terça-feira, 9 de junho de 2009

B. Isidoro Bakanja


O Encontro Provincial teve um momento de reflexão a cargo do Frei João Costa que nos apresentou a vida do jovem mártir B. Isidoro Bakanja, apóstolo e mártir do Escapulário. Para a Novena do Carmo será editado pelas Edições Carmelo um pequeno livrinho sobre o mártir. Na foto a imagem que se venera no Carmo de Aveiro.

[Excerto do livro]
No próximo dia 15 de Agosto cumprem-se 100 anos da morte de Isidoro Bakanja, que morreu em Busira, nordeste do Republica Democrática do Congo. Morreu vítima de septicémia, isto é duma grave infecção geral provocada por uma horrível tortura a que foi sujeito seis meses antes.
Não se sabe ao certo, mas crê-se que à hora da sua morte a sua idade rondaria entre os 20/25 anos.
Morreu cristão e mártir, de contrário talvez dele não se falasse em lugar algum.
Mas quem foi este jovem? Não se sabe muito bem, embora existam alguns dados seguros. Nasceu talvez em 1888, mas não se sabe ao certo, pois no Congo o registo não era obrigatório. Diz-se mais comummente que nasceu entre 1880 e 1890.
Nasceu pagão e não se sabe o nome dele, apenas o nome de família: Bakanja; embora ainda assim, possa surgir grafado de outras maneiras. Quando o baptizaram recebeu o nome de Isidoro, pelo que ficou conhecido pelo nome cristão: Isidoro Bakanja.
Não existe qualquer registo oficial do seu nascimento. Modestamente apenas se pode fazer fé da sua existência pelo assento do seu Baptismo; pela sua inscrição na Confraria de Nossa Senhora do Carmo, cujo assento se encontra nos registos da Paróquia de S. Pedro Claver, em Mbandaka; e pelos testemunhos que depuseram sobre a sua vida e o seu martírio.
O pai do menino chamava-se Yonzwa e a sua mãe Inyuka: seguiam a religião indígena, obedeciam ao paganismo e não eram cristãos. Teve dois irmãos, um menino e uma menina. Pertenciam aos Boangi, uma facção menor da etnia Môngo.
Da infância de Isidoro nada mais se sabe.
Sabe-se que a sua família é pobre como pobres são todos os Boangi, que sobrevivem trabalhando maioritariamente na agricultura e noutros trabalhos menores e pouco rentáveis. Poderia até dizer-se que os Boangi não vivem, subsistem. É também muito comum a imigração, entre eles, emigram ainda na adolescência em busca da sobrevivência.
Foi o que sucedeu ao nosso jovem. Por volta dos 15 anos abandonou a casa paterna e a comunidade Boangi, e juntamente com outros companheiros emigrou para Coquillatville em busca de trabalho. Na sua demanda foi contratado por três anos como ajudante de pedreiro, numa empresa estatal belga que prestava serviços públicos. Foi esta saída do torrão paterno que o fará ser alcançado por Cristo e receber o Baptismo.

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