As palmas
Domingo de Ramos
[Missas às horas habituais dos domingos]
Pelo menos desde o século quarto o povo cristão, no domingo anterior à Pascoa, sustenta na mão palmas e ramos verdes. E caminha em procissão para assinalar a entrada de Jesus na Cidade. A bênção dos ramos é sinal antecipatório do triunfo de Cristo e do nosso no dele.
Depois os ramos são levados para as casas e guardados como sacramentais. Também se queimam para conseguir as cinzas com que nos aspergiremos no início da próxima Quaresma.
A Ceia
Quinta-feira Santa
[Celebração da Ceia do Senhor às 18:00h]
Nos finais do século quarto S. Agostinho recomendava aos fiéis beber da fonte que alimenta a fé, a Eucaristia de Quinta-feira Santa, a Ceia que recordava a passagem de Israel pelo Mar Vermelho. Nesse dia Cristo inaugura a Páscoa da nova e eterna aliança. O pão é novo e fresco, é Cristo-alimento; o vinho é bebida perfeita para os eleitos cuja vida se oferece como a de Cristo para ser derramada por amor. Eis o conteúdo deste dia: Ceia e sacerdócio, mandato do Senhor e nova Páscoa.
Hoje começa a Páscoa.
A Cruz
Sexta-feira Santa
[Celebração da Adoração da Cruz às 18:00h]
No seguimento duma tradição antiga hoje não se celebra Missa. Hoje fazemos memória da cruz de Jesus, dolorosa e sangrenta, mas também vitoriosa e resplandecente. Hoje contemplamos a morte de Jesus. Sim, a morte, porque Jesus morreu realmente, tremendamente. Mas o amor de Deus é vida e assim a cruz é porta de passagem para a vida. Celebramos a cruz de Jesus, porque depois da morte de Cristo todos os poderes são fugazes e já nem a morte é definitivamente morte. Antes possibilidade de vida intocável, inatacável. A celebração é união, é comunhão de vitória com o Vencedor.
O Túmulo
Sábado Santo
[Vigília da Ressurreição às 21:30h]
A morte derrubou a vida num duelo admirável e inaudito. Na carne de Jesus ficaram gravadas as garras da morte, como marcas duma vitória que brevemente se esfumará qual vela de altar cujo pavio logo se vai esvaindo. Os amigos depoem o corpo do Amigo numa sala nova, fresca, qual ventre rochoso e firme da mãe terra. Aquele que tudo criou é lançado à terra. E permanece em silêncio, silêncio de paz. E os amigos aturdidos. Silêncio de vida, silêncio de amor que não esmorece. E os inimigos aturdidos. Silêncio de oiro nas trevas. Vitória de luz que renasce.
O Aleluia
Domingo da ressurreição
[Missas às horas habituais dos domingos]
Antes da aurora reunimo-nos amparados pelo velo luminoso da noite. Celebramos a ressurreição numa noite que brilha mais que o meio dia. Cristo nem três dias dormiu no lugar da morte: ao iniciar do terceiro dia irrompeu glorioso, luminoso, majestoso, vencedor.
Termina o combate, vence a vida.
Já não choram os olhos dos que amam. Já não tremem os corações dos amigos. Já não se calam os discípulos que clamam mais jubilosamente que os anjos etéreos. O júbilo entrou na carne e definitivamente fissurou as sombras do pecado e da morte. É a Vida...
É Páscoa, é vitória.
É triunfo. Honra, glória, louvor e aleluia a Cristo!
Aleluia, ó Cristo!
Aleluia a Cristo Senhor!
Aleluia a Cristo vencedor!
Aleluia a Cristo nossa Páscoa!
Aleluia ao Conquistador!
Aleluia ao Cordero pascal!
Aleluia ao Sol que desperta e se soergue na noite!
Aleluia ao Rei que irrompe pleno glória!
Aleluia ao Fiel à palavra dada!
Aleluia ao Alfa e Ómega, ao Primeiro e Último!
Aleluia à Água viva que sacia!
Aleluia à Vida nova que nos dá a vida!
Aleluia ao de olhar penetrante que lava o luto!
Aleluia, amanhece o dia da salvação!
Chama do Carmo NS63 Março 28, 2010
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