quarta-feira, 17 de março de 2010

Os 50 privilégios de São José

Frei Jerónimo Gracián é um Carmelita Descalço que, seguindo as pegadas de Santa Teresa de Jesus, escreveu um tratado espiritual sobre São José, no ano de 1609, para fazer um sumário dos dons e privilégios de São José. Trata-se de um livro clássico da piedade josefina de 132 páginas que, seguindo a tradição mística da época, usa símbolos um pouco estranhos para nosso tempo, palavras bonitas e até raciocínios divertidos a favor de São José.

1. José foi santificado no ventre de sua mãe.
2. José nasceu livre de amor-próprio e da concupiscência da sensualidade.
3. Nunca pecou mortalmente.
4. Foi confirmado em graça.
5. Em José, como fim dos patriarcas antigos, se resumem todas as perfeições.
6. José é o primeiro cristão do mundo.
7. José foi eleito entre todos os mortais como esposo da Mãe de Deus.
8. José recebeu por dote de seus desposórios os dons e talentos que são bênçãos de peitos e ventre.
9. José foi reverenciado pela Rainha do Céu a quem todos os demais reverenciam.
10. José exerceu ofício de pai e tutor de Jesus, e esposo, companheiro, guarda e conselheiro de Maria.
11. José é mestre e doutor porque conversou com Cristo durante 30 anos.
12. José foi aio do Príncipe Celestial.
13. José foi Padrinho por ordenação divina e revelação do anjo.
14. José foi tutor de quem se fez pequenino, sendo o dono do cosmos e de todo o universo.
15. São José, Pai Nutrício e “amo de leite” de Cristo Jesus.
16. Teve como súdito ao Senhor e Rei de todo o mundo.
17. Foi o primeiro a adorar, depois da Virgem, a Cristo Jesus.
18. Conservador da vida temporal de Deus, dando-Lhe comida e roupa com o trabalho de suas mãos.
19. Conselheiro da construção da Igreja, como carpinteiro experiente, já que ajudou a fazer os modelos, plantas e traços da Nova Jerusalém.
20. Foi amado de Jesus Cristo por razões gerais e algumas particulares.
21. Mereceu o nome de “justo”.
22. Soube imitar as virtudes, rectidão e perfeição de Cristo.
23. São José assemelhou-se, mais do que ninguém neste mundo, a Cristo e a Maria, “no semblante, palavra, compleição, costumes, inclinações e maneira de tratar com os outros”.
24. Por haver estado mais perto da Humanidade de Cristo: abraçou-O, beijou-O, falou-Lhe, viu-O, conversou com Ele, etc., muito se uniu à sua Divindade.
25. Viu-se limpo do suor com as mãos de Jesus e recebeu dEle outros inefáveis regalos.
26. São José encontrou-se em ocasiões de amor, nas quais, pedindo mercês a Deus, nenhuma coisa foi-lhe negada.
27. São José recebeu a graça dos sacramentos, apesar de não ter participado deles.
28. Sustentou com o próprio suor a vida de Cristo.
29. São José alcançou inefáveis regalos no trato familiar que teve com Cristo.
30. Foi bendito do Senhor, alcançando as bênçãos do Céu.
31. José fez o ofício de “Anjo da guarda” de Cristo Jesus.
32. Como um Arcanjo foi ministro das embaixadas divinas.
33. Governou a Cristo, “Anjo do grande conselho”.
34. Foi ministro do maior milagre: Deus feito menino.
35. No Egipto foi instrumento de Deus para que caíssem os ídolos.
36. Excedeu os poderes do mundo, pelo serviço do Rei e da Rainha do universo.
37. Fez o ofício de trono ao ter em seus braços a Jesus, Juiz Eterno.
38. Mereceu ser guarda do paraíso terreno, como querubim, pois guardou a Virgem soberana que é o Paraíso de Deleites com a Árvore da Vida, Cristo Jesus.
39. Teve consigo, ao propiciatório, o Rei da Bem-Aventurança.
40. Foi perfeitíssimo virgem, perfeitíssimo santo.
41. Aprendeu oração dos mais elevados espíritos: o de Jesus e o de Maria.
42. Alcançou todos os fins da contemplação.
43. Morreu nos braços de Jesus.
44. Preparou-se para a hora da de sua morte, pois a soube com antecipação.
45. Ouviu os cantares angélicos, viu luzes e escutou música celestial dos espíritos bem-aventurados.
46. Viveu saudável: nem lhe faltou um dente e nem lhe escureceu a vista.
47. Como precursor no limbo, adiantou as excelências do Messias prometido.
48. José ressuscitou com Cristo entre outros muitos santos.
49. Está em corpo e alma na bem-aventurança.
50. É o primeiro santo canonizado pela boca do Espírito Santo, escrevendo o processo e sentença de sua canonização os sagrados evangelistas. A sua canonização veio-lhe pela declaração de justo, estimado de Deus, e haver padecido por Cristo e tido revelações, visões e bens sobrenaturais.

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