domingo, 30 de janeiro de 2011

A propósito das Bem-aventuranças (II)

As crianças, como se sabe, gostam muito de falar dos seus pais. Acham-nos perfeitos e omnipotentes.

O meu pai é muito forte! Levou-me aos ombros até ao cimo de uma montanha altíssima!, dizia um menino aos seus amigos.
O meu pai é muito importante - dizia uma menina. Todos o chamam para trabalhar e, às vezes, deve ir para muito longe, porque só ele é capaz de consertar certas máquinas.
O meu pai é muito rico - gabava-se um terceiro. Comprámos um carro novo que é o mais bonito lá da terra. E também o meu tio veio vê-lo e disse que gostava muito dele, mas que ele não o podia comprar.
A quarta criança não sabia o que dizer e dava voltas à cabeça para encontrar algo de extraordinário que distinguisse o seu pai; efectivamente, ela tinha um pai normal. Por fim arriscou: O meu pai é capaz de fazer feliz a minha mãe. Até quando ela está zangada, até quando ela está doente, consegue sempre fazer com que ela sorria. E pareceu-lhe que estava cheia de razão ao considerar o seu pai o melhor de todos.
E agora só me apetece concluir: Felizes os que são felizes só por fazerem felizes os outros!...

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