sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Beatificação de Louis e Célia Martin (IV)

Card. José Saraiva Martins
No início do ano, a 14 de Janeiro, o jornal Il Mattino di Napoli publicou um artigo de Claude Risé, sob o título significativo: O amor na família está doente.
Sofre de muitas doenças o amor na família actual. As crianças, por exemplo, mais que serem objecto de amor de seus pais são um pólo entre outros vários que atraem os pais!
As filhas do casal Martin testemunham: «Toda a minha vida o bom deus me rodeou de amor; as minhas primeiras recordações estão cheias de sorrisos e de carícias de ternura.
Os esposos Martin não são santos por terem dado ao mundo uma santa, mas por desejarem ser santos como casal. Eles animaram-se reciprocamente e juntos procuraram ser santos.
Com o exemplo dos Martin a Igreja propõe aos fiéis a santidade e a perfeição de vida cristã que este casal buscou exemplarmente até ao heroísmo.
Louis e Célia abraçaram a vida conjugal para seguir a Cristo. Em Cristo foram esposos, cônjuges e pais e viveram o matrimónio como um chamamento e uma missão concedidos por Deus. Com as suas vidas eles anunciaram a todos a boa nova do amor em Cristo: o amor forte; o amor que não se esquece de recomeçar em cada manhã; o amor capaz da confiança e do sacrifício.
Eles tinham o seu olhar fixo só em Jesus. Viviam sacramentalmente a comunhão mútua através da comunhão que ambos viviam em Deus. Eles são o novo Cântico dos Cânticos, próprio dos cônjuges cristãos. Não aquele Cântico que eles devem cantar, mas aquele que só eles podem cantar. O amor cristão é um Cântico dos Cânticos que o casal canta com Deus.

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