sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Mensagem final do sinodo dos bispos (VIII)

8. A comunidade eclesial e muitos agentes de evangelização
Nenhuma pessoa ou grupo na Igreja tem direito exclusivo sobre a obra de evangelização. É o trabalho das comunidades eclesiais como tal, onde se tem acesso a todos os meios para encontrar Jesus: a Palavra, os sacramentos, a comunhão fraterna, serviço da caridade, da missão.
Nesta perspectiva, o papel da paróquia surge acima de tudo como a presença da Igreja, onde homens e mulheres vivem “a fonte da aldeia”, como João XXIII gostava de chamá-lo, a partir do qual todos podem beber, encontrando nela o frescor da o Evangelho. Ela não pode ser abandonada, mesmo que as mudanças podem exigir que seja feita de pequenas comunidades cristãs ou para criar vínculos de colaboração dentro de contextos maiores pastorais.
Exortamos nossas paróquias para se juntar às novas formas de missão exigidas pela nova evangelização para o cuidado pastoral tradicional do povo de Deus. Estes também devem permear as várias expressões importantes da piedade popular.
Na paróquia, o ministério do sacerdote – pai e pastor de seu povo – continua a ser crucial. Para todos os sacerdotes, os bispos desta Assembleia sinodal expressas agradecimentos e proximidade fraterna para sua difícil tarefa. Convidamo-los a fortalecer os laços do presbitério diocesano, para aprofundar a sua vida espiritual, e para uma formação contínua que lhes permite enfrentar as mudanças.
Ao lado dos sacerdotes, a presença de diáconos é de ser mantida, assim como a ação pastoral dos catequistas e de muitos outros ministros e animadores nos campos da proclamação, da catequese, da vida litúrgica, e do serviço de caridade. Devem ser promovidas também as diversas formas de participação e corresponsabilidade dos fiéis. Nós não podemos agradecer o suficiente nossos homens e mulheres leigos, pela sua dedicação nos diversos serviços nas suas comunidades. Pedimos a todos eles, também, para colocar a sua presença e seu serviço na Igreja, na perspectiva da nova evangelização, tendo o cuidado de sua formação humana e cristã, a sua compreensão da fé e da sua sensibilidade a fenômenos culturais contemporâneos.
Com relação aos leigos, uma palavra especial vai para as várias formas de associações de antigos e novos, em conjunto com os movimentos eclesiais e as novas comunidades: Todos são uma expressão da riqueza dos dons que o Espírito concede à Igreja. Agradecemos também a essas formas de vida e de compromisso na Igreja, exortando-os a serem fiéis ao seu carisma próprio e de sincera comunhão eclesial, especialmente no contexto concreto das Igrejas particulares.
Testemunhar o Evangelho não é privilégio de um ou de poucos. Nós reconhecemos com alegria a presença de muitos homens e mulheres que com suas vidas se tornam um sinal do Evangelho no meio do mundo. Nós também reconhecê-los em muitos de nossos irmãos e irmãs cristãos com quem, infelizmente, a unidade ainda não está completa, mas são, no entanto, marcados pelo Batismo do Senhor e pela sua palavra. Nestes dias, foi uma experiência emocionante para nós ouvir as vozes de muitas autoridades das Igrejas e comunidades eclesiais que deram testemunho de sua sede de Cristo e sua dedicação ao anúncio do Evangelho. Eles, também, estão convencidos de que o mundo precisa de uma nova evangelização. Somos gratos ao Senhor por esta unidade na necessidade da missão.

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