém.

Dá-nos um olhar samaritano
como o de Maria Clara do Menino Jesus.

Olhar que nos faça descer do egoísmo
que produz cegos
que recusam ver,
passando ao lado dos feridos pela vida,
caídos nas bermas das nossas estradas,
a poucos metros de nós…

Ensina-nos
a dar-nos tempo,
para fixar o nosso olhar no Teu olhar,
para vermos mais longe e mais perto,
para Te abraçarmos
naqueles que vivem ao lado de nós,
sedentos da proximidade
de alguém que os fite
com um olhar de amor!

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Que eu chegue a Ti, Senhor


Que eu chegue a Ti, Senhor,
por um caminho seguro e recto;
caminho que não se desvie
nem na prosperidade nem na adversidade,
de tal forma que eu te dê graças nas horas felizes e nas difíceis,
e conserve a paciência,
não me deixando exaltar pelas primeiras nem abater pelas outras.

Que nada me alegre ou entristeça,
excepto o que me conduz a Ti ou que de Ti me separa.
Que eu não deseje agradar nem receie desagradar senão a Ti.
Que tudo o que é passageiro se torne desprezível a meus olhos
e tudo o que Te diz respeito me seja agradável,
mas Tu, meu Deus, mais do que tudo o resto.

Faz com que qualquer alegria, sem Ti, me seja desagradável
e nada eu deseje fora de Ti.
Que qualquer trabalho, Senhor, feito por amor, me seja agradável
e insuportável todo aquele de que estiveres ausente.
Concede-me a graça de erguer continuamente o coração para Ti
e que, quando eu cair, me arrependa e me levante.

Torna-me, Senhor meu Deus, obediente, pobre e casto;
paciente, sem reclamação; humilde, sem fingimento;
alegre, sem superficialidade; triste, sem abatimento;
reservado, sem rigidez; activo, sem leviandade;
sincero, sem duplicidade; fazendo o bem sem presunção;
corrigindo o próximo sem arrogância;
edificando-o com palavras e exemplos, sem falsidade.

Dá-me, Senhor Deus, um coração vigilante,
e que nenhum pensamento fútil o arraste para longe de Ti;
um coração nobre que nenhuma afeição indigna enfraqueça;
um coração recto que nenhuma intenção equívoca desoriente;
um coração firme, que nenhuma adversidade abale;
um coração livre, que nenhuma paixão subjugue.

Concede-me, Senhor meu Deus, uma inteligência que Te conheça,
uma vontade que Te procure, uma sabedoria que Te encontre,
uma vida que te agrade, uma perseverança que Te espere
e uma confiança que me leve a repousar serenamente em Ti.
Amén.

(S. Tomás de Aquino)

domingo, 22 de maio de 2011

B. Maria Clara do Menino Jesus (1843-1899): Religiosa, fundadora, Mãe dos pobres.

Ontem, 21 de Maio de 2011, foi beatificada em Lisboa a Mãe Clara, Mãe dos pobres. Na pia baptismal recebeu o nome de Libânia do Carmo Galvão Mexia de Moura Telles de Albuquerque. Nasceu na Amadora, no dia 15 de Junho de 1843. Tendo ficado órfã nas epidemias de 1856-57, foi educada no Asilo Real da Ajuda, em Lisboa, destinado às órfãs de famílias nobres. Aos 19 anos foi acolhida no Palácio dos Marqueses de Valada, com quem viveu cerca de 5 anos. Após este tempo, vivido no meio de luxos e vaidade social, decidiu renunciar a tudo e entrar no Pensionato de S. Patrício, junto das Irmãs Capuchinhas Concepcionistas, orientado pelo Padre Raimundo dos Anjos Beirão.

Aqui, percebendo o chamamento do Senhor, iniciou uma caminhada de entrega definitiva a Deus, consagrando-se na Ordem Terceira de S. Francisco, sob a orientação espiritual do Padre Raimundo, ele também frade franciscano. Recebeu o hábito de Capuchinha em 1869, com o nome de Irmã Maria Clara do Menino Jesus.
Em Portugal vigorava a proibição das Congregações Religiosas. A Irmã Maria Clara foi então a Calais, França, para aí fazer o seu noviciado e emitir os votos públicos. Era urgente a fundação de um Instituto religioso português para dar resposta às necessidades da pobreza e de todos os tipos de miséria das pessoas.
Regressada a Portugal a 1 de Maio de 1871, deu início à Congregação das Irmãs Hospitaleiras dos Pobres pelo Amor de Deus. Fundou a primeira comunidade no dia 3 de Maio daquele ano e, cinco anos depois, a 27 de Março de 1876, a Congregação era aprovada pela Santa Sé.
Dotada de um coração transbordante de bondade e de ternura pelos mais pobres e abandonados, dedicou a vida inteira a minorar sofrimentos e dores. Encheu Portugal de Centros de Assistência, Atendimento e Educação, onde todos os desvalidos pudessem encontrar carinho, agasalho e amparo, qualquer que fosse a condição social.
No tempo em que foi Superiora Geral, abriu mais de 100 obras e recebeu mais de mil irmãs!
A Congregação procurava estar presente e actuante em todo o lugar onde houvesse o bem a fazer. No meio dos sofrimentos de toda a espécie: na solidão, na doença, na perseguição de que foi alvo, na incompreensão e na calúnia, a Madre Maria Clara soube manter-se sempre fiel a Deus e à missão que Ele lhe confiara; viveu em constante serviço alegre e generoso a todos. Sem excepção. Desculpava e perdoava a todos, com caridade e fé heróicas. Àqueles de quem recebia maiores ofensas servia de joelhos.
Convicta de que “nada acontece no mundo sem permissão divina”, tudo recebia como vindo das mãos de Deus: pessoas e acontecimentos, dores e alegrias, saúde e doença. A única razão de ser da Congregação deveria consistir em servir, animar, acolher e aconchegar a todos. Iluminar e aquecer. A hospitalidade.
Viveu toda a sua vida numa esperança e confiança inabaláveis. Nada possuindo além do amor de Deus em Cristo Crucificado, que ela experimentava em todos aqueles a quem chamava a “minha gente”.
Repousa hoje na Cripta da Capela da Casa Mãe da Congregação, em Linda-a-Pastora, Oeiras.
No ano de 1856, a epidemia de cólera-morbus invadiu a capital e grande parte do Reino, fazendo inúmeras vítimas. No ano seguinte caiu o terrível flagelo da febre amarela. O Reino viu-se confrontado com a necessidade de responder às urgências de uma tal situação, nomeadamente tratar dos órfãos, filhos desta tragédia.
Era rei D. Pedro V, que decidiu ceder parte do seu Palácio da Ajuda e aí fundou o Asilo Real, que dava educação às filhas órfãs das famílias nobres e fidalgas de então. O seu predecessor, D. Pedro IV, extinguira todas as Casas Religiosas por decreto de 30 de Maio de 1834. Por essa razão não havia Institutos Religiosos no país que ajudassem a minorar os efeitos da epidemia.
Foi nesse colégio que a Libânia do Carmo fez a sua educação e formação.
Entretanto, a feroz perseguição orquestrada pela Maçonaria e que pôs o país em risco de guerra civil, levou novamente à expulsão de todas as Ordens Religiosas de Portugal e ao consequente encerramento dos conventos. Os bens foram confiscados e incorporados na Fazendo Nacional; e os seus membros — os que não fugiram do País — foram condenados à “rua”.
Foi neste contexto histórico que nasceu a Congregação das Irmãs Hospitaleiras. E nasce apenas e só pelo simples facto de haver necessidade de alguém que continuasse a manter os olhos e o coração abertos aos outros e ao mundo.
É que ontem, como hoje (ao contrário do que se quer fazer crer), as respostas às necessidades sociais, incluindo a própria sobrevivência, só com a ajuda de pessoas com Evangelho de Jesus Cristo a correr-lhes nas veias é que se podia minorar tanta miséria. E foi o que aconteceu com a nossa protagonista, Madre Maria Clara. Ela pôs-se à frente deste mistério que foi o de fazer de todos os pobres a «sua gente».
Chama do Carmo I NS 111 I Maio 22, 2011

terça-feira, 17 de maio de 2011

Oração do Bem-aventurado João Paulo II

Ó Maria, aurora do mundo novo
mãe dos viventes,
confiamo-Vos a causa da vida:
olhai, Mãe, para o número sem fim
de crianças a quem é impedido nascer,
de pobres para quem se torna difícil viver,
de homens e mulheres vítimas de inumana violência,
de idosos e doentes assassinados
pela indiferença ou por uma suposta compaixão.

Fazei com que todos aqueles que crêem no Vosso Filho
saibam anunciar com desassombro e amor
aos homens do nosso tempo o Evangelho da vida.

Alcançai-lhes a graça de o acolher
como um Dom sempre novo,
a alegria de o celebrar com gratidão
em toda a sua existência
e a coragem para o testemunhar
com laboriosa tenacidade, para construírem,
juntamente com todos os homens de boa vontade,
a civilização da verdade e do amor,
para louvor e glória de Deus Criador e amante da vida.
Amen.

Preces para a semana da vida

Oremos a Deus, por intercessão de Maria, a grande causa da vida. Dizendo: Rainha das famílias, rogai por nós.

1- Para que todas as mães e pais abram o coração às pequenas vidas que Deus lhes entrega e acolham com amor todos os filhos desde o momento da concepção. Com Maria, oremos ao Senhor.

2 – Por todos os bebés em perigo, por todas as mães que sofrem a tentação do aborto, por todos aqueles que trabalham a favor da Vida. Com Maria, oremos ao Senhor.

3 – Por todos os que de algum modo estão ou já estiveram envolvidos na prática do aborto, especialmente pelas mães que abortaram e os profissionais de saúde, para que se arrependam e encontrem conforto e esperança na misericórdia de Deus, e na alegria do Seu Perdão se tornem os mais fortes defensores do valor sagrado da Vida. Com Maria, oremos ao Senhor.

4 – Pelos políticos e por todos os que têm poder de decisão, para que nas suas funções construam uma sociedade melhor em que a vida humana seja realmente inviolável e sempre defendida desde o momento da concepção até à morte natural. Com Maria, oremos ao Senhor.

5 – Por nós próprios, para que a nossa oração se traduza em compromisso pessoal e efectivo que nos leve a estar ao serviço da Vida em todas as suas dimensões. Com Maria, oremos ao Senhor.

6- Pelo Papa, e pelos Bispos a ele unidos na Fé, pelos sacerdotes, religiosos e religiosas, para que, num mundo que cada vez mais quer calar a voz da Igreja, permaneçam fiéis ao Evangelho da Vida e dele dêem corajoso testemunho. Com Maria, oremos ao Senhor.

7 – Por todas as grávidas em dificuldades, para que tenham um coração grande e generoso, e encontrem sempre a mão amiga necessária que as ajude a dizer Sim à Vida e Não ao aborto. Com Maria, oremos ao Senhor.

8 – Por todas as famílias cristãs, para que pelo amor e união entre todos os seus membros, sejam testemunho da verdade da Família, fonte de vida, escola de respeito e solidariedade, e célula básica da sociedade. Com Maria, oremos ao Senhor.

9 – Por todos os casais cristãos, para que num mundo em que tudo parece relativo e transitório, sejam exemplo de fidelidade alegre à Aliança sagrada que os une. Com Maria, oremos ao Senhor.

10 – Por todas as famílias em crise ou em situações de sofrimento, para que a presença de Deus nas suas vidas as faça sempre crescer na Fé, na Esperança e no Amor. Com Maria, oremos ao Senhor.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Dia Internacional da Família

O ano de 1994 foi proclamado pela Organização das Nações Unidas (ONU) como o Ano Internacional da Família, e o dia 15 de Maio como o Dia Internacional da Família. O seu tema, "Família, Capacidades e Responsabilidades num Mundo em transformação", destacava a família como "a pequena democracia no coração da sociedade", reconhecendo-se assim o papel nuclear da família na sociedade e a importância de adotar estratégias que a capacitem.
A 24 de Maio desse mesmo ano, com o intuito de desenvolver respostas sociais de qualidade, com um espírito humanista e solidário, que promovessem os direitos, a qualidade de vida, a inclusão e a cidadania de indivíduos e famílias em situação de vulnerabilidade social e/ou económica, a Ordem dos Padres Carmelitas de Viana do Castelo, criou o Gabinete de Atendimento à Família (GAF), uma Instituição Particular de Solidariedade Social.
Reunindo apoios de diferentes parceiros, assim como de cidadãos e cidadãs da comunidade vianense, ao longo dos anos, o GAF foi criando diversos serviços diferenciados, com equipas multidisciplinares e metodologias de intervenção que se caracterizam pela sua inovação e dinamismo, com amplo reconhecimento nacional e internacional.
Desde o início, o GAF entende a Família como uma «unidade estruturante da sociedade e o contexto mais significativo do desenvolvimento do ser humano. Tendo um desígnio educativo e formativo tão exigente, e uma responsabilidade crucial no equilíbrio psicossocial dos seus membros, o GAF pretende potenciar a Família nas suas diferentes dimensões, promovendo a qualidade das experiências e das relações interpessoais aí vividas.»
Problemas sociais como Pobreza, Violência Doméstica, HIV/SIDA e Toxicodependência, exigem planos de ação integrados e em rede, que capacitem as famílias para que respondam autonomamente às suas necessidades. Para tal, é essencial o envolvimento solidário de toda a comunidade, com apoios humanos, materiais e financeiros, para a continuidade deste projeto.

Apoios possíveis:
- defender as causas GAF e tornar-se voz ativa contra a exclusão social e divulgar as ações que o GAF desenvolve;
- colaborar com as nossas iniciativas através de voluntariado;
- contribuir com donativos em espécie (alimentos, eletrodomésticos, mobiliário, artigos para o lar, roupas);
- contribuir para o desenvolvimento de projetos através de donativos pecuniários (numerário, cheque, vale postal ou transferência bancária).
A todas as pessoas que têm colaborado com o grande projeto GAF e todas aquelas que venham a colaborar.....
Bem hajam!
Comemore connosco o aniversário GAF!
Comemore connosco a Família!

Durante o mês de Maio, o GAF irá partilhar com a Comunidade Vianense:
- O Concerto “O Nazareno”, com o Grupo Vocal Consenso, sob a Direção do Maes-tro António Maia Vilas Boas. O evento terá lugar na Igreja do Carmo, às 16H00, no dia 15 e pretende celebrar o XVII aniver-sário do Gabinete de Atendimento à Família, assinalando o Dia Internacional da Família.
- A celebração eucarística comemorativa do XVII aniversário do GAF, às 11:30h do dia 22, Domingo, na Igreja do Carmo.
- A partilha de conhecimento científico, através das XVII Jornadas, desta vez dedicadas à temática “Educação Sexual em tempos de Sida”, no Castelo de Santiago da Barra, nos dias 26, 27 e 28.
Contamos com a sua participação!

Dra Isabel Fernandes
Chama do Carmo I NS110 I Maio 15, 2011

4900- 561 Viana do Castelo - Tel 258 829 138
http://www.gaf.pt/ geral@gaf.pt
NIF: 503748935
NIB: 0007 0000 0062 9490716 23
Rua da Bandeira, 342

terça-feira, 10 de maio de 2011

Oração pelas vocações

Senhor Jesus Cristo,
Bom Pastor da vossa Igreja,

Vós que tanto nos amastes
que destes a vida por todos nós,
e, depois de ressuscitado de entre os mortos,
prometestes estar connosco até ao fim dos tempos,
nós vos suplicamos:

fazei com que haja mais cristãos
que se deixem cativar pelo Vosso amor
e se ofereçam para o irradiar pelo mundo
como sacerdotes, religiosos ou religiosas.

Ajudai‑nos, Senhor, a tudo fazermos
para que esta graça nos seja concedida
na comunidade cristã a que pertencemos.
Teremos então mais razões para Vos bendizer,
em união com Santa Maria, Vossa Mãe bendita:
Vós que viveis e reinais pelos séculos dos séculos.
Ámen.

domingo, 8 de maio de 2011

Os seus olhos estavam impedidos de O reconhecer!

Este terceiro Domingo de Páscoa é também chamado o Domingo das Aparições de Jesus.

De acordo com a narrativa de Emaús Jesus ressuscitado aparece a dois discípulos, caminha com eles e com eles fala. Por fim, acedeu ao convite e acolhe-se na casa deles. Depois, à mesa, recita a bênção e parte o pão. Quando se abriram os olhos aos discípulo Ele desapareceu. Porquê?Eis por que muito gosto da narrativa dos Discípulos de Emaús: Porque é intemporal.

Não creio que seja apenas um relato longínquo, acontecido uns poucos anos antes da metade do primeiro século cristão.
Não. O percurso para Emaús é muitas vezes o percurso de tantos dos discípulos de Jesus ao longo de todos os tempos.
Um pouco de atenção é o bastante para nos pormos em sintonia com aqueles dois corações nublados, tristes, entorpecidos, decepcionados.
Depois de terem vivido os dias da mais bela exaltação do anúncio do Reino e testemunharem a proclamação das Bem--aventuranças, eles sentiam agora que as águas cristalinas já não cantavam aos seus ouvidos, nem havia sininhos nos seus corações.
Depois do inebriamento que culminou com a magnífica entrada de Jesus em Jerusalém e da serena intimidade da Última Ceia, também eles acabaram abandonando-O. Também eles O viram atraiçoado, humilhado, esfacelado, crucificado, morto, frio e ensanguentado ao colo choroso da Mãe Dolorosa.
Ignomínia total.
Morto o Pastor, dispersava-se o rebanho ferido por estupor, desconcerto e aturdimento.
A vertigem da queda e o anti-clímax não são fáceis de tragar em época alguma.
Que dirão em casa? Que dirão aos amigos da aldeia depois da longa digressão de três anos? Não, não, eles não temem voltar ao trabalho, apesar de que, mais que nunca, ele tenha o sabor a amargo e a ranço.
Sim, é verdade, também eles haviam fugido. Mas no fundo do coração não tinham renegado a Jesus, esse homem espantoso em gestos e sinais! Sim, o encontro com o Mestre galileu fora tão intenso que não será fácil de olvidar. Tinham vivido como num sonho das arábias e o sonho acabara, mas era doce de mais para esquecer. A desilusão era agora tão grande como antes tinham sido lindos os sonhos!
O caminho de regresso era tão duro por isso, porque parecia o fim do sonho. Porém, em boa verdade, eles não sabem falar de outra coisa que não de Jesus. E é quando regressam desiludidos remoendo a desilusão, como quem chupa um caroço amargo, que Jesus se põe a caminho com eles.
(Deixem-me que actualize o plano:)
Quando o vale se revela mais profundo e escuro, quando o negrume mais se apossa do nosso coração e das artérias do espírito, quando humanamente o caso está perdido, quando mais ninguém viria, então, sim então, Jesus vem para o caminho connosco. Quando viramos costas ao futuro, Ele vem. Quando regressamos ao passado, Ele vem. Quando o véu da desilusão nos vela, Ele vem.
Ontem e hoje, o Senhor vem. Por todos os caminhos vem o Senhor connosco. Onde houver discípulos de coração acabrunhado Ele virá aquecer-lho porque não sabe fazer outra coisa!
Em qualquer caminho de qualquer era, o Senhor vem caminhar no meio de todos os discípulos, até mesmo dos mais cobardes.
É isso que o relato de Emaús quer dizer: O Senhor jamais deixa de caminhar connosco!
Mas, então, se o Senhor vem, se o Senhor caminha connosco, se o Senhor não nos abandona, porque, então, O não sentimos a caminhar connosco? Porque não se aquece o nosso coração até rebentar como outrora aos de Emaús? Porque O não reconhecemos no meio de nós? Porque estão os nossos olhos impedidos de O reconhecer também em nossos dias caminhando connosco?
Causa e razão simples: porque vivemos no passado, porque lemos as Escrituras por conveniência própria e sem o Espírito de Jesus, porque ainda não lhe debitamos a Ele todas as nossas dores, angústias e desilusões!
Emaús é qualquer lugar aonde regressemos desamparados e sós. E é oportunidade feliz de Jesus fazer caminho connosco até que a ilusão de novo se incendeie até à incandescência!
A certeza é esta: ainda que atravessemos o Vale da Morte Ele nos acompanhará, nos ouvirá, nos explicará as Escrituras, se sentará connosco à mesa, nos repartirá o Pão, nos incandescerá até não mais precisarmos de viver chupando o passado da desilusão!
Quem quer vir para o caminho?

sábado, 7 de maio de 2011

Avisos

08 DOMINGO
Início da Semana de oração pelas vocações.

13 SEXTA-FEIRA
Festa de-Nossa Senhora de Fátima. -
Na recitação do Terço realizaremos uma Procissão de Velas nos claustros do Convento.

14 SÁBADO
Festa do Apóstolo S. Matias.

OFERTÓRIOS
A Comunidade entregou na Cúria Diocesana os seguintes ofertórios: Cáritas (185,00€); Contributo Pe-nitencial (211,10€); Lugares Santos (40,00€).

CONCERTO PELO VOCAL CONSENSO
No próximo Domingo, dia 15, pelas 16:00h, o Vocal Consenso, sob a direcção do Maestro A. Vilas Boas, apresentará na nossa Igreja do Carmo O Nazareno.
A partilha reverte em favor do GAF.

ESTÃO ABERTAS AS INSCRIÇÕES
Para a Peregrinação anual ao Santuário do Menino Jesus de Praga, em Avessadas (5 de Junho); está garantido o regresso a tempo de cada eleitor proceder ao dever de expressão de voto.
e para a Peregrinação carmelitana ao Santuário de Fátima (2 e 3 de Julho).

NA HORA DA DESPEDIDA
A COMUNIDADE SAÚDA O FREI DANIEL SACHIPANGUE
nosso conventual desde Outubro de 2010.
Agradecemos-lhe a sua alegria e trabalho dedicado. E auguramos-lhe as melhores venturas no anúncio do Reino, que o Senhor convidou a fazer na Comunidade do Menino Jesus de Praga de Avessadas.

Oração pelas vocações


(Iniciamos neste Domingo a Semana de Oração pelas Vocações. Esta é a oração oficial desta Semana. Não deixemos de a rezar pessoalmente, em família e em comununidade.)

Senhor Jesus Cristo,

Bom Pastor da vossa Igreja:

Vós que tanto nos amastes
que destes a vida por todos nós, e,
depois de ressuscitado de entre os mortos,
prometestes estar connosco
até ao fim dos tempos,
nós vos suplicamos:

fazei com que haja mais cristãos
que se deixem cativar pelo Vosso amor
e se ofereçam para o irradiar pelo mundo
como sacerdotes, religiosos ou religiosas.

Ajudai-nos, Senhor,
a tudo fazermos
para que esta graça nos seja concedida
na comunidade cristã a que pertencemos.

Teremos então mais razões para Vos bendizer,
em união com Santa Maria,
Vossa Mãe bendita:

Vós que viveis e reinais
pelos séculos dos séculos.
Ámen.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Uma peregrinaçãopara recordar

O despertador tocou às 05h00, eu e os meus amigos acólitos tínhamos de fazer uma viagem atétinha de estar junto ao autocarro as 6h00 Nacional dos Acólitos. Chegamos ao Santuário de Fátima por volta das 10h00, ao chegar cada um dos acólitos pegam na sua alba e em grupo fomos para a Igreja da santíssima Trindade. Iremos celebra Eucaristia do segundo Domingo de Pascoa, presidiu o Bispo Dom Anacleto actual Bispo de Viana Do Castelo . Na sua Homilia falou de “Que cada um de nós leva uma recordação deste dia” . O Dom Anacleto quando nos referiu esta frase quer dizer que devemos levar sempre no nosso coração a maior recordação de todos que é a eucaristia. Esta recordação é o alimento da nossa alma. Foi mais um ensinamento para nós acólitos. Para podermos compreender melhor este verdadeiro mistério que é “servir”. Também fomos convidados a olhar para o nosso padroeiro em Portugal o Beato Francisco.
Em seguida a Eucaristia, fomos almoçar. Durante o almoço recebemos uma visita muito especial. O novo Provincial o P. Joaquim Teixeira. Que muito alegrou os ACÓLITOS CARMELITAS.
Ao inicio da tarde realizamos uma pequena peregrinação as lojas onde se vendem todos os objectos religiosos. Como se sabe todos querem levar um pequeno objecto para a mãe ou pai… também houve tempo para colocar algumas velas por familiares ou até amigos.
Por volta das 16h00, tínhamos encontro marcado na capela das aparições de Nossa Senhora de Fátima. Aqui rezamos o terço a Nossa Senhora de Fátima com muita fé e contemplação como Acólitos Carmelitas que somos. Durante todo o dia partilhamos, sorrisos, experiencias e até algumas confissões. Por fim estava na hora de regressar a casa, sem antes de ouvir umas anedotas de três pequenos Acólitos Carmelitas. No final todas as caras tinham um grande sorriso que vinda da alma… Muito Obrigado Meu Deus por este dia em que todos os acólitos serviram – o a Si com ainda mais felicidade e ainda mais confiantes na sua própria fé.
Joana Costa, Acólita do Carmo de Viana do castelo

domingo, 1 de maio de 2011

Trinta anos, cinco Provinciais!

No próximo dia 21 de Maio a Província Portuguesa de Nossa Senhora do Carmo celebrará o trigésimo aniversário da sua Restauração. É uma data feliz. Este Capítulo fará história. E como seremos reestruturados – Que palavra jurídica tão dura de tão seca! – convém ir alinhando as linhas que teceram a nossa história recente.
No XI Capítulo estavam presentes os cinco Provinciais da história da Restauração da Província. Oportunamente eles posaram para a história. Aqui fica a memória dos anos dos seus mandatos:
  • P. Jeremias Carlos Vechina: 1981 - 1984; 1984 - 1987.
  • P. Pedro Lourenço Ferreira: 1987 - 1990; 1990 - 1993.
  • P. Agostinho dos Reis Leal: 1993 - 1996; 1996 - 1999.
  • P. Pedro Lourenço Ferreira: 1999 - 2002.
  • P. Alpoim Alves Portugal: 2002 - 2005.
  • P. Pedro Lourenço Ferreira: 2005 - 2008; 2008 -2011.
  • P. Joaquim da Silva Teixeira: 2011.
Julgamos não haver erro, mas far-se-ão as correcções que houver de fazer-se.

No dia da Beatificação de João Paulo II

A melhor maneira de homenagear a memória de João Paulo II seria ler os seus textos (ou pelo menos um) na íntegra. Porque esta tarefa não é fácil de concretizar aqui juntamos algumas frases. Não são uma síntese da sua vida ou pensamento. São sementes que no futuro poderão dar muito fruto.

Só a liberdade que se submete à verdade conduz a pessoa humana ao seu verdadeiro bem. O bem da pessoa consiste em estar na verdade e em realizar a verdade.

Todo ser humano, desde sua concepção, tem direito de nascer, quer dizer, a viver a sua própria vida. Não só o bem-estar, mas também, de certo modo, a própria existência da sociedade, depende da salvaguarda deste direito primordial. Se à criança por nascer é negado este direito, será cada vez mais difícil reconhecer sem discriminações o mesmo direito a todos os seres humanos.

O futuro depende, em grande parte, da família. Ela traz consigo o futuro da sociedade; o seu papel especialíssimo é o de contribuir eficazmente para um futuro de paz.

A pessoa humana tem uma necessidade que é ainda mais profunda, uma fome que é maior que aquela que o pão pode saciar – é a fome que possui o coração humano da imensidade de Deus.

A autêntica intuição artística vai além do que percebem os sentidos e, penetrando a realidade, tenta interpretar seu mistério escondido.

Os verdadeiros discípulos de Cristo têm consciência de sua própria fragilidade. Por isto colocam toda sua confiança na graça de Deus que acolhem com coração indiviso, convencidos de que sem Ele não podem fazer nada. O que os caracteriza e distingue do resto dos homens não são os talentos ou as disposições naturais. É a sua firme determinação em caminhar sobre as pegadas de Jesus.

Que ninguém se iluda de que a simples ausência de guerra, mesmo sendo tão desejada, seja sinônimo de uma paz verdadeira. Não há verdadeira paz sem vir acompanhada de igualdade, verdade, justiça, e solidariedade.

  Quando um homem ora, coloca-se perante Deus, perante um Tu, um Tu divino, e compreende ao mesmo tempo a íntima verdade de seu próprio eu: Tu divino, eu humano, ser pessoal criado a imagem de Deus.

  Em nossas noites físicas e morais, se Tu estás presente, e nos amas, e nos falas, já nos basta, embora muitas vezes não sentiremos o consolo.

  Há vinte e quatro anos, no dia 29 de Outubro de 1978, duas semanas depois da eleição à Sede de Pedro, abri a minha alma e expressei-me assim: O Rosário é minha oração predilecta. Uma prece maravilhosa! Maravilhosa em sua simplicidade e em sua profundidade.

A Profissão Religiosa coloca no coração de cada um e cada uma de vós, queridos Irmãos e Irmãs, o amor do Pai; aquele amor que há no coração de Jesus Cristo, Redentor do mundo. Este é um amor que abarca o mundo e tudo o que nele vem do Pai e que ao mesmo tempo deve vencer no mundo tudo o que não vem do Pai.

A fé e a razão são como as duas asas com as quais o espírito humano se eleva à contemplação da verdade. Deus colocou no coração do homem o desejo de conhecer a verdade e, definitivamente, de conhecê-lO para que, conhecendo-O e amando-O, possa alcançar também a plena verdade sobre si mesmo.

A Tua presença na Eucaristia começou com o sacrifício da Última Ceia e continua como comunhão e doação de tudo o que és.

Também vós, queridos jovens, enfrentais o sofrimento: a solidão, os fracassos e as desilusões; as dificuldades de adaptação ao mundo dos adultos e à vida profissional; as separações e os lutos em vossas famílias; a violência das guerras e a morte dos inocentes. Porém, sabeis que nos momentos difíceis, que não faltam na vida de cada um, não estais sós: como a João ao pé da Cruz, Jesus vos entrega também a Mãe dele, para que vos conforte com ternura.

A missão maternal de Maria aos homens de nenhuma maneira escurece nem diminui a única mediação de Cristo, pelo contrário, mostra a sua eficácia. Esta função maternal brota, segundo o privilégio de Deus, da sobreabundância dos méritos de Cristo; dela depende totalmente e da mesma extrai toda a sua virtude.

A Igreja é a carícia do amor de Deus ao mundo.

A guerra é sempre uma derrota da humanidade.

Amar é o contrário de utilizar.

A pior prisão é um coração fechado.

O sofrimento humano alcançou seu ápice na paixão de Cristo.

Rico não é aquele que tem, mas aquele que dá.

Ser santo é lutar contra o pecado de todos os dias.
Chama do Carmo I NS 108 I Maio 1, 2011

Nova Comunidade

Entretanto foram também eleitas as novas comunidades e a de Viana do Castelo também, que é como segue:
  • P. João Manuel Teixeira da Costa, prior.
  • P. Joaquim da Rocha Maciel.
  • P. António Fernandes Gonçalves.
  • P. Carlos Manuel Gonçalves.
  • P. Silvino Teixeira Filipe
  • Frei Domingos Borlido de Melo.
A Comunidade saúda o Frei Daniel Sachipangue que era nosso conventual desde os inícios de Outubro de 2010. Agradece-lhe a sua alegria e trabalho dedicado. E augura-lhe as melhores venturas no anúncio do Reino a que o Senhor o convidou a fazer na Comunidde do Menino Jesus de Praga de Avessadas.
A Comunidade acolhe com fraterna alegria o Frei Silvino dos Sagrados Corações, que chega da Comunidade do Carmo de Aveiro onde era Prior.

Duas decisões maiores

Duas decisões Capitulares assinalam desde já o nosso futuro:

1) A possibilidade de abrir uma Missão em Timor, e começa desde longe a prepará-la.
2) A adesão à reflexão sobre a Reestruturação das Províncias Ibéricas numa Província única.

Conselheiros Provinciais

Depois da eleição o novo Provincial  propôs e o Capítulo elegeu o Conselho Provincial composto pelos seguintes religiosos:
  • P. Agostinho R. Leal (I Conselheiro);
  • P. Alpoim A. Portugal (II Conselheiro);
  • P. Pedro L. Ferreira (III Conselheiro);
  • P. Vasco T. Costa (IV Conselheiro).
Cabe-lhes assessorar o governo da Província de forma mais directa.

Capitulares

Estes eram os 17 Capitulares. Com o Provincial recém-eleito.

Novo Superior Provincial

O XI Capítulo Provincial da Província Portuguesa dos Carmelitas Descalços ou de Nossa Senhora do Carmo decorreu como previsto entre os dias 26 e 29 de Abril. Numa das primeiras sessões, depois de lidos os relatórios habituais sobre o trénio findo, foi eleito o Frei Joaquim Teixeira de S. Teresa de Jesus como novo Superior Provincial.
É conhecido desta comunidade, porque aqui foi Prior na viragem do século.
O P. Joaquim Teixeira tem 46 anos, é natural de Rosém - Marco de Canaveses e frequentou os Seminários da Ordem em Viana do Castelo, Avessadas e Porto. É Mestre em Teologia pela Universidade Católica, na área da antropologia teológica. Desempenhou os mais variados cargos na vida da Provincia, tendo estado quase sempre ligar à formação dos candidatos à Ordem, além de trabalhar na animação missionária e na pastoral familiar. No último triénio foi conventual da comunidade do Porto, onde desempenhava as funções de mestre de formação dos postulantes e dos professos simples.

Os Calvários

 
 
Acabou a Quaresma, começou a Páscoa. Mas faltava dar conta deste pequeno gesto vivido em família e pequenos grupos como foi o da construção do Calvário.  E o que se pode dizer é que a Comunidade tem artistas, que com a sua arte nos ajudam a contemplar e a rezar. Não interessa a altura e a dimensão dos artistas; interessa, isso sim, que o seu trabalho foi oração que nos ajudou a contemplar o mistério da Cruz.
Muito obrigado. Que Deus vos abençoe.